Antes de tudo isso não podemos esquecer que logo depois da entrega da chave da cidade ao rei Momo o tradicional cortejo de 500 batuqueiros de distintas nações de maracatu, sob a regência do percussionista Naná Vasconcelos tocam as diversidades rítmicas dão início oficialmente ao carnaval.
A novidade deste ano são alguns, poderia dizer, estreantes no carnaval do Recife como o Cordão da bola Preta (RJ), Jorge Aragão(RJ), Marina Lima (RJ), Demônios da Garoa (SP), e a participações pra lá de especiais de saxofonista Leo Gandelman e do diversificado João Donato, no palco com Josildo Sá, e da Preta Gil, na tarde da diversidade. No mais, a programação recorre a "veternanos"do carnaval do Recife como Vanessa da Mata, Marcelo D2 (com um espetáculo em homenagem a Bezerra da Silva) e muita gente que sempre passa por aqui entre nomes nacionais como Pitty, BNegão e Mart’nália e as pratas da casa em visitação Otto, Nação, Lenine, Antônio Carlos Nóbrega, Alceu Valença, etc.
Homenageados 2011
Maestro Duda
José Ursicino da Silva, o maestro Duda, nasceu em 23 de dezembro de 1935 no município de Goiana, cidade do litoral do estado de Pernambuco, situado na região Nordeste que fica a 62Km do Recife. Aos 08 anos deu início aos seus primeiros aprendizados na música, aos 10 anos já fazia parte da banda saboeira e logo, logo já estava escrevendo sua primeira composição: o frevo furacão.
Já deste primeiro frevo composto era possível prevê que Duda se tornaria sem dúvida alguma um dos maiores regentes de frevo de todos os tempos. Gênio da composição e do arranjo, com ampla formação chegou a tocar oboé na Orquestra de Recife, mas seu talento que não era pequeno e restrito o levou a experimentar de tudo. Formou várias bandas de frevo que invariavelmente eram eleitas em sucessivos carnavais como as melhores do ano.
Sua carreira é repleta de grandes sucessos e de grandes parcerias: Para o teatro musicou, "Um americano no Recife" com direção de Graça Melo e outras peças dirigidas por Lúcio Mauro e Wilson Valença. Foi chefe do departamento de música da TV Jornal do Commercio e depois contratado da TV Bandeirantes em São Paulo. Compositor de choros gravados por nomes como Severino Araújo e Oscar Miliani, sambas gravados por Jamelão, músicas para Quinteto de sopros e Quinteto de metais. banda e orquestra, recebeu o prêmio de melhor arranjo de música popular brasileira em 1980, em concurso promovido pela Globo, Shell e Associação Brasileria de Produtores de Discos.
Tereza Costa Rego
Filha de uma família tradicional da aristocracia rural pernambucana, Tereza teve uma educação bastante rígida e repressora. Mas através da arte expressava seus sentimentos, pois começou a pintar ainda criança, ingressando na Escola de Belas Artes com apenas 15 anos. Durante 14 anos foi casada e teve duas filhas: Maria Tereza e Laura Francisca. Durante este período, se dedicou quase que exclusivamente à pintura o que fez com que fosse contemplada com três prêmios do Museu do Estado e outro da Sociedade de Arte Moderna. Em 1962, realizou a primeira grande exposição, na Editora Nacional.
No mesmo ano, Tereza envolveu-se com Diógenes Arruda, dirigente do Partido Comunista. Começou um romance arrebatador, que a levou a fugir da cidade, deixando para trás o casamento falido. Em São Paulo, por motivos políticos, viveu na clandestinidade até 1969, quando seu companheiro foi preso. Aproveitou o tempo fora de Recife para se dedicar à arte e aos estudos, formando-se em história na USP. Depois de formada, passou a dar aulas de História para vestibulandos e a trabalhar como paisagista em um escritório de planejamento.
Em 1972, quando Arruda foi libertado. O casal seguiu exilado para o Chile. Entretanto, não tardou a chegada do Golpe, que obrigou Diógenes, novamente, a se mudar. Tereza e seu companheiro foram para Paris, onde passaram seis anos. Afastada das filhas, dos irmãos, a artista abandonou um pouco a própria vida, para ser a mulher do líder comunista. Mas em momento algum parou de pintar. Expôs seus quadros, assinando com o nome de Joanna. Fez doutorado em História, na Escola de Altos Estudos da Sorbone, na França, escolhendo a história do proletariado brasileiro como tema para sua tese.
De volta ao Brasil, em 1979, Tereza sonhava em reconstruir sua vida. Mas depois de tantas tristezas, torturas, exilado de sua Nação, Diógenes não resistiu à chegada no Brasil e morreu de ataque cardíaco, deixando Tereza completamente arrasada. Com todos os acontecimentos na sua volta ao Brasil, ela teve que resgatar a vida que havia deixado para trás e decidir o rumo da sua vida. Desta vez, sem seu grande amor: Diógenes.
Firmou-se como artista plástica de destaque em Pernambuco. Comprou uma casa em Olinda, onde mora e pinta. Fez mestrado em História na UFPE e começou a trabalhar na Prefeitura de Olinda. Foi diretora do Museu Regional e, por 12 anos, do Museu do Estado de Pernambuco. São Paulo, Rio de Janeiro, Lisboa, Paris, Cuba entre outras cidades foram cenário para as exposições da artista que escolheu o Museu do Estado de Pernambuco como local para comemorar seus 80 anos de vida e arte.
Confira a programação oficial Completa (Clicando aqui)
Isso é que é Carnaval Multicultural e popular!
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