Márcio Celli mostra a visão sonora que tem do mundo a partir de ângulo bastante particular
Por Bruno Negromonte
O autor e poeta norte-americano Edgar Allan Poe deixou como legado entre contos e poesias algumas antológicas frases, dentre elas, uma que dizia que os olhos são as janelas para a alma. Frase mais que adequada para justificar o o título deste terceiro projeto fonográfico do cantor, compositor e radialista Márcio Celli, dando-o uma conotação bastante especial. Visto como um promissor talento da música gaúcha, Celli tem-se destacado além das fronteiras gaúchas com trabalhos carregados de verdade e sensibilidade. Aluno de Déa Mancuso (mestra em técnica vocal e professora de vários nomes da música gaúcha, entre eles Adriana Calcanhotto, Flora Almeida e Muni), o artista teve sua estreias nos palcos na década de 1990 no show “Bem Agosto”, no palco do Porto de Elis ,em Porto Alegre; chegando a gravar com as cantoras Glória Oliveira e Flora Almeida, canções que tiveram radiodifusão em várias emissoras do Estado Gaúcho. Posteriormente migrou para São Paulo onde teve a oportunidade de apresentar-se na noite em espaços como o Bar Armazém, Ilha Porchat, Olympia entre outros até vir, em outubro de 1998, o seu primeiro álbum. Depois do álbum "Um novo tom", lançado de modo independente em 1998 onde interpreta nomes como Gilberto Gil e Marina Lima, e do projeto "Márcio Celli canta Adriana Calcanhotto", onde o gaúcho faz uma releitura do dez canções da lavra da cantora e compositora conterrânea sua, sendo duas destas inéditas: Viu? e Tardes. Com apresentação da própria Adriana Calcanhotto o disco percorreu estados como Ceará, Rio Grande do Sul, São Paulo e Tocantins sempre respaldados em elogiosas críticas da crítica especializada e grande aceitação do público ávido por músicas que prezam pela qualidade e bom gosto.
Agora, depois de alguns anos deste o conceituado lançamento em homenagem a umas compositoras de maior destaque na música nacional contemporânea, o cantor apresenta, sob financiamento do Fumproarte (Secretaria Municipal da Cultura/Prefeitura de Porto Alegre), o álbum "Da minha janela", um disco onde tem a oportunidade de extravasar de modo pleno o seu lado autoral em parceria com alguns nomes que permeiam o universo sonoro do artista. Trata-se de um projeto que traz em seu cerne a preocupação de apresentar ao público uma sonoridade pautada na qualidade sonora que faz da música brasileira uma referência em todo o mundo. Sofisticada, a sonoridade essencialmente nacional presente no álbum a partir de gêneros como sambas, bossas, baladas entre outras ganha destaque maior a partir das interpretações docemente afinadas de Celli. O álbum é composto por doze canções, dentre elas "Samba de novo" e "Nem tô", parcerias com o músico paulista Sonekka. A segunda trata-se de uma despojada canção onde o intérprete esnoba a amada enquanto a primeira enaltece a seu modo um dos gêneros musicais mais populares existentes no país. O samba ainda ganha vez em "Sambamba" (canção em parceria com Danny Calixto) e "Samba assim" (escrita a quatro mãos com Monica Tomasi). O disco ainda conta com parcerias com nomes como Bebeto Alves ("Janela (da minha janela)"), Patrícia Mello ("Avenida vazia"), Zé Caradípia ("Por querer mais") e Roberto Haag ("Quieto"). Da lavra exclusiva de Márcio Celli, o álbum apresenta quatro canções: são elas "Canção para dois", "Mãe do vento", "Uma bossa" e o Ijexá "Recado pra Oxum", apresentando deste modo toda a versatilidade deste ascendente artista.
Gravado no estúdio Transcendental audio em Porto Alegre, a ficha técnica deste mais recente trabalho do cantor e compositor gaúcho é constituída por músicos como o dos instrumentistas Jefferson Marx (Violões, produção musical e arranjos), Edu Martins (baixo elétrico), Luiz Mauro Filho (teclado), Giovanni Berti (percussões), Marquinhos Fê (bateria), Amauri Iablonovski (flautas), Milene Aliverti (violoncelo), Rafael Ferrari (bandolim) e Matheus Kleber (acordeon). Quem complementa a ficha técnica deste projeto fonográfico são nomes como Leo Bracht (pós-produção, gravação e mixagem), Gerson Roldo e Fernando Antunes (fotografias), Carlos Freita (masterização) e Rosana Silveira (criação gráfica). Sem contar Luciano Celi na produção executiva entre outros nomes não citados que contribuíram de algum modo para constituir toda a beleza sonora presente em "Da minha janela", além, é claro, da "chama poderosa dos vencedores" que segundo Calcanhotto acompanha o artista em questão ao longo de sua coesa carreira.
Talvez aconteça de modo inconsciente, mas o bojo do trabalho do que é produzido por Márcio parece fugir daquela tradicional musicalidade existente em seu estado. No entanto em hipótese alguma a sonoridade produzida pelo artista perde em qualidade. Pelo contrário, aquilo que aparenta ser uma fuga é na verdade a aglutinação dos mais distintos gêneros e ritmos que compõem a música popular brasileira como um todo e não apenas da tradicional música existente no Rio Grande do Sul. Assim, aglutinando outras influências e abarcando gêneros e ritmos plenos e verdadeiramente brasileiros, pode-se afirmar que o cantor e compositor gaúcho acaba formando uma identidade sonora bastante própria e contemporânea, ganhando um um vigor especial ao deixar transparecer uma proposta musical de beleza vanguardista que abarca as mais distintas influências em uma unidade maior. E esta macro sonoridade existente na música produzida por Celli acaba o credenciando à conquista de um merecido espaço dentro do cenário musical brasileiro como ele vem galgando ao longo destes últimos anos. A admiração, o reconhecimento e o respeito de grandes nomes que fazem da música popular brasileira ele já possui. A exemplo pode-se citar a instrumentista, cantor e compositora Rosa Passos, que o considera afilhado musical e que costuma definir o timbre do artista como bálsamo aos ouvidos ao afirmar que "Márcio Celli tem uma voz leve, feliz e que acaricia os ouvidos de quem a escuta." Outra cantora que declara-se fã do trabalho do gaúcho é a própria Adriana Calcanhotto, que dentre os diversos elogios registrados preconiza acompanharmos a carreira do cantor: "É assim o Márcio, e nós ainda vamos ouvir falar muito a respeito."
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