Fernanda Cunha, cidadã do mundo, mostra-nos, sem abrir concessões, que a sua essência ainda se faz valer em suas mais genuínas influências.
Por Bruno Negromonte
Por Bruno Negromonte
Não é de hoje que a música brasileira se tornou um dos mais bem sucedidos produtos de exportação do nosso país. Desde a inserção de Carmem Miranda no mercado de entretenimento norte-americano com o espetáculo musical "Streets of Paris" em 1939, perpassando pelos 13 filmes onde a "pequena notável" atuou, sem esquecer também do clássico espetáculo Carnegie Hall em 1962 com a propagação de um gênero que posteriormente viria a se firmar como um dos ritmos brasileiro mais bem sucedidos no mundo: a bossa nova.
Desde que o mundo ajoelhou-se diante do talento do nosso "maestro soberano" (como certa vez Chico Buarque definiu Tom Jobim) e suas complexas e inovadas harmonias que a música brasileira caiu em definitivo no gosto mundial, sendo reconhecida como uma das mais inovadoras e ricas dentre as existentes. Nomes como Airto Moreira, Flora Purim, Ivan Lins entre tantos outros têm reconhecimento mundial (em alguns casos uma carreira até mais bem sucedida no exterior do que aqui mesmo no Brasil).
Fernanda Cunha não foge à regra. Com 15 anos de estrada a ser comemorados ao longo de 2012 e uma carreira cada vez mais sedimentada no exterior, como se pode conferir através de uma de nossas pautas já publicadas com o título de FERNANDA CUNHA, O TALENTO BRASILEIRO QUE VEM CONQUISTANDO O MUNDO. Isso talvez venha a justificar o apropriado título que a artista deu ao seu quinto álbum: Coração do Brasil. O disco, que conta com dez faixas e um repertório meticulosamente bem escolhido (característica já inerente à artista desde o primeiro trabalho). O disco traz, dez anos depois, mais uma vez a presença da dupla Haroldo Barbosa e Geraldo Jacques nos discos da artista mineira com o tema "Adeus América", samba que, de certo modo, fundamenta o título do álbum e que retrata a saudade do torrão natal da artista através de versos como: "Não posso mais, ai que saudade do Brasil... Ai que vontade que eu tenho de voltar...". Tom Jobim, recorrente artista nos álbuns da cantora, está presente com duas parcerias com Aloysio de Oliveira: "Eu preciso de você" e "Dindi". A dupla Ivan Lins e Vitor Martins marca presença dez anos depois também com a clássica "Somos todos iguais esta noite", gravada originalmente em 1977 e posteriormente em 1984 no álbum "Juntos".
O Rio de Janeiro vêm em cores, versos e poesia por intermédio das composições de artistas como o "poeta da Vila" Noel Rosa (que traz o samba "Não tem tradução", de 1933), Daniel Gonzaga, que assina a faixa "Samba pro João" (do álbum "Os passos na paralela", de 1998, do cantor e compositor carioca) e uma composição da lavra da própria cantora intitulada "Rio", composição da cantora com a pianista Camilla Dias. Por falar em pianista, o disco ainda conta com mais dois que figuram entre os compositores do álbum, são eles Marcio Hallack que assina (em parceria com o compositor Luiz Sergio Henriques) a faixa "Feito Andorinha" e Antonio Adolfo, que junto com o letrista Nelson Wellington assinam a canção que batiza o disco. Outra compositora que sempre marca presença nos álbuns de Fernanda Cunha é a carioca Suely Costa, tia da cantora, e que também participa do disco ao piano. Dessa vez ela presenteia a sobrinha com a inédita "Perdido de Encantamento" (em parceria com Luiz Sergio Henriques).
O Rio de Janeiro vêm em cores, versos e poesia por intermédio das composições de artistas como o "poeta da Vila" Noel Rosa (que traz o samba "Não tem tradução", de 1933), Daniel Gonzaga, que assina a faixa "Samba pro João" (do álbum "Os passos na paralela", de 1998, do cantor e compositor carioca) e uma composição da lavra da própria cantora intitulada "Rio", composição da cantora com a pianista Camilla Dias. Por falar em pianista, o disco ainda conta com mais dois que figuram entre os compositores do álbum, são eles Marcio Hallack que assina (em parceria com o compositor Luiz Sergio Henriques) a faixa "Feito Andorinha" e Antonio Adolfo, que junto com o letrista Nelson Wellington assinam a canção que batiza o disco. Outra compositora que sempre marca presença nos álbuns de Fernanda Cunha é a carioca Suely Costa, tia da cantora, e que também participa do disco ao piano. Dessa vez ela presenteia a sobrinha com a inédita "Perdido de Encantamento" (em parceria com Luiz Sergio Henriques).
Assim se faz "Coração do Brasil", um disco com um repertório requintado baseado em muitos dos números apresentados pela artistas em suas apresentações no exterior, procurando manter-se coerente com a qualidade musical dos álbuns da artista que antecederam este novo projeto tais quais "Dois corações", "Zíncaro", "Brasil-Canadá" e principalmente "O tempo e o lugar", álbum que muito se assemelha a este recente trabalho devido a quantidade de compositores que figuram em ambos. "Alguns compositores do primeiro CD estão aí de novo, como se eu reafirmasse meu amor por eles: Sueli Costa, Ivan Lins, Haroldo Barbosa, Nelson Wellington e Márcio Hallack. Por outro lado, Coração do Brasil traz também compositores que estiveram na minha discografia e que estão sempre no meu repertório de shows, como Tom Jobim e Noel Rosa, além de um compositor da minha geração que tenho muita admiração, que é o Daniel Gonzaga. Então, é a Fernanda que eu sempre fui, fiel às minhas escolhas e aberta para o novo", define-se.
Vale trazer ao conhecimento do grande público que a qualidade sonora do álbum é tecida por nomes como Cristóvão Bastos (piano), Zé Carlos (violão e guitarra), Jorjão Carvalho (baixo) e Jurim Moreira (bateria), Camilla Dias (piano) e Tom Szczesniak (acordeom) fazendo do disco uma grande confraternização, onde amigos e compositores se reencontram com a voz cristalina da artista novamente. Não é à toa que a artista vem galgando espaços cada vez mais significativos no exterior apresentando-se em diversos festivais musicais em torno do mundo, bebendo dessas fontes para somá-las as raízes tão arraigadas na artista mineira. "Eu encontro inspiração na beleza que é o Brasil, no jeito afetuoso que só o brasileiro tem, no amor da minha família, nos nossos compositores fantásticos, nos nossos músicos maravilhosos", fala a artista, reconhecendo que suas andanças e contatos com artistas de várias lugares do mundo foi bastante importante.
Conheça também:
www.fernandacunha.com
www.myspace.com/fernandacunha
Aquisição do álbum:
Arlequim - http://www.arlequim.com.br/detalhe/1496850/Coracao+do+Brasil.html
Cd Baby - http://www.cdbaby.com/cd/fernandacunha4
Contato para Shows:
(11) 3083-4628 / 9813-8508
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