segunda-feira, 15 de junho de 2020

ALEGRE CORRÊA, 60 ANOS

Resultado de imagem para Alegre Corrêa


Músico autodidata, Alegre iniciou sua carreira em 1973, aos 13 anos, tocando guitarra em bandas de bailes. No início da década de 1980, mudou-se para Florianópolis, onde atuou, juntamente com o saxofonista e flautista Letieres Leite, na Banda de Neutrons. Mais tarde, já em Porto Alegre (RS), fundou o grupo Circuito Emocional e atuou, em shows e gravações, com artistas locais. Com a dissolução do grupo, foi para Santa Rosa (RS), onde trabalhou com o acordeonista Luiz Carlos Borges.

Em 1987, venceu o festival FAMPOP, em Avaré (SP), com o tema "Terça-feira". No ano seguinte, viajou para Viena, onde fez parte do Mato Grosso Group, com o qual gravou, em 1989, o CD "Brasileiro". Em 1992, formou o Grupo Alma, gravando com Luiz Carlos Borges na Suiça o CD "Gaúcho Rider". Atuou em shows e gravações com vários artistas europeus. Nesse mesmo ano, sua composição "O pescador", apresentada pelo guitarrista Daniel Sá & Grupo, venceu o festival Musicanto de Santa Rosa (RS), na linha instrumental.

Em 1993, lançou o CD "Infância", seu primeiro disco como artista solista, contando com o apoio do músico austríaco Mathias Rüegg e com o patrocínio da Thomastik Infield, fabricante de cordas para instrumentos musicais. Em 1995, já com o Alegre Corrêa Sextett, gravou o CD "Negro Coração", que contou com a participação de Hermeto Pascoal. Nesse mesmo ano, a editora Honk Music Musikverlag publicou um songbook contendo as partituras das 19 canções dos seus dois CDs. Ainda em 1995, veio ao Brasil, para a turnê de lançamento das cordas Thomastik no mercado nacional, e participou, com seu grupo, da ExpoMusic, em São Paulo e Porto Alegre, e do Florianópolis in Jazz onde dividiu a noite com Hermeto Pascoal no Teatro do CIC, em Florianópolis.



Em 1997 lançou, com o Alegre Corrêa Sextett, o CD "Terra Mágica" pela gravadora austríaca Extraplatte que, em 1998 também relançou o seu disco "Infância" com duas faixas bônus e novo projeto gráfico. Em 1999, lançou, com o músico Guinha Ramires, o CD "Handmade". Esteve novamente no Brasil em maio desse mesmo ano, realizando nova turnê com seu grupo, apresentando-se em São Paulo (Sesc Pompéia e Parque da Aclimação), Campinas (Unicamp e Platz Auditorium), Florianópolis (UDESC e Teatro Álvaro de Carvalho), Passo Fundo (Instituto da Música e Reitoria da UPF), Porto Alegre (Teatro São Pedro, atuando com a Orquestra de Câmara; Auditório Araújo Viana com a Banda Municipal; e Music Hall Jazz Bar) e Sao Leopoldo com Renato Borghetti (Unisinos). Ainda em 2009 foi convidado por Mathias Rüegg para assumir a guitarra na Vienna Art Orchestra (VAO), durante turnê realizada pela big band em comemoração ao centenário de Duke Ellington.

Alegre foi o primeiro e único músico brasileiro a integrar a VAO, com a qual realizou, em 1 de janeiro de 2000, no Teatro Sofiensäle, o Concerto de Ano Novo, tocando 13 composições de Strauss, reescritas e arranjadas numa linguagem jazzística contemporânea por Mathias Rüegg. O concerto foi gravado ao vivo e lançado em CD com o título de "All That Strauss - Vienna Art Orchestra". Pela Sony, nesse mesmo ano, gravou com o Alegre Corrêa Group, o CD "Raízes", lançado no Metropol de Viena.

Resultado de imagem para Alegre CorrêaEm 2001, gravou o CD "Brasilianische Schrammeln", que registrou seu encontro com o acordeonista austríaco Karl Hodina no Porgy & Bess Jazz Club de Viena. O disco contou com a participação de Bertl Mayer (gaita de boca), Thomas Kugi (clarineta), Tscho Theissig e Michael Radanovics (violinos), Adrew Jezek (viola) e Georg Breinschimid (baixo acústico). Também estão presentes em algumas faixas os convidados Rudi Koschelu (contraguitarra), Paul Urbanek (piano), Maria Papst (viola) e Luis Ribeiro (percussão), além de sua filha Gabriela Nascimento Corrêa (vocal) e Trude Mally, a última cantora remanescente de "dudler", um estilo de cantar dos Alpes originalmente usado como uma forma de comunicação. Ainda nesse ano, gravou, também em Viena, o CD "Mauve", atuando como violonista, vocalista e percussionista, ao lado de Arkady Shilkloper (french horn, alpine horn) e do austríaco Georg Breinschmid (baixo acústico). O disco, contendo cinco composições de sua autoria, em um repertório de oito músicas, contou com a participação do baterista brasileiro Endrigo Bettega e do clarinetista europeu Claus Dickbauer.

Em 2002, foi contemplado com o prêmio Hans Koller Preis, na categoria Melhor Álbum do Ano, com "Mauve". Participou do disco "Art & Fun - Viena Art Orchestra", comemorativo aos 25 anos da VAO, gravado no Porgy & Bess Jazz Club de Viena e lançado nesse mesmo ano. Em 2003, dividiu a noite com João Gilberto, na Ópera de Viena, e com Renato Borghetti, no Porgy & Bess Jazz Club. No mesmo ano recebeu, em Porto Alegre, homenagem da Secretaria de Cultura do Rio Grande do Sul, em reconhecimento aos relevantes serviços prestados à cultura e à música desse estado, entregue por Roque Jacoby (Secretário de Estado da Cultura) e por Luiz Carlos Borges (Presidente do IGTF). Além de ter sido agraciado com Voto de Louvor e Congratulações, entregue pelo vereador Décio Ramos de Lima, presidente da Câmara Municipal de Passo Fundo. 2003 foi um ano marcante em sua carreira, quando ganhou pela segunda vez o prêmio Hans Koller Preis, agora como o Músico do Ano na Áustria, premiação entregue em Viena por Frank Morak (Secretário de Cultura da Áustria) e por Mathias Rüegg (diretor da Vienna Art Orchestra).

Em 2005 recebeu o convite para integrar o grupo de Joe Zawinul, com quem viajou por todos os continentes, participando de importantes festivais como o Chicago Jazz Festival e o Ford Detroit International Jazz Festival. Em 2006 a turnê com Joe Zawinul e the Zawinul Syndicate passou pela Grécia, Itália, Lituânia, Estônia, Hungria, Dubai, Suiça, Alemanha, Japão, Suécia, Coréia do Sul, Estados Unidades, Áustria e Canadá. Nesse mesmo ano, lançou o CD “Por Causa do Samba”, com a cantora brasileira Ana Paula da Silva, que contou com as participações especiais de Robertinho Silva, Wolfgang Muthspiel, Karl Hodina e Marcio Tubino.

Em 2007, ainda com Joe Zawinul e the Zawinul Syndicate, gravou ao vivo em Lugano o álbum 75th, em comemoração aos 25 anos do grupo e aos 75 anos de vida de Joe. Ainda durante o ano de 2007, Alegre Corrêa realizou diversas apresentações pela Europa ao lado do violonista Guinha Ramires e do acordeonista Alessandro “Bebê” Kramer. Com eles, apresentou-se em sua terra natal, Passo Fundo, durante a 11ª Jornada Nacional de Literatura. E, em sua homenagem, o Instituto de Filosofia Padre Berthier organizou a exposição “A música do passo-fundense Alegre Corrêa”.



Em 2008 lançou o CD Laçador, onde presta a sua homenagem à música folclórica do Rio Grande do Sul. Ao seu lado, Alessandro Kramer e Guinha Ramires, além dos convidados Denise Fontoura e Juan Garcia Herreros. Ainda em 2008, sua música “Travesseiro de Estrelas”, em parceria com a poeta Ryana Gabech, conquistou o prêmio de melhor canção do FEMIC (Festival da Música Catarinense), em Florianópolis. Em 2009, Alegre decidiu montar um estúdio de gravação no Brasil com o sonho de ajudar no desenvolvimento da música brasileira. Nesse ano, juntamente com Joe Zawinul and the Zawinul Syndicate, Alegre e todo o grupo foram contemplados com o maior prêmio da música mundial, o GRAMMY AWARDS americano, na categoria de melhor Álbum de Jazz Contemporâneo. Em 2010, em duo com o saxofonista austríaco Gerald Preinfalk, realizou uma nova turnê no Brasil, dessa vez passando por seis cidades catarinenses: Chapecó, Lages, Criciúma, Florianópolis, Jaraguá do Sul e Joinville, promovida pelo Sesc Santa Catarina.

Em 2012 Alegre é convidado pelo músico Kornél Horváth para gravar ao vivo o CD “Songs of Moment” durante uma turnê por diversas cidades da Hungria. 2013 foi um ano especial em sua carreira, quando apresentou o concerto “Saudades do Brasil” a convite do maestro Christian Muthspiel, com a Tonkünstler Orchestra, no templo da música clássica, o Musikverein em Viena, e na cidade de St Pölten no Festspealhaus. No mesmo ano, já no movimento de retorno ao Brasil, Alegre lança o CD Leme, com as reflexões que fez da obra de Darius Millor, e convida músicos catarinenses a integrar sua banda brasileira que estréia no Canoas Jazz Festival. Além de realizar uma gravação e turnê com o guitarrista Wolfgang Muthspiel no projeto “Viena Naked” e tocar no festival Jazz na Fábrica do Sesc Pompéia.

Em 2014, Alegre Corrêa Quintet se apresenta no Sibiu Jazz Festival, na Romênia, e realiza turnê pela Áustria. Entretanto, nesse ano, dedicou grande parte de seu tempo à produção do 1º Festival Sonora da Ilha, em Florianópolis – parceria com Pepe Nunes; e na produção do Festival Art Duo, onde gravou ao vivo o CD que lançaria em 2015 em parceria com Gerald Preinfalk, intitulado Gêmeos. Nesse mesmo ano, em parceria com Robert Zólthan, grava e produz o novo disco, Gondwana, com o Alegre Corrêa Sextett, formado atualmente pelos músicos Alune Wade (Senegal), Gerald Preinfalk (Áustria), Fagner Wesley (Brasil), Matheus Jardim (Brasil) e Gabriel Grossi (Brasil).

Fonte: Site Oficial do artista

0 comentários:

LinkWithin