quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

CARLOS POYARES, 90 ANOS

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Capixaba, foi para o Rio de Janeiro integrar o Regional do Canhoto ao lado de Abel Ferreira.

Durante anos foi considerado o principal chorão do histórico selo Discos Marcus Pereira.

Em 1947 tocou nas rádios Clube do Brasil, Mauá e Tupi.

No ano de 1957, substituiu Altamiro Carrilho no Regional do Canhoto, atuando na Rádio Mayrink Veiga até 1964, quando foi extinta.

Nas décadas de 1950 e 1960, atuou como flautista e ator em nove filmes.

No ano de 1965, trabalhou com o grupo Opinião no show "O samba pede passagem", além de apresentar-se em espetáculos no Rio e São Paulo. Neste mesmo ano ganhou o "Prêmio Estácio de Sá" na categoria "Melhor do Ano", oferecido pelo jornal Correio da Manhã, no Rio de Janeiro, pelo LP "Som de prata, flauta de lata".

Nos anos 70, participou do Regional do Evandro, apresentando-se em boates paulistas. Neste período, gravou três discos, sendo que o segundo "Som de prata, flauta de lata", destacou-se entre o conjunto de sua obra.

Em 1975, recebeu a chave de São Paulo quando compôs "Cidadão paulistano", um de seus maiores sucessos.

No ano de 1979, gravou o LP "A real história do choro".

Na década de 1980 manteve constante atividade fonográfica e tocou muito pelo Brasil e exterior.

Na década de 1990, viveu vários anos em Brasília, atraído pelo cada vez mais ativo epicentro do choro em que se transformou a nova capital.

Foi um dos idealizadores da Escola de Choro de Brasília e partiu com apoio oficial para suas missões de "embaixador" musical pelo exterior. Nesta mesma década de 1990 apresentou com seu conjunto um show que contou evolução do choro desde os ecos portugueses até os fins dos anos 90.

Considerado um dos principais flautistas do choro, já apresentou-se em várias excursões nos EUA, Europa e Japão. Com 60 anos de carreira, lançou seu primeiro CD em 1997 "Uma chorada na casa do Six", pela gravadora Kuarup. Neste disco, alternou clássicos e novidades. Além de músicas suas, o disco apresentou três composições de Roberto Barbosa, o "Canhotinho", e clássicos de Ernesto Nazareth, Orlando Silveira, Carioca, Jacob do Bandolim, Zé Toledo e Dante Santoro. O disco também prestou uma homenagem às melhores rodas de choro do país, como as da Casa do Six, em Brasília - Francisco de Assis Carvalho da Silva, o Six, é o único cavaquinista do mundo com seis dedos em cada mão, suas rodas têm por volta de 300, 400 pessoas, o que culminou com a sua ação de fundador e ex-presidente do Clube do Choro de Brasília.

Com vários LPs gravados, alguns já reeditados em CD, lançou em duo com Altamiro Carrilho, o LP "Pixinguinha de novo", disco no qual apresentou algumas composições inéditas do compositor.

Durante alguns anos apresentou o programa "Brasil seresta" e gravou dezenas de choros com seu instrumento mais original - a flauta de lata.

No ano de 2006 foi lançado o disco "Encontro dos mestres do choro" reunindo atuações raras e ao vivo de Waldir Azevedo, Altamiro Carrilho, Raul de Barros, Abel Ferreira, Eudóxia de Barros, Carlos Poyares e Zimbo Trio. O encontro aconteceu em São Paulo no ano de 1977, nas comemorações dos 100 anos de nascimento do gênero choro. O show foi realizado no Palácio de Convenções do Anhembi com as participações do cavaquinho de Waldyr Azevedo; o trombone de Raul de Barros; o clarinete de Abel Ferreira; a flauta de Altamiro Carrilho e Carlos Poyares; o piano de Eudóxia de Barros e o grupo Zimbo Trio (Luiz Chaves, baixo; Hamilton Godoy, piano; e Rubens Barsotti, batera). Somente lançado em disco quase 30 anos após, a fita foi recuperada pelo produtor Decio Fischetti e traz a pianista Eudóxia de Barros e o flautista Carlos Poyares interpretando "Brejeiro" e "Apanhei-te cavaquinho", ambas de autoria de Ernesto Nazareth.


Fonte: Dicionário da MPB

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