Como é convencional aqui no Musicaria Brail, procuro sempre trazer para o conhecimento das futuras gerações, alguns dos grandes nomes de nossa música que poucas pessoas fazem questão de lembrar.
Durante essa semana completaram-se dois anos de falecimento do cantor Francisco Petrônio, Francisco, filho de José Petrone e Filomena César Petrone, foi casado com Rosa Petrone, teve três filhos, seis netos. Viveu de intensa atividade artística e familiar, sendo requisitado para apresentações em vários clubes de todo o Brasil. Em certa entrevista ele disse: “Sempre pude contar com muitos amigos, nestes mais de 40 anos de carreira de cantor. Um deles foi o saudoso Airton Rodrigues, que um dia me chamou de “A voz de veludo do Brasil”; outro também saudoso Edson Curi (Bolinha), por tantas oportunidades apresentava-me em seus programas e a gravadora Continental, na TV ou na Rádio”. “Até quando não sei, somente Deus sabe, por enquanto não penso em parar. Nunca tive vício algum, sempre cuidei da minha voz, que graças a Deus ainda não senti o peso dos anos, pois continuo cantando nos mesmos tons originais do início de minha carreira”. Incrível! Já passaram quase mais de 40 anos, desde que começou a cantar profissionalmente pela primeira vez. “Tudo aconteceu numa tarde de fevereiro do ano 1961, aos 37 anos de idade. Estava no meu táxi, um Chevrolet 1946, no ponto onde trabalhava, à Rua Libero Badaró, quando subiu no meu automóvel o então amigo Nerino Silva. Ficamos conversando, eu lhe disse que gostava de cantar, e quando chegamos ao seu destino era TV TUPI, onde ele era contratado, combinamos que eu faria um teste na quarta-feira seguinte. Tudo bem, lá fui eu com o coração disparado e as pernas bambas, mas era tudo que eu queria e sonhava. Fiz o teste com outros cantores e fui naquele mesmo dia, contratado para um período de dois anos, onde faria parte do elenco da TV TUPI e também participações na Rádio TUPI. O mesmo Nerino Silva me levou para a gravadora Chantecler, fui contratado para gravar meu primeiro disco 78 rpm, isso, depois de ter mostrado ao Diogo Mulero (Palmeira), então diretor artístico da gravadora, uma fita magnética em que cantava algumas músicas. Foram escolhidas duas músicas: “Agora”, um bolero, e “Não me Falem Dela”, um tango. O maestro Elcio Álvares fez os arranjos. E lá estava eu com o meu primeiro disco nas mãos, e com meu nome de batismo Francisco.” Em 1961 gravou seu primeiro LONG PLAY, em homenagem a sua profissão (motorista de táxi).
Francisco Petrônio - O Real Baile da Saudade (1974)
Faixas:
01 - Você Quer Dançar Comigo Esta Valsa?
02 - Nada Além
03 - Lola 0
04 - Primavera (Orquestra do Real Baile da Saudade)
05 - A Media Luz (Canta: Lotte)
06 - Se Você Pedir Eu Dou
07 - Lampião de Gás
08 - O Amor é Sempre Amor
09 - As 3 Fases da Vida
10 - O Coreto
11 - Formosa Morena (Orquestra do Real Baile da Saudade)
12 - No Vai-Vem do Mundo (Canta: Heleninha)
13 - Três Horas da Madrugada
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