sábado, 19 de abril de 2008

E ASSIM CAMINHA A HUMANIDADE

Proféticas foram às palavras do Nelson Gonçalves quando ele falou a citação postada ontem por mim:

"Este país não tem memória.Alguém sabe quando morreu Chico Alves?É por isso que quero ser cremado:pra ninguém fazer xixi na minha campa" (Nelson Gonçalves)

Esperei até hoje para poder comentar o total descaso pela partida há 10 anos de um dos maiores nomes de nossa música popular brasileira. Nelson foi sem dúvida alguma, um dos maiores intérpretes de sua geração. Juntamente com Francisco Alves, Orlando Silva, Carlos Galhardo, Vicente Celestino, Gilberto Alves fazia da música brasileira da primeira metade do século XX um tipo de música que tinha por características principais grandes cantores, de voz possante, e que por muitos anos foram a alegria do povo brasileiro. Queria ir até mais longe e dizer que talvez Nelson faça parte de uma geração musical que dificilmente irá se repetir em nosso país até por conta das circunstâncias das quais ela surgiu. Em uma época em que o que valia na verdade era o potencial vocal, Nelson em minha modesta opinião, poderia ser enquadrado entre as maiores vozes musicais de todos os tempos de nossa música e quiçá até mundial. Frank Sinatra, considerado por muitos como um dos maiores nomes da música mundial, considerava Nelson como um dos maiores cantores que ele já ouvira atuar.
Não posso deixar de citar o trabalho do cineasta Elizeu Ewald que em 2001 levou aos cinemas de todo país um história (muito embora superficial) do Nelson.
Fica aqui registrada a minha indignação quanto ao total esquecimento no aniversário de morte do Nelson. Talvez se fosse um dos integrantes do BBB houvesse uma atenção maior da mídia. E assim caminha a futilidade, ou melhor; a humanidade.

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