sexta-feira, 25 de abril de 2014

BEATRICE MASON - ENTREVISTA EXCLUSIVA

Após cinco anos do lançamento do bem sucedido "Mosaico", Beatrice volta ao mercado fonográfico com “12 Seconds”, um projeto caracterizado pela participação de músicos brasileiros e internacionais

Por Bruno Negromonte



Com show marcado para o final deste mês no Rio de Janeiro e turnê agendada para América do Norte a partir de maio, Beatrice gentilmente abriu este espaço em sua agenda para nos prestigiar com este bate-papo exclusivo onde fala dentre outras coisas sobre este novo projeto que está prestes a ser lançado, as peculiaridades que o diferencia do projeto anterior, a expectativa para as apresentações no Exterior e que o público pode esperar no próximo dia 27 de abril quando ocorrerá o lançamento do novo álbum no Solar Botafogo, no Rio de Janeiro. Boa leitura!


Há exatamente 05 anos atrás você “dava a luz” ao seu primeiro projeto fonográfico após deixar de lado a bem sucedida carreira de advogada no exterior para dedicar-se a música. É natural que diversas pessoas à época tenham visto esse seu ato como algo, de certo modo, tresloucado. Hoje, depois depois de todo esse tempo e o segundo disco prestes a ser lançado quais as opiniões você ainda costumam ouvir sobre tal escolha?

Beatrice Mason - Realmente, na época todo mundo (família e amigos) achou que eu estava louca. Hoje já acostumaram, muitos até acham que fiz a coisa certa.


12 Seconds” é um projeto que já pelo título denota algo que remete às suas experiências internacionais. O caminho é mais ou menos por aí? A base desse novo projeto está justamente neste período que você passou fora do país?

BM - Acho que assumi o lado gringo do meu trabalho, que é forte mesmo. Sem dúvida pensei no mercado estrangeiro, a partir das informações e experiências que absorvi na minha interação com músicos, produtores e empresários lá fora. Na verdade, esse caminho é natural para mim, tenho muita afinidade com línguas e culturas estrangeiras.


Neste tempo de maturação entre o “Mosaico” e “12 Seconds” você enquanto artista acumulou diversas experiências. Qual delas você destacaria ao ponto de deixar-se imprimir dentre as características desse novo projeto?

BM - Eu ainda não tinha pensado nisso. Talvez a dificuldade (técnica e financeira) em fazer viagens ou turnês longas, em outros países, tenha me encaminhado para um som mais minimalista, com poucos instrumentos. Acabei de tirar esta explicação da cartola, rsrs.


Como aconteceu o processo de escolha de repertório? Quais foram os critérios que você mais levou em consideração na hora de optar por tais canções?

BM - Não foi fácil escolher o repertório. Eu partia de algumas convicções como: quero gravar Ramil e Drexler, quero colocar mais músicas em inglês do que no Mosaico, quero gravar alguma canção brasileira muito conhecida e que faça parte da minha memória musical quero gravar em espanhol, quero gravar uma das minhas músicas, quero fazer um disco enxuto. Com todos esses fatores, a costura e o equilíbrio entre as canções deu um pouco de trabalho. Mas o Alexandre Vaz (produtor) fez toda a diferença.


Em “Mosaico” você apresenta canções de artistas como Vitor Ramil, Ana Clara Horta e Edu Krieger. Ramil volta a este projeto assinando a faixa título em parceria com Jorge Drexler não é? Você poderia falar um pouco mais dos outros nomes que estarão presente em “12 Seconds”?

BM - Pois é, não consigo fugir do Ramil e do Drexler. Aliás nem tento e nem quero, adoro os dois. A grande novidade é minha presença como compositora. Fiz a letra de "Slow mornings" e mandei para Ana Clara Horta, que rapidamente me devolveu a música completa. Também gravei "Pra não me machucar", do Rodrigo Bittencourt e Liah Soares, e "Quem ama", do Fred Martins e Fred Girauta.


Quanto a escolha do repertório canções há alguma conhecida do grande público ou todas as faixas são inéditas?

BM - Dessa vez sucumbi a alguns "hits". Regravei "When love breaks down" do Prefab Sprout, sucesso na década de 80. Encarei "Minha flor, meu bebê", do Cazuza e Dé Palmeira, e ainda "No voy a ser yo" (Johansen/Drexler) e "12 Seconds" (Drexler/Ramil, em versão para inglês escrita por mim).


Se houvesse a possibilidade de definir “12 Seconds” com apenas um adjetivo qual seria? 

BM - Cool


Por que a escolha de tal característica?

BM - Por causa da sonoridade, dos arranjos, do climão.


Você poderia adiantar um pouco sobre o lançamento do álbum que ocorrerá no próximo dia 28 no Solar Botafogo?

BM - O show vai apresentar todas as músicas do disco (que são apenas 7) e mais algumas do Mosaico, além de Melodrama (Ana Clara Horta e Gabriel Pondé, que entrou no meu set list há 4 anos e não saiu mais) e Charme do Mundo (Marina). Maíra Knox está assinando cenário e figurino e Cadu Fávero a luz. A banda é composta de Marcelo Vig (bateria e programações), Rodrigo Tavares (teclados) e Pedro Braga (guitarra e violão).


Após o lançamento no Rio de Janeiro você embarca para a América do Norte para por lá lançar o “12 Seconds” não é isso? Qual a expectativa desse lançamento no Exterior?

BM - Para falar a verdade, não tenho ideia... Mas o objetivo é sempre fincar bandeira e voltar para lá em breve.






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