Três nomes de destaque dentro da música popular brasileira recentemente completaram 60 anos. Um, exímio instrumentista, traz no gene o melhor do cancioneiro brasileiro; outro, nascido no Rio de Janeiro, teve seu primeiro disco lançado há exatamente 35 anos e por fim ela, que teve seu último registro fonográfico em 2002.
Raul Mascarenhas
Iniciou a carreira profissional em 1971, integrando orquestras de baile e atuando no grupo de Johnny Alf.
Em 1972 e 1973, morou em Nova York, onde estudou Michael Brecker, Bob Mover e Steve Grossman.
Viveu em Paris em 1974 e 1975. Nesse período, trabalhou com o sexteto Pau Brasil na casa noturna Via Brasil e participou do grupo de Tânia Maria.
Em 1976, liderou o grupo de música brasileira Ipanema Quintet, em Frankfurt.
Em 1977, de volta ao Brasil, atuou em shows e gravações com Gal Costa. Em seguida, trabalhou com vários outros artistas, como Fafá de Belém, Maria Bethânia, Moraes Moreira e Gilberto Gil, com quem vem trabalhando desde 1984.
Lançou, em 1988, o LP “Raul Mascarenhas”, com as faixas “Bem verão” e “Um dia mellow”, ambas de Rique Pantoja, “Depois de amanhã” (Cristóvão Bastos), “Horizontes” (Nico Assumpção), “Podia ser você” (Ricardo Silveira), “Sax-appeal” (Celso Fonseca), “Clandestino” (Zé Lourenço) e “Lilibye Blues”, esta de sua autoria. O disco contou com a participação dos músicos Ricardo Silveira (guitarra), Celso Fonseca (guitarra), Heitor TP (guitarra), Rique Pantoja (teclados), Cristóvão Bastos (teclados), Marinho Boffa (teclados), Zé Lourenço (teclados), Sizão Machado (baixo), Jorjão (baixo), Nico Assumpção (baixo), Jurim Moreira (bateria), André Tandeta (bateria), Cláudio Infante (bateria), Robertinho Silva (percussão) e Wanderley Silva (percussão). Co-produzido com Marcelo Falcão, o disco teve direção artística de Liminha.
No ano seguinte, atuou no “Projeto Brahma Extra – Grandes Músicos”, que gerou disco homônimo, do qual participou com a faixa “Bem verão”, ao lado do tecladista Rique Pantoja.
Em 1990, lançou o CD “Sabor Carioca”, com suas composições “Sambaleleu”, “Menina” e a faixa-título, além de “Vôo livre” (Rique Pantoja), “Super-homem - A canção” (Gilberto Gil), “Seu Tenório” (Cláudio Guimarães), “Thanks Zawinul” (William Magalhães) e “Brigas nunca mais” (Tom Jobim e Vinicius de Moraes). O disco contou com a participação de Gilberto Gil (violão na faixa “Super-homem - A canção”) e dos músicos Ricardo Silveira (guitarra), Celso Fonseca (guitarra), Cláudio Guimarães (guitarra), Torcuato Mariano (guitarra), Rique Pantoja (teclado), William Magalhães (teclado), Paulo Esteves (teclado), (piano e teclado), Guilherme Vergueiro (piano), Jorge Luiz Gomes (bateria), Jurim Moreira (bateria), Robertinho Silva (bateria), Cláudio Infante, Élcio Cáfaro (bateria), Jorge Helder (baixo elétrico), Luiz Alves (contrabaixo), Zé Carlos Bigorna (sax alto), Bidinho Spínola (trompete), Serginho Trombone (trombone) e Armando Marçal (percussão). Os arranjos foram assinados por Serginho Trombone, Rique Pantoja e Paulo Esteves.
Participou, em 1995, do “Songbook Instrumental Antonio Carlos Jobim”, na faixa “Takatanga”, ao lado do pianista Marinho Boffa.
No ano seguinte, gravou a faixa “Elo partido” (Luis Moura e Delcio Carvalho), no CD “Afinal”, de Delcio Carvalho.
Em 1997, lançou, com Mauro Senise, o CD “Pressão alta”, com as faixas “Dois Irmãos” e “Em família”, ambas de Paulo Russo, “Liliácias” (Cristóvão Bastos), “Xantipas” (Jota Morais), “Oba-lá-lá” (João Gilberto), “Inútil paisagem” (Tom Jobim e Aloysio de Oliveira), “Partida leve” (Antônio Adolfo), “Passos de jegue” (Roberto Araújo), “Amor em paz” (Tom Jobim), “Arroz de festa” (Dom Salvador) e a faixa-título (Gilson Peranzzetta).
Em 1998, fixou residência na França, onde participou como saxofonista solista da Orquestra do Sporting de Mônaco de 2001 a 2003.
Ao lado do grupo Conexão Rio, formado por André Cechinel (piano e teclados), Fernando Barroso (baixo), Fernando Clark (violão e guitarra), João Franzen (sax alto) e Paulo Diniz (bateria), lançou, em 2004, o CD “Coisa feita”, registrando exclusivamente obras de João Bosco: “Preta Porter de tafetá”, “Latin lover”, “Incompatibilidade de gênios”, “Dois pra lá, dois pra cá” e “Bala com bala”, todas com Aldir Blanc, “Coisa feita” (c/ Aldir Blanc e Paulo Emílio), “Desenho de giz” e “Quando o amor acontece”, ambas de João Bosco e Abel Silva, “Saída de emergência” (c/ Antônio Cícero e Waly Salomão), “Papel Machê” (c/ Capinan) e “Jade”. Produzido por André Cechinel e Fernando Clark, o disco contou com a participação de João Bosco e dos músicos Ney Conceição (baixo), Armando Marçal (percussão) e Di Steffano (percussão).
Dividindo residência entre São Paulo e Paris, apresenta-se regularmente em formações variadas, acompanhando vários artistas, como Cátia Werneck e Marcio Faraco. Atua também, em shows e gravações, com Jean Marc Jafet, e com o guitarrista Jean-Yves Mestre e a cantora Nina, no Grand Hotel 3-14, em Cannes.
Faz parte do conjunto Terra Brasilis.
Em 1978, lançou o LP “Renato Terra”, contendo suas canções “Bacará” e “Pena eu não saber”, ambas com Antônio Gil, “Cem milhões” (c/ Clarinha e Luis Mendes Júnior), “Fatos e fotos” (c/ Luis Mendes Júnior), “Eu preciso encontrar você”, “Vinte anos”, “Vou sair pelo mundo”, “Se você soubesse”, “Helena” e “Aconteceu”.
Gravou, em 1981, mais um LP com o título “Renato Terra”, com suas composições “Lá em Mauá”, “Tente entender” e “Sol da manhã”, todas com Casinho Terra, “Raio de sol” (c/ Alexandre Agra e Paulo Soledade Filho), “Bem ou mal” (c/ Antônio Gil), “Pra novamente ser feliz” (c/ Alexandre Agra e Ricardo Cantaluppi), “Não deixe de ser (Caminhante)” (c/ Paulo Soledade Filho), “Divina dama” e “Estrela Mãe”, além de “Bem-te-vi” (Dalto e Cláudio Ferreira).
Em 1983, lançou o LP “Nova luz”, no qual registrou suas canções “Último vagão”, “Limiar do amor”, “Só por existir” e “Flor do campo”, todas com Fred Nascimento, “Amar é” (c/ Guilherme Lamounier) e “Quebra-gelo” (c/ Alexandre Agra e Guilherme Lamounier), além de “Sacramento (Minas Gerais)” (Casinho Terra) e “Tudo azul” (Luis Guedes e Thomas Roth), esta última com a participação de Luis Guedes e Thomas Roth.
Gravou, em 1986, o LP “Baby, Baby” contendo suas composições “Pra novamente ser feliz” (c/ Maurício Mello), “Toda madrugada” (c/ Claudinha e Paola Prado), “Caroline” (c/ Claudinha), “Armação” (c/ Alexandre Agra e Paola Prado), “Tic-tac” (c/ Tavinho Paes), “Sem você” (c/ Gastão Lamounier e Claudinha) e a faixa-título, de sua exclusiva autoria, além de “Coração chinês” (Fred Nascimento), “Sempre em paz” (Paulinho Soledade) e “Nossa rua” (Gilson e Carlos Colla).
Em 1994, lançou o CD “Renato Terra”, com suas canções “Meu grande amor” (c/ Cezinha), “Eu você só nós dois” (c/ Claudinha), “Amar não é” (c/ Marcinha), “Amor muito louco”, “Paixão esquecida (Gisela)”, “Surpresa”, “Tão longe (Caio e Kim)”, “Surpresa II”, “Mudando pra melhor” e “Estrela desgarrada”.
Gravou, em 1997, o CD “Renato Terra”, com as faixas “Lá Em Mauá I” e “Lá em Mauá II”, ambas com Casinho Terra, “Coisa de momento” (c/ Gastão Lamounier e Claudinha), “Eu espero” (c/ Luis Mendes Júnior), “Descoberta” (c/ Alice Tamborindeguy e Marcinha), esta com a participação de Leo Gandelman, “Dia de festa”, “Vencedor” e “Meio inteiro”, além de “Maromba” (Gastão Lamounier), “Nome e Sobrenome” (Pedro "Periquito” e Gastão Lamounier) e “Enfermeiro” (Casinho Terra), esta com a participação do Coral do Pinel.
De sua discografia constam ainda participações nos seguintes discos: “Te contei? – Trilha sonora da novela da Rede Globo” (faixa “Pena eu não saber”), “O amor é nosso - Trilha sonora da novela da Rede Globo” (faixa “Bem-te-vi”), “Obrigado doutor - Trilha sonora da novela da Rede Globo” (faixa “Tente entender”), “Final feliz – Trilha sonora da novela da Rede Globo” (faixa “Quebra gelo”), “Globo de Ouro vol. 7” (faixa “Lá em Mauá”), “Se liguem nessas!” (faixa “Flor do campo”), “Selva de Pedra – Trilha sonora da novela da Rede Globo” (faixa “Toda madrugada”), “Viver outra vez (Campanha no combate à Aids)” (faixa “Viver outra vez”, ao lado de Guilherme Arantes, Erasmo Carlos, Marcelo, Adriana, Márcio Greyck, Emílio Santiago, Dalto, Tim Maia, Neguinho da Beija-Flor, Elza Soares, Jane Duboc, Rosana, Jerry Adriani, Sylvinho e Osmir Neto), “12 grandes sucessos de Cláudio Rabello” (faixa “Bem te vi”) e “A viagem – Trilha sonora da novela da Rede Globo” (faixa “Meu grande amor”).
De 1998 a 2006, dedicou-se a trabalhos em seu estúdio, no Rio de Janeiro, para TV Globo, TVs a Cabo (NET/GloboSat), Fundação Roberto Marinho, Coca-Cola e Prêmio TIM de Música, compondo jingles, vinhetas (Globo News), abertura de programas de TV (Planeta Xuxa) e ainda trilhas sonoras de comerciais e novelas, bem como filmes de longa metragem, entre os quais “Bossa nova”, de Bruno Barreto, “Sonhos e desejos”, de Marcelo Santiago, e “Os desafinados”, de Walter Lima Jr.
É de sua autoria o jingle oficial do evento “Feira Cultural do Brasil”, realizado na Alemanha durante a Copa do Mundo de Futebol de 2006.
Ao longo de sua carreira, trabalhou e gravou com vários artistas, como Milton Nascimento, Djavan, Gal Costa, Maria Bethânia, Wagner Tiso, Beto Guedes, Chico Buarque, Tim Maia, Leo Gandelman, Fábio Jr, Victor Biglione, Erasmo Carlos, João Carlos Assis Brasil e Sandy, com atores e atrizes brasileiros, como Rodrigo Santoro, Alexandre Borges, Selton Mello, Evandro Mesquita, Vera Fisher, Claudia Abreu e Alessandra Negrini, e com diretores de Cinema e TV, como Wolf Maia, Bruno Barreto, Domingos de Oliveira, Fábio Barreto, Walter Lima Jr. e Denise Saraceni.
Em 2008, lançou o CD e DVD “Renato Terra & Amigos”, gravado ao vivo no Teatro Tobias Barreto, em Aracajú, com a participação de Marcos Sabino, Claudia Telles, Biafra, Jerry Adriani e Marcelo.
Cresceu no bairro da Tijuca e, na adolescência, com um grupo de amigos apaixonados por música, Lucinha Lins formou o MAU (Movimento Artístico Universitário) – onde começou a cantar e conheceu o músico e compositor Ivan Lins.
No começo dos anos 70, já casada com Ivan Lins, Lucinha participou dos shows do cantor como vocalista e percussionista. Paralelamente, Lucinha Lins cantou em festivais de música brasileira e começou a gravar jingles. Vieram, então, os comerciais de televisão, que acabaram por revelar o belo rosto escondido atrás daquela bela voz.
Como cantora, venceu o Festival MPB Shell 81 com a canção "Purpurina". Também imortalizou a canção "Narizinho" no seriado Sítio do Pica-Pau Amarelo na versão de 1977. Meses depois de ganhar o festival de 1981 e receber uma estrondosa vaia do público presente à final do festival no Maracanãzinho, o qual preferia a segunda colocada, "Planeta Água", de Guilherme Arantes, Lucinha Lins estreava o espetáculo “Sempre, Sempre Mais”, ao lado de Cláudio Tovar, com quem viria a se casar, com enorme sucesso. O musical ficou dois anos em cartaz. Lucinha Lins foi eleita a musa do verão carioca e estava em todos os lugares: na capa da revista Veja, nos programas de televisão, nos discos e no cinema, com o filme Saltimbancos Trapalhões, sucesso absoluto de bilheteria.
Como atriz de TV, estreou na série Plantão de Polícia. Posteriormente trabalhou na série Sítio do Picapau Amarelo como a personagem Rapunzel e foi uma das protagonistas da minissérie Rabo-de-Saia, com direção de Walter Avancini, onde vivia uma das três mulheres do personagem de Ney Latorraca. Viveu ainda a personagem Mocinha, na novela Roque Santeiro (1985). Mas seu papel mais lembrado pelo publico e pela critica foi Estela, da novela A Viagem, onde ela brilhou em cenas de grande intensidade dramática e mostrou ser uma das mais talentosas atrizes do Brasil.
Novamente em parceria com Cláudio Tovar, seu segundo marido, Lucinha Lins produziu musicais infantis como “Sapatinho de Cristal”, “Simbad de Bagdá” e “Caixa de Brinquedos”. O sucesso desses espetáculos foi tanto, que a Rede Manchete de televisão convidou o casal para criar e apresentar um programa infantil: “Lupu Limpim Claplá Topô” - inesquecível para quem foi criança em meados dos anos 80.
Como atriz e cantora, participou de vários musicais no teatro, como “O Corsário do Rei” de Edu Lobo e Chico Buarque, “Splish-Splash”, “O Fantópera da Asma”, “Rosa, um Musical Brasileiro” e muitos outros. Em 2003, em agosto, estreou no papel de Vitória Régia, uma das protagonistas da remontagem do musical “A Ópera do Malandro”, de Chico Buarque, dirigida por Charles Moeller e Cláudio Botelho, o maior sucesso de público e crítica dos últimos anos no Rio de Janeiro, onde teve oportunidade de contracenar com seu filho Claudio Lins e seu marido Claudio Tovar. Com essa montagem, foi indicada ao Prêmio Shell de melhor atriz, em 2003.
Mas Lucinha também fez papéis dramáticos em peças de teatro que não eram musicais, como é o caso de "Intimidade Indecente", peça de Leilah Assumpção, em que Lucinha substituiu Irene Ravache e Vera Holtz no papel principal, ao lado de Otávio Augusto, que substituiu Marcos Caruso.
Atualmente, Lucinha é contratada da Rede Record de Televisão, onde fez a novela Vidas Opostas e em 2008, interpretou uma vilã na novela Chamas da Vida.
Depois de vinte anos sem gravar um disco solo, participando apenas de trilhas sonoras e de discos de outros intérpretes, Lucinha Lins regressou ao mundo fonográfico com um songbook inteiramente dedicado à compositora brasileira Sueli Costa. O disco foi lançado em novembro de 2002, pela Biscoito Fino. Nele, Lucinha interpreta 17 músicas com letras dos parceiros Abel Silva, Capinam, Aldir Blanc, Vitor Martins, Ana Terra, Cacaso, Paulo César Pinheiro e Tite de Lemos. A interpretação de Lucinha Lins ganhou um reforço e tanto: a arte dos músicos Paulo Russo no contrabaixo, Mauro Senise nos sopros, Ricardo Silveira na guitarra, João Cortez na bateria mais Gilson Peranzzetta, no piano acústico, nos arranjos e na regência. A produção é de Zé Luiz Mazzioti.
Fonte:
Wikipedia
Dicionario da MPB
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