Por Bruno Negromonte*
Dando continuidade a proposta de não deixar cair no esquecimento os grandes nomes de nossa música popular brasileira gostaria de trazer, na pauta de hoje, a lembrança pela passagem dos 05 anos do falecimento do grande cantor, compositor e artista plástico Guilherme de Brito.
Toda a imprensa (falada e escrita) tem lembrado e dado ênfase a passagem do centenário do maior e mais importante parceiro do Guilherme, que foi o Nélson Cavaquinho; porém não vi um desses canais sequer dar uma nota ou qualquer linha sequer a passagem do 5º aniversário de morte do Guilherme. Fica aqui então registrado essa pequena lembrança para um dos maiores sambistas de todos os tempos da música popular brasileira a partir de um levantamento biográfico e artístico.
Guilherme de Brito nasceu na cidade do Rio de janeiro em 1922 e aos 16 anos já compunha. Neto de alemão, nasceu em Vila Isabel, mesmo reduto de Noel Rosa. Seu pai, Alfredo Nicolau Bollhorst, foi funcionário da Central do Brasil e tocava violão. Sua mãe, Marieta de Brito Bollhorst, tocava piano e sua irmã, como o pai, também tocava violão.
Como desde cedo demonstrara musicalidade, ganhou um cavaquinho aos oito anos, que passou a tocar em casa e na rua, em troca de frutas dadas pelo quitandeiro da vizinhança. Logo trocou o cavaquinho pelo violão, tanto pela desproporção em relação a sua altura, como pelo pouco recurso que o instrumento lhe oferecia para compor.
O pai faleceu em 1934. Devido às dificuldades pelas quais a família passava, empregou-se, em 1936, como office-boy na Casa Édson que, na época, exigia um termo de responsabilidade para que ele trabalhasse. Os amigos da família colaboraram, dando o necessário, e a mãe adaptou as roupas do pai para o filho, já um rapaz alto e magro. A reforma da roupa motivou logo um apelido dado pelos colegas, "Calção-balão", que se tornou tema de seu primeiro samba, do qual o compositor não se lembra nem da letra nem da melodia. Mais tarde, transferiu-se para o cargo de mecânico de máquinas de calcular, que ocupou até a sua aposentadoria.
Dentre suas melhores lembranças, constam a carona que pegava no carro do vizinho mais famoso, Noel Rosa, e a calçada da d. Doca, que lhe servia de tela para desenhar com carvão as figuras da Revista Tico-Tico, as quais era obrigado a apagar com jatos d'água. Na escola, foi muitas vezes chamado a ilustrar o quadro-negro com os temas da aula.
Alguns anos depois, em uma reunião familiar, mostrou a composição de sua autoria intitulada "Meu dilema" ao cunhado, e este procurou levá-lo à Rádio Roquette- Pinto apresentando-lhe ao cantor Augusto Calheiros que, em 1955, gravou a composição em 78rpm, juntamente com outra canção também de sua autoria, "Audiência divina".
Por essa época, começou a freqüentar o programa de auditório da Rádio Tupi e estreou como cantor no "Programa Aurora", na Rádio Vera Cruz. Também nessa época, Ademilde Fonseca incluiu no repertório de seus shows quatro composições suas: "Explosão atômica", "Castelo de madeira", "Ponto final" e "Deslumbramento", sem chegar a gravar nenhuma. Continuou compondo em parceria com Pedro Caetano, Valdemar Gomes, Renato Gaetani e Leduvi de Pina. Pouco tempo depois, passou a ter composições registradas pelo Trio Irakitan e por Pedro Caetano.
Freqüentou os pontos de samba existentes na Praça Tiradentes, mas veio a conhecer Nelson Cavaquinho em Ramos, subúrbio do Rio de Janeiro, quando este tocava nos botequins do bairro. Guilherme de Brito voltando do serviço chegava à tardinha, princípio da noite, e encontrava Nelson Cavaquinho tocando e assim passou a ser mais um de seus fãs. Certa vez, arriscou-se a mostrar uma primeira parte de um samba ainda não concluído. O novo amigo interessou-se em colocar uma segunda parte e, assim, nasceu a parceria, que viria a trazer grandes sucessos à dupla. Apesar de não lembrar o nome da música, se "Garça" ou "Cinza", o fato é que "Garça" foi gravada mais tarde, em 1954, por Ruth Amaral, enquanto "Cinza" teve o seu primeiro registro na voz da cantora Lucy Rosana.
No ano de 1957, Raul Moreno gravou "A flor e o espinho", parceria sua com Nelson Cavaquinho e Alcides Caminha, mais tarde também gravada por Elizeth Cardoso. Dois anos depois, em 1959, Orlando Silva gravou "Quando as aves emigram", pela Odeon, e em 1962, "Palavra", pela RCA Victor, ambas em parcerias com Luduvi de Pina, e, ainda, "Lugar de solteira", esta de sua total autoria. Devido ao sucesso de suas músicas, passou a se apresentar em shows no Teatro Opinião e em programas de televisão.
No ano de 1965, sua composição "A flor e o espinho" (c/ Nelson Cavaquinho e Alcides Caminha) foi incluída no LP "Elizeth sobe o morro", de Elizeth Cardoso, lançado pela gravadora Copacabana. Como pintor, seu primeiro trabalho, um óleo sobre tela, data de 1966.
Em 1970, o grupo Originais do Samba incluiu no LP "Samba é de lei" (BMG) a composição "O bem e o mal" (c/ Nélson Cavaquinho). No ano seguinte Paulinho da
Viola interpretou "Depois da vida", parceria com Nélson Cavaquinho. Ainda em 1970, inscreveu-se no Primeiro Salão Carioca de Pintura Naïf. Teve dificuldades, a princípio, por não ter um currículo consagrado como pintor. Contudo, isso não impediu que tivesse o seu quadro premiado. Recebeu a condecoração Comendador da Ordem ao Mérito das Belas Artes pela Aeronáutica e, ainda, a homenagem do Clube do Samba, cuja galeria de arte recebeu seu nome.
Em 1974, Beth Carvalho gravou duas composições suas, "Miragem" e "Falência", ambas com Nelson Cavaquinho. Nesse mesmo ano, Elizeth Cardoso gravou "Quando eu me chamar saudade" (c/ Nelson Cavaquinho), no LP "Mulata maior", lançada pela gravadora Copacabana e Zuzuca do Salgueiro interpretou "Nome sagrado" (c/ Nelson Cavaquinho e José Ribeiro). No crédito do disco constou Nelson Cavaquinho, José Alcides e José Ribeiro em vez de Nelson Cavaquinho, Guilherme de Brito e José Ribeiro de Souza. Ainda em 1974 Nelson Cavaquinho participou do disco "Roda de samba nº 2" no qual interpretou "Armas proibidas" (c/ Nelson Cavaquinho e José Ribeiro" e "Quero alegria" (c/ Nelson Cavaquinho). No ano seguinte, o samba "Dois corações de cera" ganhou o 3º lugar no "Concurso de Sambas da Festa da Penha". Nesse mesmo ano, em seu LP "Pandeiro e viola", Beth Carvalho interpretou "O dia de amanhã" (c/ Nelson Cavaquinho). Ainda em 1975 Paulo César Pinheiro interpretou "Tatuagem" (c/ Nelson Cavaquinho e Paulo Gesta), no LP "O importante é que nossa emoção soberviva".
Em 1976 Clara Nunes interpretou "Tenha paciência" (c/ Nelson Cavaquinho).
No ano de 1977, Tião Motorista gravou "Dizem" (c/ Nelson Cavaquinho). No ano seguinte, no disco "De pé no chão", Beth Carvalho incluiu "Meu caminho", parceria com Nelson Cavaquinho, e Vânia Carvalho, irmã de Beth, interpretou, em seu primeiro LP, outra parceria da dupla, "Minha honestidade vale ouro".
Em 1980, novamente, Beth Carvalho interpretou "Voltei" (c/ Nelson Cavaquinho). No ano seguinte, Alcione gravou "Luto", Beth Carvalho interpretou "Deus me fez assim" e Elizeth Cardoso, no LP "Elizetíssima", incluiu "Quando eu me chamar saudade".
Como escultor, trabalhou com cerâmica e bronze, tendo feito exposição de suas peças no Museu da Imagem e do Som, em 1985.
No ano de 1987, ganhou como prêmio da Base Aérea do Galeão uma viagem para a Ilha de Fernando de Noronha.
Em 1990 e 1992, expôs seus quadros no Japão, nas cidades de Tóquio e Osaca, respectivamente. Além desse país, teve quadros expostos na Áustria e nos Estados Unidos.
Vários artistas importantes da MPB gravaram suas composições, sejam elas com Nelson Cavaquinho ou com outros compositores. Beth Carvalho, sua mais assídua intérprete, gravou "Folhas secas", "Louco", "Lua vadia", "Meu perdão", "Se você me ouvisse", "Tenha paciência", "Voltei" e "Miragem". Alcione interpretou "Luto"e "Folhas secas"; Nélson Gonçalves gravou "Meu velho coração", "Quando eu me chamar saudade" e "O dono das calçadas", dentre outras; Elis Regina registrou em sua voz "Folhas secas" e Clara Nunes, "Minha festa".
Entre suas composições gravadas por ele mesmo, destacam-se "Minha terra", feita no Japão e gravada no CD da Velha-guarda da Mangueira, além de "A flor e o espinho" e "Aquele despertar", esta última em parceria com seu filho Juarez de Brito, gravada em um CD produzido por Katsonuri Tanaka para o mercado japonês.
Gravou também outras composições, como "Canção pra Conservatória", "A flor e o espinho", "Gotas de luar", "Intriga", "Mulher sem alma", "Quero alegria", "Quando eu me chamar saudade", "Tua saudade" e "Vou me abandonar", dentre outras.
Nelson Cavaquinho, seu parceiro mais constante, também gravou várias canções da dupla, como "A flor e o espinho", "Pranto de poeta", "A lágrima", "Amor de mãe", "Amor perfeito", "A tua traição", "Consciência", "Deus me fez assim", "Me esquece", "Não é só você", "Quando eu me chamar saudade", "Sinal de paz", "Tatuagem" e "Visita triste". Leny Andrade também gravou algumas músicas suas com Nélson Cavaquinho: "O bem e o mal", "Quem chora tem sempre razão", "A flor e o espinho" e "Folhas secas". Fagner, um de seus parceiros, gravou "Distância" e Paulinho da Viola interpretou "Depois da vida".
Entre suas intérpretes, Elza Soares registrou com sua voz rouca "Saudade a minha inimiga" e "Erva daninha". Guilherme de Brito, boêmio ligado à família, compôs para o filho Juarez de Brito a canção "Herdeiro", e "A vida", para seu neto Guilherme Alexandre, gravada por Carlos Galhardo, além de "Nena", para a sua esposa Artemisa Figueiredo Bollhorst. "Meus 15 anos", dedicada à filha Diana foi gravada por Ruth Amaral, "Minha santa", para a mãe Marieta de Brito, e "Luto", dedicada a sua sogra d. Lica.
Entre seus vários intérpretes estão Nora Ney, a primeira a gravar "Quando eu me chamar saudade", o amigo Cartola que gravou "Pranto de poeta", Herculano Belém em "Corpo e alma", João Dias interpretando "É tão triste cair", Mara Silva em "Lenço branco", Nuno Rolan em "Nunca te amei", Ademilde Fonseca em "Choro do adeus", e Carmim Murci em "A última rodada".
No ano de 1997, a convite do produtor Rildo Hora, participou do CD "Casa de samba volume 2", disco no qual fez dueto com Fagner. No ano seguinte, a BMG lançou o CD "Chico Buarque de Mangueira", no qual o cantor interpretou "Folhas secas".
Participou, em fevereiro de 2000, ao lado de Leny Andrade, Gilson Peranzzetta, Beto Cazes e Juarez de Brito, de um dos quatro blocos da série de espetáculos no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) em homenagem aos 90 anos de Nelson Cavaquinho, com roteiro e direção de Ricardo Cravo Albin. Ainda em 2000, foi inaugurado, na cidade de Conservatória, o Museu Guilherme de Brito, Nélson Gonçalves, Silvio Caldas e Gilberto Alves, em homenagem aos quatro grandes nomes da música popular brasileira. Neste mesmo ano de 2000, sua composição "Folhas secas" foi incluída na coletânea "100 anos de música brasileira", produzida por Ricardo Cravo Albin para a EMI-Music. No ano seguinte, com Marcos Sacramento, apresentou o show Homenagem a Nelson Cavaquinho, no projeto "Galeria dá Samba", do Teatro da Galeria, no Rio de Janeiro. Ainda nesse ano, o cineasta André Sampaio começou a filmagem de um documentário sobre o compositor. Também em 2001, lançou, pela
gravadora paulista Lua Discos, o CD "Samba guardado", no qual interpretou várias de suas composições: "A canoa virou" e "A vegetariana", ambas em parceria com o filho Juarez de Brito, "Pomba da paz", "Me esquece", "Choro do adeus" e "O bem querer", todas em parceria com Nelson Cavaquinho, e "Cinza" (c/ Renato Gaetani e Nelson Cavaquinho), "Abismo" e "Jogo desonesto", esta última em parceria com Nelson Sargento. O disco contou com as participações especiais de Cássia Éller em "Erva daninha" (c/ Nelson Cavaquinho) e de Luiz Melodia em "Maria". Ainda em 2001, Nelson Sargento, Soraya Ravenle e grupo Galo Preto apresentaram no Teatro João Caetano, no Rio de Janeiro, o show "O Dono das calçadas", em homenagem a Nelson Cavaquinho. Foram incluídas várias parcerias de ambos. Nesse mesmo ano, o grupo lançou o disco "O dono das calçadas", que trouxe, entre outras: "Minha honestidade vale ouro" (Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito), "A flor e o espinho" (Nelson Cavaquinho, Guilherme de Brito e Alcides Caminha) e "Pranto de poeta" (Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito). Beth Carvalho apresentou, no Teatro Rival, o show "Nome sagrado", em homenagem a Nelson Cavaquinho. No mês seguinte, outubro de 2001, a cantora lançou o disco "Nome sagrado - Beth Carvalho canta Nelson Cavaquinho". Com 20 composições de Nelson Cavaquinho, Beth Carvalho fez uma releitura da obra do compositor e incluiu, entre outras, "Minha festa" (c/ Guilherme de Brito), "A flor e o espinho" (c/ Guilherme de Brito e Alcides Caminha), "Nome sagrado" (c/ Guilherme de Brito e José Ribeiro). Neste mesmo disco, Guilherme de Brito fez uma participação especial na faixa "Pranto de poeta", de sua autoria, em parceria com Nelson Cavaquinho.
Em 2002 foi lançado o livro "Velhas histórias, memórias futuras" (Editora Uerj) de Eduardo Granja Coutinho, livro no qual o autor faz várias referências ao compositor.
No ano de 2003, o grupo Tira Poeira regravou "Folhas secas". Neste mesmo ano, lançou o CD "A flor e o espinho" com composições inéditas e regravações de alguns de seus muitos sucessos. Acompanhado do grupo Trio Madeira Brasil (Marcelo Gonçalves: violão sete cordas; José Paulo Becker: violão e Ronaldo do Bandolim: bandolim), o disco contou com as participações especiais
de Beth Carvalho, na faixa "Folhas secas" (c/ Nelson Cavaquinho), e Fagner, na faixa "Distância" , em parceria com o próprio. Ainda foram incluídas "Quando eu me chamar saudade", "Minha festa", "O dono das calçadas", "Garça", "Pranto de poeta", a inédita "Meu violão" e a faixa-título "A flor e o espinho", em parceria com Nelson Cavaquinho e Alcides Caminha. Neste mesmo ano, foi lançado o livro "Luto e melancolia na música popular brasileira", de José Novaes, no qual o autor cita várias vezes muitas composições de Guilherme de Brito em parceria com Nelson Cavaquinho. O livro foi lançado no Bar Bip Bip, em Copacabana, e contou com a presença de vários artistas citados: Guilherme de Brito, Beth Carvalho e Cristina Buarque, entre outros. Ainda em 2003, Eliane Faria incluiu "Folhas secas" (c/ Nelson Cavaquinho) no CD "Alma feminina", lançado pelo selo ICCA (Instituto Cultural Cravo Albin).
No ano de 2004 o disco "A flor e o espinho" (c/ Trio Madeira Brasil) foi indicado para o Prêmio Tim na categoria "Melhor Disco de Samba". Neste mesmo ano, apresentou-se na Toca do Rato, roda de samba organizada pelo compositor Ratinho, de quem também é parceiro em músicas ainda inéditas. Neste mesmo ano, Beth Carvalho, com a participação especial do violinista francês Nicolas Krassik, incluiu "Folhas secas" no DVD "Beth Carvalho - a madrinha do samba", gravado ao vivo no Canecão, no Rio de Janeiro.
Ele foi internado dia 2 de abril de 2006 com problemas respiratórios, teve um infarto e ficou em coma por 15 dias, morrendo dia 26 de abril de 2006, aos 84 anos, por falência múltipla dos órgãos. Deixou a mulher Nena e dois filhos. Ele foi enterrado no mausoléu do compositor, no cemitério do Catumbi.
Discografia Guilherme de Brito
Quatro grandes do samba (c/ Elton Medeiros, Candeia e Nelson Cavaquinho) (1977)
Faixas:
01 - Sem Ilusão
02 - Notícia
03 - A Flor E O Espinho
04 - Quando Eu Me Chamar Saudade
05 - Amor Perfeiro
06 - Gotas De Luar
07 - Sou Mais O Samba
08 - A Vida
09 - Não É Só Você
10 - Chove E Não Molha
11 - Expressão Do Teu Olhar
12 - Rita Maloca
Guilherme de Brito (1980)
Faixas:
01 - Me Esquece
02 - Minha Paz
03 - A Flor e o Espinho
04 - Minha Solidão
05 - Meu Dilema
06 - Pranto de Poeta
07 - Quando Eu Me Chamar Saudade
08 - Rosa do Mato
09 - Mulher sem Alma
10 - Traço de União
11 - Folhas Secas
12 - O Bem Querer
Guilherme de Brito - Folhas secas (1990)
Faixas:
01 - Delírio (Guilherme de Brito - Alcyr Pires Vermelho)
02 - Intriga (Guilherme de Brito - Monarco)
03 - Vou me abandonar (Guilherme de Brito - Tito Madi)
04 - Encontro marcado (Guilherme de Brito - Nelson Cavaquinho)
05 - Tua saudade (Guilherme de Brito - Umberto Silva)
06 - Canção pra conservatória (Guilherme de Brito - Tito Madi)
07 - Miragem (Guilherme de Brito - Nelson Cavaquinho)
08 - Quando eu me chamar saudade (Guilherme de Brito - Nelson Cavaquinho)
09 - Palco vazio (Guilherme de Brito - Nelson Cavaquinho)
10 - A noite de nós dois (Guilherme de Brito - Shigeharu Sasago)
11 - Aquele despertar (Guilherme de Brito - Juarez de Brito)
12 - Folhas secas (Guilherme de Brito - Nelson Cavaquinho)
Mangueira e Portela - Velhas companheiras (2000)
Faixas:
01 - Alvorada (Carlos Cachaça - Cartola)
Manhã brasileira (Manacéa) cantam: As Gatas
02 - Gosto que me enrosco (Sinhô) canta: Monarco
03 - Quando o samba acabou (Noel Rosa) canta: Cristina Buarque
04 - Não faz amor (Cartola - Noel Rosa) canta: Monarco
05 - Quem me vê sorrindo (Carlos Cachaça - Cartola) canta: Esther
06 - Cidade mulher (Paulo da Portela) canta: Monarco
07 - Sala de recepção (Cartola) cantam: Esther e Nelson Sargento
08 - Folhas secas - (Guilherme de Brito - Nelson Cavaquinho) canta: Guilherme de Brito
09 - Cântico à natureza (Alfredo Português - Nelson Sargento) canta: Nelson Sargento
10 - Vaidade de um sambista (Francisco Santana) canta: Cristina Buarque
11 - Queremos ver (Caetano - Monarco)
Portela querida (Chatim)
Chegou a hora de caminhar (Francisco Santana) cantam: Monarco e Velha Guarda da Portela
12 - Velhos alvoredos (Wilson Moreira) canta: Wilson Moreira
13 - Velhas companheiras (Monarco) canta: Monarco
14 - Pranto de poeta (Guilherme de Brito - Nelson Cavaquinho) canta: Guilherme de Brito
Samba guardado (2001)
Faixas:
01 - Consciência (Guilherme de Brito - Nelson Cavaquinho)
02 - Abismo (Guilherme de Brito)
03 - Choro do adeus (Guilherme de Brito - Nelson Cavaquinho)
04 - Cinza (Guilherme de Brito - Nelson Cavaquinho - Renato Gaetani)
05 - Erva daninha (Guilherme de Brito - Nelson Cavaquinho) participação: Cássia Eller
06 - O bem querer (Guilherme de Brito - Nelson Cavaquinho)
07 - Pomba da Paz (Guilherme de Brito - Nelson Cavaquinho)
08 - Me esquece (Guilherme de Brito - Nelson Cavaquinho)
09 - A vegetariana (Juarez de Brito - Guilherme de Brito)
10 - Maria (Guilherme de Brito) participação: Luiz Melodia
11 - Jogo desonesto (Guilherme de Brito - Nelson Sargento)
12 - A canoa virou(Juarez de Brito - Guilherme de Brito)
A música brasileira deste século por seus autores e intérpretes (2003)
Faixas:
01 - Quando eu me chamar saudade (Guilherme de Brito - Nelson Cavaquinho)
02 - A flor e o espinho (Alcides Caminha - Guilherme de Brito - Nelson Cavaquinho)
03 - Garça (Guilherme de Brito - Nelson Cavaquinho (Nelson Antônio da Silva))
04 - Mulher sem alma (Guilherme de Brito - Nelson Cavaquinho)
05 - Pranto de poeta (Guilherme de Brito - Nelson Cavaquinho)
06 - Lenço colorido (Adeiton Alves - Guilherme de Brito)
07 - Canção para conservatória (Guilherme de Brito - Tito Madi)
08 - Palhaço (Guilherme de Brito - Nelson Sargento (Nelson Mattos))
09 - Aquele despertar (Guilherme de Brito - Juarez de Brito)
10 - Corpo e alma (Guilherme de Brito)
11 - As pastorinhas (João de Barro (Braguinha) - Noel Rosa)
12 - Perdoa, meu amor (J. G. de Araújo Jorge - Jorge Moran)
13 - Meu dilema (Adelino Moreira)
14 - Não é só você (Guilherme de Brito - Nelson Cavaquinho)
Part. Especial(ais): Cristina Buarque : Voz
15 - Minha honestidade vale ouro (Guilherme de Brito - Nelson Cavaquinho)
Part. Especial(ais): Cristina Buarque : Voz
16 - Justiça divina (Guilherme de Brito - Nelson Cavaquinho (Nelson Antônio da Silva)) Part. Especial(ais): Cristina Buarque : Voz
17 - Palavras malditas
(Guilherme de Brito - Nelson Cavaquinho (Nelson Antônio da Silva))
Part. Especial(ais): Cristina Buarque : Voz
18 - Folhas secas (Guilherme de Brito - Nelson Cavaquinho (Nelson Antônio da Silva))
Part. Especial(ais): Cristina Buarque : Voz
Guilherme de Brito e Trio Madeira Brasil - A flor e o espinho (2003)
Faixas:
01 - O Dono das Calçadas
02 - Pranto de Poeta
03 - A Flor e o Espinho
04 - Minha Honestidade Vale Ouro
05 - Mesa Farta
06 - Graça
07 - Folhas Secas
08 - Distância
09 - Gotas de Luar
10 - Meu Violão
11 - Quando Eu Me Chamar Saudade
12 - Minha Festa
Algumas de suas composições:
A canoa virou (c/ Juarez de Brito)
A flor e o espinho (c/ Nelson Cavaquinho e Alcides Caminha)
A lágrima (c/ Nelson Cavaquinho)
A lua é camarada (inédita)
A tua traição (c/ Nelson Cavaquinho)
A última esperança (c/ Nelson Cavaquinho)
A última rodada (c/ Nelson Cavaquinho)
A vegetariana (c/ Juarez de Brito)
A vida (c/ Nelson Cavaquinho)
Abismo
Agradeço a Deus (inédita)
Alma gêmea (inédita)
Ameaça samba (inédita)
Amor de mãe (c/ Nelson Cavaquinho)
Amor e paz (inédita)
Amor perfeito (c/ Nelson Cavaquinho)
Amor proibido (c/ Nelson Cavaquinho)
Anjo bom (inédita)
Aquele despertar (c/ Juarez de Brito)
Araponga (inédita)
Araponga malvada (inédita)
Arma do covarde (inédita)
Armas proibidas (c/ Nelson Cavaquinho e José Ribeiro)
Audiência divina
Brinquedo quebrado (inédita)
Canção pra Conservatória (c/ Tito Madi)
Castelo de madeira (inédita)
Choro do adeus (c/ Nelson Cavaquinho)
Cinza (c/ Nelson Cavaquinho e Renato Gaetani)
Consciência (c/ Nelson Cavaquinho)
Conselho (inédita)
Coração insensato (inédita)
Corpo e alma
Da cor do carmim (inédita)
Dama de baralho (c/ Nelson Cavaquinho)
Decididamente (c/ Nelson Cavaquinho)
Delírio (inédita)
Depois da vida (c/ Nelson Cavaquinho e Paulo Gesta)
Depois daquele beijo (c/ Carlos Colla)
Desgosto (inédita)
Deslumbramento (inédita)
Despedida (inédita)
Deus me fez assim (c/ Nelson Cavaquinho)
Distância (c/ Fagner)
Dizem (c/ Nelson Cavaquinho)
Dois corações de cera (inédita)
É tão triste cair (c/ Nelson Cavaquinho)
Encontro marcado (inédita)
Enjeitado (inédita)
Erva daninha (c/ Nelson Cavaquinho)
Esperança (inédita)
Esquina do pecado (inédita)
Explosão atômica (inédita)
Falência (c/ Nelson Cavaquinho)
Festa no jardim (c/ João Lucena)
Fita roxa (c/ Nelson Cavaquinho)
Folhas secas (c/ Nelson Cavaquinho)
Gambiarra (inédita)
Garça (c/ Nelson Cavaquinho)
Gotas de luar (c/ Nelson Cavaquinho)
Herdeiro (inédita)
Humilhação (c/ Nelson Cavaquinho)
Intriga (c/ Monarco)
Inveja (inédita)
Inveja e maldade (inédita)
Irerê (inédita)
João da broxa (inédita)
Jogo desonesto (c/ Nelson Sargento)
Jornada (inédita)
Justiça divina (c/ Nelson Cavaquinho)
Lá vem elas (c/ Nelson Cavaquinho)
Lenço branco
Lenço colorido (inédita)
Louco (c/ Nelson Cavaquinho)
Lua vadia (c/ Gracinha do Salgueiro)
Lugar da solteira
Luto (c/ Nelson Cavaquinho e Sebastião Nunes)
Mais um palhaço (inédita)
Manequim (c/ Renato Gaetani)
Mão de calo (inédita)
Mãos vazias (inédita)
Maria
Me esquece (Nelson Cavaquinho)
Me esquece (c/ Nelson Cavaquinho)
Mesa farta (c/ Nelson Cavaquinho)
Meu caminho (c/ Nelson Cavaquinho)
Meu dilema
Meu perdão (c/ Nelson Cavaquinho)
Meu sofrer (c/ Nelson Cavaquinho)
Meu velho coração (c/ Nelson Cavaquinho)
Meu violão
Meus 15 anos (inédita)
Minha festa (c/ Nelson Cavaquinho)
Minha honestidade vale ouro (c/ Nelson Cavaquinho)
Minha santa (inédita)
Minha solidão (inédita)
Minha terra
Miragem (c/ Nelson Cavaquinho)
Moral (inédita)
Mulher sem alma (c/ Nelson Cavaquinho)
Não é só você (c/ Nelson Cavaquinho)
Não sirvo de espelho (inédita)
Nena (inédita)
Nome sagrado (c/ Nelson Cavaquinho e José Ribeiro de Souza)
Nosso caso é o fim (c/ Nelson Cavaquinho)
Nunca te amei
O bem e o mal (c/ Nelson Cavaquinho)
O bem-querer (c/ Nelson Cavaquinho)
O dia de amanhã (c/ Nelson Cavaquinho)
O dono das calçadas (c/ Nelson Cavaquinho)
O que se passa na cama (c/ Carlos Drummond de Andrade)
O show de minha vida (inédita)
Palavras (c/ Leduvi de Pina)
Palavras malditas (c/ Nelson Cavaquinho)
Palco vazio (inédita)
Palhaço (inédita)
Perfeito só Deus (inédita)
Pode sorrir (c/ Nelson Cavaquinho)
Pomba da paz (c/ Nelson Cavaquinho)
Ponto final (inédita)
Pranto de poeta (c/ Nelson Cavaquinho)
Pretinho (inédita)
Quando alguém pergunta (c/ Nelson Cavaquinho)
Quando as aves emigram (c/ Leduvi de Pina)
Quando eu me chamar saudade (c/ Nelson Cavaquinho)
Quem chora tem sempre razão (c/ Nelson Cavaquinho)
Quem é mau (inédita)
Quero alegria (c/ Nelson Cavaquinho)
Recordação de um vaqueiro (inédita)
Revertério (inédita)
Romance de mentira (inédita)
Ronda (inédita)
Rosa do mato (inédita)
Salva a tua alma (inédita)
Saudade a minha inimiga (c/ Nelson Cavaquinho)
Se eu sorrir (c/ Nelson Cavaquinho)
Se você me ouvisse (c/ Nelson Cavaquinho)
Silêncio (inédita)
Sinal de pa (c/ Nelson Cavaquinho)
Sofia (inédita)
Sua beleza (inédita)
Suicídio (c/ Nelson Cavaquinho)
Tatuagem (c/ Nelson Cavaquinho e Paulo Gesta)
Tenha paciência (c/ Nelson Cavaquinho)
Terra de ninguém (inédita)
Tibúrcio (inédita)
Timoneiro (inédita)
Tio Sam no choro (inédita)
Traço-de-união (inédita)
Tua saudade (c/ Humberto Silva)
Tudo foi ilusão (inédita)
Uma estrela do céu caiu (c/ Nelson Cavaquinho)
Vaidosa (inédita)
Visita triste (c/ Nelson Cavaquinho e Anatalício Silva)
Voltei (c/ Nelson Cavaquinho)
Vou me abandonar (c/ Tito Madi)
*Sob consulta ao site Cravo Abin de música brasileira
2 comentários:
Lembrança fundamental! Uma das maiores alegrias da minha vida foi ter conhecido e registrado esse poeta da maior elegância. Uma pena não ter conseguido terminar o filme com ele ainda entre nós. Segue o link do curta Guilherme de Brito, cujo roteiro foi desenvolvido com o próprio mais Maurício Barros de Castro, Hugo Beluco e Leonardo Abreu: https://vimeo.com/65928088
Poste e divulgue à vontade.
Um abraço
André Sampaio
Lembrança essencial! Uma das maiores alegrias da minha vida foi ter conhecido e registrado esse poeta da maior elegância do mundo. Uma pena não ter conseguido terminar o filme com ele ainda entre nós. Segue o link do curta Guilherme de Brito, cujo roteiro foi desenvolvido com o próprio Guilherme em parceria com Maurício Barros de Castro, Hugo Belluco e Leonardo Abreu: https://vimeo.com/65928088
Pode postar e divulgar à vontade.
Um abraço
André Sampaio
Postar um comentário