domingo, 2 de novembro de 2014

ZÉ RICARDO LANÇA '7 VIDAS', DISCO MAIS AUTORAL

Músico é curador do Palco Sunset do Rock in Rio e comanda 'Música boa ao vivo' no canal Multishow




O cantor e compositor carioca Zé Ricardo é um cara dos bastidores. Curador do palco Sunset, do Rock in Rio, aquele destinado aos encontros musicais, é também diretor musical do programa 'Música boa ao vivo', no Multishow, e autor de trilhas para a TV, o teatro e o cinema. Em meio a isso, ele busca conciliar esses projetos com sua carreira solo. Acaba de lançar seu quarto álbum, '7 vidas'. 

Com 10 faixas, nove delas autorais, o trabalho só começou a tomar corpo depois do Rock in Rio de 2013. Já com parte do repertório definido, conversou com o produtor Moogie Canazio, carioca radicado nos Estados Unidos (entre suas credenciais está o Grammy por João voz e violão, que dividiu com João Gilberto e Caetano Veloso, em 2000) que estava no Rio justamente para o festival. 

“Fui mostrar as músicas para ele e quando chegou na quinta o Moogie me disse que eu iria para Los Angeles e que ele seria o produtor do disco”, relembra Zé Ricardo. Mais: que as sessões de gravação seriam com músicos como Sean Hurley e Aaron Sterling (que integram a banda de John Mayer), o violonista Dean Parks (mais conhecido por ter gravado em álbuns de Michael Jackson e Steely Dan), o guitarrista Tim Pierce (que traz um currículo que vai de Santana a Ozzy Osbourne) e o oboísta Earl Dumler (Frank Sinatra é um dos artistas que acompanhou). 



Foram duas temporadas em Los Angeles, a última delas em fevereiro. Na parte gringa da gravação foram registradas oito faixas, que se dividem entre o soul (Coração gigante e Just fly), a MPB (Você fez casa em mim) e o pop com acento funkeado (Amor e veneno). 7 vidas traz uma única regravação, Azul, de Djavan. O registro, que tem uma levada soul, era uma grande dúvida de Zé Ricardo. 

“É uma música que toco há muito tempo nos shows mas demorei a achar o arranjo certo, pois é difícil mexer na obra de um grande cantor. Na primeira vez que a toquei, tinha muita insegurança quanto à letra. Liguei para o Djavan e ele acabou me ensinando a letra. Desde então, se tornou uma música querida”, diz o cantor, que ainda incluiu um samba no repertório, Izabella. Tanto essa quanto a faixa-título foram gravadas no Rio. “Estava muito preocupado com a sonoridade e, ao fazer o registro com músicos do Brasil (entre eles o flautista Carlos Malta), consegui um frescor da música brasileira”, finaliza o cantor.

Fonte: O estado de Minas

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