domingo, 10 de junho de 2012

MACIEL, 50 ANOS

Por José Teles


Na entrada de Iguaraci, cidade do sertão pernambucano, a 363 km do Recife, uma placa avisa orgulhosamente: Está é a terra de Maciel Melo. Não são necessários adjetivos, nesta justa homenagem que os conterrâneos prestam ao mais completo compositor de forró em atividade no Nordeste. Maciel Melo não é apenas um cantor e compositor que recriou o forró nos anos 90, é hoje uma referência da música nordestina, cuja estrutura revolucionou a partir do xote Caboclo sonhador, popularizado por Flávio José e Fagner, e pelo próprio autor.

O primeiro disco de Maciel Melo, lançado às duras penas em 1989, um bolachão de vinil, chama-se Desafio das Léguas. Já na estréia o artista sabia que a caminhada não seria fácil. Um trabalho ousado para um desconhecido. Desafio das Léguas (que está por merecer um relançamento em CD) tem participações de Vital Farias, Xangai, Dominguinhos, e Décio Marques. Como esses medalhões da música dos sertões foram parar num LP de um novato? Elementar, talento reconhece talento. Eles gostaram, de cara, das canções que Maciel lhes mostrou. 



Assim como Baião foi composta por Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira num prédio comercial no Centro do Rio, Caboclo Sonhador foi feita por Maciel Melo no Centro de São Paulo, onde passou algum tempo, tentando domar a megalópole. Num dia em que lhe bateu o banzo, vontade de voltar ao Nordeste, saudades da família, e, sobretudo, a resistência para não se enquadrar num emprego convencional e largar a música, mais que vocação, a energia que o move. A fria e cinzenta São Paulo acabou o presenteando com este clássico, que provavelmente não teria existido da mesma forma se ele não houvesse ido para a maior cidade da América Latina.

Como os melhores poetas do repente, a Maciel Melo basta-lhe um mote para nascer uma música. O Solado da Chinela, por exemplo, que dá nome ao seu nono disco, foi inspirada, acreditem, num par de chinelos velhos, daqueles bem surrados e confortáveis, testemunha de muitas histórias. O segredo do bom criador está na argúcia de vislumbrar o universo nas pequenas coisas desdenhadas pela maioria das pessoas. Basta lembrar o épico que Zé Dantas, nascido em Carnaíba, mesma região em que nasceu Maciel Melo, criou a partir do humilde riacho do Navio. 

Ele foi aperfeiçoando sua arte com o passar dos anos, que o aprimorou não apenas como um melodista engenhoso e letrista preciso, mas também como um grande cantor, e não só de suas próprias composições. Maciel Melo faz releituras de O Menino e os Carneiros, de Geraldinho Azevedo e Carlos Fernando, Fuxico, de Dinho Oliveira, Flor mulher, de Aracílio Araújo e Pinto do Acordeom, e Serrote Agudo, de José Marcolino (interpretada da forma como foi composta originalmente, antes de Luiz Gonzaga grava-la, um aboio, a capella), ou Chororô, de Gilberto Gil. 

O que diferencia Maciel Melo de forrozeiros que se jactam de fazer o "autêntico" forró pé-de-serra, é, primeiro: ele não alarda que faz forró pé-de-serra, porque o faz tão naturalmente que não carece justificar isso. Segundo: porque, sertanejo da gema, aprendeu com o pai, Heleno Louro, ou Mestre Louro, tocador de sanfona de 120 baixos, que o autêntico forró pé-de-serra não se limita à sanfona, zabumba e triângulo (um formato somente definido nos anos 40 por Luiz Gonzaga). Vale-se também de violão com baixaria, sopros, cavaquinho e até banjo. Jackson do Pandeiro também sabia disso, na dúvida, ouçam seus discos dos anos 60. E mesmo tão autenticamente sertanejo Maciel Melo, não dispensa a violão ou guitarra elétrica, nem deixa de reverenciar a música urbana do litoral. Em o Coco da Parafuseta (do CD O solado da Chinela) ele, entre citações a artistas pernambucanos como Naná Vasconcelos, o agitador cultural Rogê, Lula Queiroga, o Véio Mangaba, lembra o alagoano Jacinto Silva (Coco em M), e o paraibano Zé do Norte (Meu Pião).



Mas não é só a instrumentação que marca o trabalho de Maciel Melo. A temática de suas letras é fundamental para a continuidade do forró que teve as bases assentadas por Gonzagão. Em Maciel estão tanto as alegrias e desventuras do amor, o lúdico, a poesia da cantoria de viola, que é o DNA do forró. E por fim, mas não menos importante, o forró de Maciel Melo é feito pra dançar. E por forró entenda-se não um gênero musical, e sim um coletivo que abriga diversos ritmos, do baião ao xenhenhem, xaxado, torrado, arrasta-pé, rojão e por aí vai. Na sua música nada de forró pé-de-serra de ocasião, universitário da moda, moderno produzido em linha de montagem. Este caboclo de Iguaraci faz uma música simplesmente atemporal, como toda grande arte que se preze. 


Depoimentos

"Esta é a terra de Maciel Melo".



O orgulho contido! na placa fincada à entrada de Iguaraci, um burgo dos sertões pernambucanos, é plenamente justificado pelo borbulhante talento do filho ilustre.

Maciel Melo, o filho ilustre, seria ilustre em qualquer cidade, pequena, média ou grande, que tivesse tido o privilégio de ser seu berço.

Assim como o encanto dos improvisos dos cantadores repentistas, as composições de Maciel brotam no mundo com uma força selvagem e tangidas por aquele dom inexplicável que a natureza concede aos doidos, aos mágicos, aos adivinhos e aos poetas.

Desde que tive o privilégio de conhecer a sua obra, através da voz abençoada da Irah Caldeira, que fiquei encantado com o talento e a magia desse sertanejo inspirado, um dos maiores nomes da música nordestina na atualidade. E o encantamento continuou através da audição de tantos outros artistas que já gravaram as composições de Maciel.

Por fim, o coroamento da minha admiração veio com a constatação do magnífico cantor e intérprete que é este malassombrado dos sertões pernambucanos.

De par com o talento de compor, é imperioso ressaltar que a voz e as interpretações de Maciel Melo são coisas divinas, maravilhosas, verdadeiros dons que este Poeta recebeu da natureza e que nos presenteia com tanta graça. Sua presença nos palcos é um espetáculo completo de brasilidade, de nordestinidade e de culto à beleza da Música e da Poesia.

Francamente, considero um privilégio inexcedível ser contemporâneo de um criador deste porte, ao qual muito devem a Nação Nordestina, o Brasil e todas as pessoas de sensibilidade que amam a nossa cultura e cultuam as boas tradições desta terra encantada.

Que Deus te proteja, te ilumine e te faça brilhar cada vez mais neste céu de estrelas encantadas como tu, meu querido amigo Maciel Melo!

Luiz Berto é escritor e editor do Jornal da Besta Fubana 



Um Caboclo Realizador de Sonhos



Maciel Meio aportou no cenário musical trazendo como credencial o LP, Desafio das Léguas, cujo título é uma espécie de afirmação em topar a peleja da caminhada. Pouco tempo depois, léguas eram vencidas, e já era conhecido como "O caboclo sonhador" - título de um dos seus maiores sucessos. Hoje, depois de 30 anos de profícua carreira e vários CDs gravados, Maciel é um "realizador de sonhos", dentre eles, este DVD é parte importante.

Quando Zé Dantas, Zé Marcolino e Humberto Teixeira nos deixaram, dizia-se que a poesia na música nordestina desapareceria. Por um bom período a mídia foi invadida por músicas sem nenhum conteúdo poético, e com objetivos meramente comerciais. No bojo da renovação, surge a verve de Maciel Melo, trazendo de volta a poesia, bem colocada em melodias ricas e apuradas, colhidas nas raízes mais autênticas da sanfona de seu pai, Heleno Louro, cujos sonhos o filho ajudou a realizar.

Desde o início da carreira deste poeta pajeuzeiro, estou ali, ao seu lado, nem sempre na presença física, mas, como amigo de todas as horas, irmão por adoção e admirador do seu talento.

Este trabalho, acredito, é apenas o começo de uma nova etapa, como sempre, coroada de sucesso, a custa de muito trabalho e inspiração.

A sensibilidade poética de Maciel pode ser aferida em toda sua obra, mas, particularmente, em uma das suas mais recentes composições, João e Duvê, feita para os filhos de Xangai, seu parceiro de caminhadas por este Brasil afora.

Parabéns ao trovador de Iguaraci que com sua arte conquistou um espaço merecido na música popular brasileira. Isso tudo vale um abraço companheiro.

Paulo Carvalho, médico e compositor.



Carro-de-boi cheio é que canta


Para Maciel Melo, cabôco sertanejo de Iguaraci, cidadezinha do oitão norte de Pernambuco, a arte já veio no sangue. Logo nas primeiras chupetadas pegava o ritmo melódico da sanfona do seu pai Heleno Louro e nesse ritmo, se amoquecava, dormia e sonhava.

Hoje, com obra vasta e importante, esse cabôco sonhador é, inegavelmente, um dos nossos mais legítimos representantes; e sua música, com especial encanto, é um verdadeiro repositório das tradições matutas, sertanejas e nordestinas. Assim é Maciel Melo. Um talentão deste tamanhão!

O presente DVD, em formato de abraço, é um quadro vivo da sociologia de um povo a que o próprio Maciel pertence e que, como artista de primeira plaina da música e da poesia, sabe tão bem representar.

Num espetáculo grandioso realizado em Recife - cidade que escolheu pra quartel-general - esse Melo dos sertões levou para o mesmo palco artistas da fibra de Xangai, Silvério Pessoa, Flávio José, Petrúcio Amorim, Irah Caldeira, e seu irmão Marcone Melo, partindo da premissa que carro-de-boi cheio é que canta: Entre os cocões e o eixo, colocam-se pequenos pedaços de madeira (especialmente de pinhão-bravo, que é madeira boa pra ranger) denominadas de cantadeiras. Ainda mais: põe-se sebo pisado com carvão entre as cantadeiras e o eixo. Assim, quanto mais pesado o carro, mais as cantadeiras rangem e gemem bonito. E, ouvindo o ranger de longe, a gente sabe que é Maciel e corre pro abraço. Isso vale um abraço cumpade véi.

Saudações paraibanas,

 Jessier Quirino 



O Caboclo Sonhador


Sem perigo de cometer injustiças, nem de exagerar nos elogios: o pernambucano Maciel Melo é o mais completo compositor da música nordestina nas últimas décadas. Tivesse mais idade, Maciel certamente teria sido fornecedor de mais alguns clássicos ao fornido matulão de Luiz Gonzaga, como forneceu a Elba Ramalho (Que nem vem-vem e Pra ninar meu coração), a Fagner (Caboclo Sonhador e Nos tempos de menino), a Zé Ramalho (Meninos do Sertão), ao Quinteto Violado (Erva-Doce), a Xangai, Dominguinhos, Flávio José, e a quase todos os intérpretes que prezam pelo autêntico forró a que chamamos pé-de-serra.

Apesar de morar há anos na capital pernambucana, de ter gravado em São Paulo e viajado país afora, a música de Maciel Melo, feito disse certa feita Gonzagão sobre a obra de Zé Dantas, tem cheiro de bode, um símbolo do sertão nordestino. Nascido em 1962, na cidade pernambucana Iguaraci (a 363 km do Recife), no Vale do Pajeú, por sinal, mesma região desse outro gigante da música, o doutor Zé Dantas (de Carnaíba), Maciel Melo herdou do pai, o mestre sanfoneiro Heleno Louro, o gosto pelo forró, a facilidade em tecer versos simples, impregnados do lirismo da legítima poesia nordestina (o Pajeú é reduto de grandes repentistas e cordelistas). Enfim, Maciel Melo herdou um talento que nem sua timidez conseguiu esconder por muito tempo.

Em 1987, ele estreou em disco, com o LP Desafio das Léguas. Foi um trabalho arquitetado, no peito e na raça, com o poeta e parceiro Virgílio Siqueira. Foi difícil, mas valeu o esforço. Uma estréia que sua música merecia. O álbum, com um repertório de uma consistência rara em um novato, contou com as participações especiais dos cantadores Vital Farias, Xangai, Dércio Marques, do violinista francês Frederic Victor e do mestre da sanfona Dominguinhos. Com este aval, Maciel Melo caiu na estrada para nunca mais parar: e tome show, e tome xote. Em 1991, o forrozeiro paraibano Flávio José, um dos mais bem-sucedidos astros do gênero, tornou-se conhecido em todo o Nordeste e conseqüentemente em todo o país, com um xote de Maciel Melo, Que nem vem-vem. Gravado em seguida por Elba Ramalho, no álbum Encanto, esse xote seria o maior hit do São João de Campina Grande em 1992. No mesmo ano, mais uma vez, Maciel Melo levaria Flávio José às paradas com o xote Caboclo Sonhador, regravado por Fagner em 1995, e que se tornou um clássico da moderna música nordestina.

A inibição no palco vai sendo dominada, e Maciel Melo começa a aparecer mais como cantor. Em 1993, no Teatro do Parque, no Recife, ele faz dobradinha com Moraes Moreira, num projeto semelhante ao Seis Meia. Depois de mais dois grandes sucessos regionais, com Flávio José (Terra Prometida e Caia por cima de mim), e com Alcymar Monteiro (Um Recado, uma Sanfona e uma Rabeca), a produção do jovem compositor torna-se pequena para tanta procura. Ele foi gravado por Xangai e Renato Teixeira com a música Retinas no CD ao vivo intitulado (aguaraterra) e novamente por Elba Ramalho (Pra ninar meu coração). Em 1995, grava o CD Alegria de nós dois pela gravadora sonzoon e arrebata o primeiro lugar no Canta Nordeste, festival promovido pela Rede Globo com a música Meninos do Sertão, em parceria com o poeta também pernambucano Petrúcio Amorim. Daí em diante, Maciel Melo firmou-se definitivamente como um dos grandes compositores de forró do país (e por falar em forró, aí entenda-se uma gama de ritmos, que compreende o xote, o coco, a marchinha junina, o baião e a toada, entre muitos outros). Reconhecimento que o levou a ser contratado pela Velas, gravadora criada por Ivan Lins e Vítor Martins. Foi um contrato de dois anos, que rendeu dois discos, Janelas (1996) e Retinas (1997), além de uma participação em um antológico projeto intitulado Dominguinhos e Convidados Cantam Luiz Gonzaga. Maciel e Dominguinhos fizeram um dueto em A Volta da Asa Branca, um clássico do repertório de Luiz Gonzaga, de autoria de Zé Dantas. Os dois discos da Velas, no entanto, tiveram distribuição precária. Em 1998, Maciel Melo passa para a Kuarup, seleto selo, dirigido pelo batalhador Mário de Aratanha, onde lança dois álbuns: Jeito Maroto em 1998, Sina de Cantador em 1999. Ainda pela Kuarup, ele participou das coletâneas Só Forró, com as feras Sivuca, Dominguinhos e Xangai. No ano seguinte, é um Maciel Melo cada vez mais firme como intérprete, e maduro como compositor que lança, na base da independência, Isso Vale Um Abraço, um de seus discos mais bem elaborados. O CD contou com as participações de Naná Vasconcelos, Dominguinhos, Caju e Castanha e do sanfoneiro Genaro. Na mesma época, Zé Ramalho grava Meninos do Sertão, no disco Nação Nordestina, incluída na trilha da novela Marcas da Paixão da TV Record. Xangai, "freguês" contumaz grava mais uma (Não é brincadeira), e o convida para uma participação especial no disco dele com o Quinteto da Paraíba. 

A carreira consolidada é tocada para frente. Em 2001, com o disco Acelerando o Coração, com arranjos de Cezar Silveira e Genaro, direção e produção do próprio Maciel Melo, com canjas do Mestre Salustiano e Sua Rabeca, Ramos de Carpina e mais uma vez do poeta Jessier Quirino. Em 2002, participa da trilha sonora do filme Lisbela e o Prisioneiro, filme de Guel Arraes baseado no livro do pernambucano Osman Lins, com a música A dama de Ouro, e grava o disco No Solado da Chinela, com participação de Chico Pedrosa, lendário poeta popular do Nordeste, inspiração confessa de Lirinha, vocalista do Cordel do Fogo Encantado. A próxima empreitada de Maciel Melo será investir mais na sua carreira no Sudeste, onde ainda é pouco conhecido do grande público. Em 2003, mais uma obra é lançada para a nossa satisfação. Dessa vez, ele vem com Dê Cá um Cheiro, um disco cheio de novidades rebuscando as tradições e os costumes do povo sertanejo, temas prediletos desse poeta que não se cansa de bradar em versos e cantorias sua terra, sua gente. Em 2004, volta a morar em sua terra adotiva Petrolina, para realimentar sua fonte de poesia e rebuscar coisas que se perderam com o tempo, descansar um pouco o juízo. Nesse intervalo, passa dois anos sem gravar, apenas criando e reestudando sua obra, fazendo assim uma minuciosa análise estética de sua poesia e principalmente de sua vida já um tanto tumultuada pelos relacionamentos amorosos, feitos e desfeitos ao longo de sua trajetória. 2006. Maciel Melo volta ao Recife de mala e cuia. Agora com dois discos: Nascente e Desplugado. No CD Nascente, ele traz todo o conteúdo de seu exílio em Petrolina, imposto pela necessidade de viver e reviver suas origens, e diante de sua célebre maneira de vivenciar seu passado, traz para os nossos ouvidos um monte de canções como se fossem capuchos de algodão, limpando assim um pouco da sujeira radiofônica globalizada, desenfreadamente empurrada goela abaixo por aqueles que não têm um pingo de respeito pela cultura e muito menos pelo bom gosto que ainda resta em nosso povo. No CD Desplugado, Maciel mostra o lado de cantador e menestrel. O poeta, o violonista, o catador de cantigas perdidas na amplidão desses sertões cinzentos, há séculos esquecidos pelos ilustres excelentíssimos senhores donos do poder, que roubaram o que tínhamos de mais sagrado: a consciência e o gosto pela nossa música.

José Teles (Crítico de música do Jornal do Commercio do Recife, autor do livro Do Frevo ao Manguebeat, lançado pela Editora 34) 



Discografia Oficial

Desafio das léguas (1989)

Faixas:
01 - Um Vêio D'água do Rio Pajeú
02 - Retinas
03 - Meu Riso, Meu Pranto
04 - Ferindo Quando Ferido
05 - A Barra Do Dia-a-Dia
06 - Desafio Das Léguas
07 - Sim e Não a Rainhas e Reis
08 - Vitrais



Alegria de nós dois (1995)

Faixas:
01 - No Batente da Janela (Maciel Melo)
02 - No Batuque do Melê (Maciel Melo)
03 - Caboclo Sonhador (Maciel Melo)
04 - Querio Dançar (Maciel Melo)
05 - Feira de Sonhos (Maciel Melo)
06 - Pode Mentir Que Eu Não Ligo (Maciel Melo)
07 - Alegria de nós dois (Maciel Melo)
08 - Chuva de Sinceridade (Maciel Melo)
09 - Que nem vem, vem (Maciel Melo)
10 - Rosto da Solidão (Maciel Melo)
11 - Terra Prometida (Maciel Melo)
12 - Pergaminho (Maciel Melo)




Janelas (1996)

Faixas:
01 - Nos Tempos de Menino (Maciel Melo - Virgílio Siqueira)
02 - Pra Ninar Meu Coração (Maciel Melo - Luiz Fidelis)
03 - Que Nem Pandeiro (Maciel Melo)
04 - Janelas (Anchieta Dali - Maciel Melo)
05 - O Velho Alvoredo (Maciel Melo)
06 - Toque Sanfoneiro (Maciel Melo)
07 - Forró Z (Miguel Marconas e-Luiz Romero)
08 - Toda Liberdade (Maciel Melo)
09 - Nas Entranhas da Saudade (Maciel Melo)
10 - Sanfoneiro Bom (Petrúcio Amorim - Jorge Silva)
11 - Um Recado, Uma Sanfona, Uma Rabeca (Maciel Melo - Alcimar Monteiro)
12 - Paisagem de Interior (Jessier Quirino - Maciel Melo)
13 - Rainha de todos os Santos (Jessier Quirino - Maciel Melo)
14 - O Bailado dos Olhos (Maciel Melo - Pedro Amêrico)




Retinas (1997)

Faixas:
01 - Retinas (Maciel Melo - Virgílio Siqueira)
02 - Meninos do Sertão (Maciel Melo e Petrúcio Amorim)
03 - Poço da Alma (Maciel Melo)
04 - Coentro e Cebolinha
05 - Derretendo a seda (Maciel Melo)
06 - Meu Riso, Meu Pranto (Maciel Melo - Virgílio Siqueira)
07 - Só Sei Que Vivendo Morro (Maciel Melo - Dimas Batista) 
08 - Por Baixo do Coco (Aracílio Araújo)
09 - Jogo o Laço (Adilson Medeiros/Lu Bahia)
10 - Quereres Iguais (Maciel Melo)
11 - O Papa-Figo
12 - Evoé, Evoé
13 - Pout-Pourri:
Toada de Maracatu (Domínio Público)
Meu Maracatu, 500 Anos Depois (Walmar - Wilson Freire)



Sina de cantador (1998)


Faixas:
01 - Forró miúdo (Não tem culé) (Junior Vieira)
02 - Meu cenário – Petrúcio Amorim)
03 - Quando vejo minha amada (Maciel Melo)
04 - Caia por cima de mim (Maciel Melo)
05 - Gavião peneira (Maciel Melo – Virgílio Siqueira)
06 - A lavadeira (Maciel Melo – Rogério Rangel)
07 - Os olhos da esperança (Maciel Melo)
08 - Sonho chorado (Lamartine Babo)
09 - Sina e cantador Aldy Carvalho)
10 - Cores e tons (Maciel Melo)
11 - Um veio d’água (Maciel Melo)



Jeito maroto (1999)

Faixas:
01 - Jeito Maroto (Maciel Melo)
02 - Carrapeta de Batom (Maciel Melo)
03 - Caboclo Sonhador (Maciel Melo)
04 - Chovendo Sinceridade (Maciel Melo)
05 - Na beirinha do fogão - (Genaro - Maciel Melo - Júnior Vieira)
06 - Pode mentir que eu não ligo (Maciel Melo)
07 - Só quer Zoeira (Maciel Melo)
08 - Não É Brincadeira (Maciel Melo)
09 - No batuque do melê (Maciel Melo)
10 - Ferias dos Sonhos (Maciel Melo)
11 - Pergaminho (Maciel Melo)
12 - Mistério da Fé (Maciel Melo)






Isso vale uma abraço (2000)

Faixas:
01 - Nega Buliçosa (Thiago Duarte)
02 - A Lua é Quem Brilha Mais (Maciel Melo)
03 - Isso Vale Um Abraço (Maciel Melo)
04 - Receita (Juraildes da Cruz)
05 - Só Vou de Mulata (Gordurinha)
06 - Chamando pra Forrozar (Maciel Melo e Genaro)
07 - Coco Peneruê (Maciel Melo e Jessier Quirino)
08 - Sonho Azul (Maciel Melo)
09 - Tampa de Pedra (Maciel Melo)
10 - Ela Neu e Eu Nela (Maciel Melo)
11 - Espere Que Eu Chego Já (Maciel Melo)
12 - A Ponteira e o Pião (Maciel Melo e Genaro)
13 - Alegria de nós dois (Heleno Louro)




Acelerando o coração (2001)

Faixas:
01 – Sanfoneiro Ruim (Maciel Melo)
02 – No Terreiro de Alguém 
(Maciel Melo) 
03 – Acelerando o Coração 
(Maciel Melo) 
04 – A Dama de Ouro 
(Maciel Melo) 
05 – Derretento A Seda 
(Maciel Melo) 
06 – O Forró De Salú
(Edy Carlos - Maciel Melo) 
07 – Do Jeito Que O Diabo Gosta (Zé Da Flauta)
08 – Amor Sincero (Jorge de Altinho e Gilvan Neves)
09 – Pra Ninar Meu Coração (Maciel Melo e Luiz Fidelis)
10 – Caboclo Sonhador 
(Maciel Melo)  
11 – Meninos Do Sertão 
(Maciel Melo - Petrúcio Amorim) 
12 – Paisagem De Interior (Jessier Quirino)




O solado da chinela (2002)

Faixas:
01 – O solado da chinela (Maciel Melo)
02 – Forró de candeeiro (Maciel Melo)
03 – Minha fala (Maciel Melo e Nilo Batista)
04 – Bandoleiro (Maciel Melo)
05 – O menino e os carneiros (Geraldo Azevedo e Carlos Fernando)
06 – Flor mulher (Aracilio Araújo - Pinto do acordeon)
07 – Cair na brincadeira (Genaro e Evaldo Lima)
08 – Sanfona velha (Maciel Melo)
09 – Dia dos namorados (Maciel Melo)
10 – Maria da santa fé (Maciel Melo)
11 – Fuxico (Dinho Oliveira - G. Vieira e Didi)
12 – Coco da parafuzeta (Maciel Melo - Jacinto Silva - Zé do norte)
13 – Serrote agudo (Luiz Gonzaga - José Marcolino)
14 – Pingo d’água (Maciel Melo)




Dê cá um cheiro (2005)

Faixas:
01 - Dê Cá Um Cheiro (Maciel Melo / Edgar Mão Branca )
02 - A Poeira e a Estrada (Maciel Melo / Claudio Almeida)
03 - Porteira de Cambão (Maciel Melo / Luiz Homero)
04 - Bebedouro (Maciel Melo / Anchieta Dalí)
05 - Alinhado (Maciel Melo / Ladja Betânia)
06 - Arenga  (Maciel Melo)
07 - Toada pro Povo (Paulo Matricó)
08 - Vem Viver Essa Paixão (Pinto do Acordeon)
09 - Mudança (Maciel Melo)
10 - De Corpo e Alma (Maciel Melo)
11 - O Aviso (Maciel Melo)
12 - O Ciúme (Caetano Veloso)
13 - Um Vêio D'agua  (Maciel Melo)




Nascente (2006)

Faixas:
01 - Chama Eu (Maciel Melo e João Neto)
02 - Vai Melhorar (Maciel Melo e Ananias Girrê)
03 - Nascente (Maciel Melo e Dário Moreira)
04 - Brasil Pernambuco (Maciel Melo)
05 - Meu Mundo Inteiro (Maciel Melo)
06 - Sob Um Céu Azul (Maciel Melo)
07 - Forro de Seu Vavá (Petrúcio Amorim e Rogério Rangel)
08 - Não Mereço Vovê (Zezito Doceiro)
09 - No Batente da Janela (Maciel Melo)
10 - Vamos Contar Carneitinhos (Maciel Melo)
11 - Gavião Carcará (Aracilio Araújo)
12 - Onde o Vento Não Faz a Curva (Maciel Melo e João Neto)
13 - João e Duvê




Isso vale um abraço (Ao Vivo) (2008)

Faixas:
Abertura – Aos críticos – Trecho de Poema de Rogaciano Leite
01 – O velho arvoredo (Maciel Melo)
02 – Pra ninar meu coração (Maciel Melo / Luiz Fidelis)
03 – Terra prometida (Maciel Melo)
04 – Tampa de pedra (Maciel Melo)
05 – Porteira de cambão (Maciel Melo / Luiz Homero) Pat. Especial – Silvério Pessoa
06 – Coco peneruê (Maciel Melo e Jessier Quirino) Part. Especial – Silvério Pessoa
Mulher de Mané Amaro (Deó do Baião) Coco do M (Zé do Brejo e Jacinto Silva)
Meu pião (Zé do Norte)
07 – Jeito Maroto (Maciel Melo)
08 – Meu cenário (Petrúcio Amorim) Part. Especial – Petrucio Amorim
Paisagem de interior – Trecho de poema de Jessier Quirino
09 – De mala e cuia (Flávio Leandro)
10 – João e Duvê (Maciel Melo) Part. Especial – Xangai
11 – Um véio d’água (Maciel Melo) Part. Especial – Irah Caldeira
Poema Serra da Carapuça (Maciel Melo)
12 – Bandoleiro dos sonhos (Marcone Melo) Part. Especial de Marcone Melo
13 – Caboclo Sonhador / Que nem vem-vem (Maciel Melo) Part. Especial de Flávio José
14 – Facilita (Luiz Ramalho)
15 – Se tu quiser (Xico Bezerra)
16 – Isso vale um abraço (Maciel Melo)
17 – Noites Brasileiras (Zé Dantas e Luiz Gonzaga) Aproveita, gente (Onildo Almeida)




Sem ouro e sem mágoa (2009)
Faixas:
01 – Pelos cantos da casa (Maciel Melo e Xico Bizerra)
02 – Nas linhas da sua mão (Maciel Melo e Genaro)
03 – É só triscar que sai faísca (Ananias Júnior e Maciel Melo)
04 – Até naqueles dias (Ananias Júnior e Maciel Melo)
05 – Não é brincadeira (Maciel Melo)
06 – Roubando a cena (Genaro e Maciel Melo)
07 – Bolero de Izabel (Jessier Quirino)
08 – Rainha (Maciel Melo)
09 – Mamãe papai me disse (Teca Calazans e Maciel Melo)
10 – Casinha Velha (Genaro e Maciel Melo)
11 – Sem ouro e sem mágoa (Maciel Melo e Fausto Nilo)
12 – Fronteira da graça (Maciel Melo e Geraldo Maia)
13 – Janeiro (Marco Polo)
14 – Estrelas do passado (Carlos Vilela, Maciel Melo e Maciel Correia)
15 – Cores e tons (Maciel Melo)
16 – Galope à luz do luar (Maciel Melo)
17 – Da cor do chão (Anchieta Dali e Luiz Homero)




Debaixo do meu chapéu (2010)
Faixas:
01 – Quixadá (José Viana – Maciel Melo)
02 – Derretendo a seda (Maciel Melo)
03 – Seu brinquedo (Maciel Melo)
04 – Tudo ou nada (João Sereno – Manuca Almeida)
05 – Pot pourri de arrasta-pé:
Esquenta moreninha (Assisão)
Noites brasileiras (Zé Dantas – Luiz Gonzaga)
Aproveita gente (Onildo Almeida)
06 – Daquele jeito (Maciel Melo)
07 – Tampa de pedra (Maciel Melo)
08 – Duas caravelas (Geraldo Azevedo – Maciel Melo)
09 – Toque mais um sanfonein (Maciel Melo)
10 – A ponteira e o pião (Maciel Melo – Genario)
11 – Chororô (Gilberto Gil)
12 – Sanfona dourada (Luiz Gonzaga – Maciel Melo)



Fonte:

3 comentários:

Professor Romildo disse...

Parabéns pela maravilha de reportagem, brilhante!
p.s. Mora em Arcoverde, perto de Iguaraci e tenho um exemplar de "Desafio das Léguas" um vinil.

Professor Romildo disse...

Parabéns pela maravilha de reportagem, brilhante!
p.s. Mora em Arcoverde, perto de Iguaraci e tenho um exemplar de "Desafio das Léguas" um vinil.

Cirino - Petrolina disse...

Marciel Melo representa a boa musica e canta o nosso nordeste!

Parabéns!

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