sábado, 10 de outubro de 2020

AUTOR DE HIT DOS 80, NICO REZENDE FAZ CLIPE PARA FESTEJAR 60 ANOS

'Vida que segue' foi composta em maio, durante o início da quarentena, e traz mensagem de otimismo e confiança no futuro


Por Augusto Pio 





Para celebrar os 60 anos de vida, completados na última terça-feira (13), o cantor e compositor Nico Rezende, autor de Perigo, que virou hit na voz de Zizi Possi, resolveu lançar o clipe da canção 'Vida que segue' nas plataformas digitais. Ele compôs a música em maio passado, em plena fase aguda da pandemia. A letra traz uma mensagem de otimismo. “A ideia é procurar atenuar este período em que apreensão e incerteza precisam dar lugar à esperança no futuro”, diz ele.

Nico conta que compôs a canção durante um sonho interrompido. “De repente, bateu a inspiração, acordei e registrei tudo no celular, tanto a melodia quanto a letra. Ambas vieram praticamente prontas. Na verdade, acordei um dia lá pelas cinco da manhã, pois tinha sonhado com melodia e letra de uma só vez. Peguei o telefone, gravei e voltei a dormir. Quando fui ouvir, disse pra mim mesmo: ‘Caramba, só troquei uma palavra da letra, o resto ficou como tinha sonhado’.”

O músico diz que é comum ele sonhar com canções já prontas. “Já fiz muitas canções assim, é algo inexplicável. Ou mesmo algum segmento de melodia.” 

Produzido por ele e pelo baixista André Vasconcelos, Vida que segue é o primeiro single do 10º álbum do artista, que terá apenas canções inéditas, com lançamento previsto para dezembro deste ano. O repertório já está pronto, segundo ele. “Tem músicas minhas e outras com parcerias, com Dudu Falcão e Paulinho Lima, entre outros”, conta


Aniversário

O clipe foi produzido no mês passado, mas Nico deixou para lançá-lo na data do seu aniversário. Ele diz que gosta das datas redondas e por isso escolheu essa. 

“Nasci em 1960, estou completando 60 anos, este é o meu 10º álbum e o estou lançando em 2020.”

O músico lamenta o fato de ter cancelado diversas apresentações por causa da pandemia do novo coronavírus. “Talvez 2020 foi o ano em que eu tivesse mais shows agendados.” Ele planejava participar do Festival de Jazz de Rio das Ostras e viajar para a Itália e Suíça, onde faria shows. “Mas, infelizmente, a pandemia não deixou isso acontecer.”

Ele lamenta também que a pandemia tenha atrapalhado a vida de tanta gente, além das mais de 150 mil mortes provocadas pela doença no Brasil. “Nós, músicos, além de parar de fazer shows, quase não recebemos pelos direitos autorais, que são provenientes desses. Quer dizer, se não há shows, também não se arrecadam direitos autorais. Ficou complicado, conheço músicos passando aperto.”

Nascido em São Paulo, Antônio Martins Correia Filho, o Nico, se mudou para o Rio de Janeiro em 1982. “Na época, Ritchie fazia sucesso com a música Menina veneno e estava montando uma banda para uma excursão. Fiz a turnê com ele pelo Brasil e América do Sul. Depois, saí e fui tocar com Lulu Santos, com quem trabalhei por uns quatro anos.”

Nesse meio tempo, Nico produziu os arranjos do disco Exagerado, de Cazuza. “Foi o primeiro disco solo dele. Depois, vieram trabalhos com Kiko Zambianchi, Dalto, Marina Lima, Dulce Quental, Gal Costa, Lulu Santos, Simone, Beto Guedes, Zizi Possi, Barão Vermelho e Erasmo Carlos, entre outros. “Fiz também dois discos de Roberto Carlos, trabalhei com muita gente na década de 1980 e ainda lancei o disco Nico Rezende (1987), cuja música de trabalho, Esquece e vem, parceria com Paulinho Lima, foi tema da novela O outro.”

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