Em "Viva Elis", Maria Rita mostra de maneira concisa a coerência e qualidade que pautaram a carreira de sua mãe.
Por Bruno Negromonte
Recife dobrou-se diante da grandeza do repertório brilhantemente apresentado pela filha daquela que ainda hoje é reverenciada por muitos mesmo após 30 anos de sua morte. Maria Rita apresentou-se no último domingo (1º de abril) mostrando uma esfuziante simpatia e um set-list composto por 28 canções em um espetáculo meticulosamente bem preparado. Idealizado por João Marcello Bôscoli e patrocinado pela Nivea, o show "Viva Elis" lembra a passagem das três décadas de ausência de Elis Regina Carvalho Costa, ou simplesmente Elis Regina, uma das maiores cantoras brasileira de todos os tempos. O repertório veio a altura do seu nome, pois Maria Rita passeia de maneira sublime por canções da lavra dos principais compositores de nosso cancioneiro, entoando versos e melodias de artistas como Antônio Carlos Belchior, Chico Buarque, João Bosco, Ivan Lins, Milton Nascimento, Rita Lee, Guilherme Arantes, Jorge Ben Jor, Gilberto Gil, Tunai, Paulo César Pinheiro, Joyce, Fátima Guedes, Edu Lobo, Vinícius de Moraes, Baden Powell entre outros. Uma primazia de repertório sintetizando de maneira substancial os cerca de 20 anos de carreira fonográfica de sua mãe.
Com um parque Dona Lindu repleto de espectadores, o espetáculo "Nívea Vive Elis" (que já passou por Porto Alegre, terra natal de Elis, e ainda vai ser apresentado em mais 3 capitais do país) começou um pouco depois do horário previsto, com uma plateia que já dava sinais de impaciencia, porém o público logo foi atraído pelo magnetismo exercido por Maria Rita a partir dos versos escritos por Ronaldo Bôscoli, em Imagem (Luiz Eça e Ronaldo Bôscoli), passando pela história em que ela contou o porquê da tanta ligação com a cidade até Redescobrir (última canção do espetáculo apresentado). O ponto alto do show foram os dois momentos em que a artista foi as lágrimas entoando "Como os nossos pais" e "Romaria". Um espetáculo de autoafirmação, onde a filha de Elis Regina mostra superar-se com o auxílio luxuoso dos arranjos belamente executados por um quarteto de extremo talento: Tiago Costa (piano e teclados), Sylvinho Mazzuca (contrabaixo), Davi Moraes (guitarra) e Cuca Teixeira (bateria).
Com um parque Dona Lindu repleto de espectadores, o espetáculo "Nívea Vive Elis" (que já passou por Porto Alegre, terra natal de Elis, e ainda vai ser apresentado em mais 3 capitais do país) começou um pouco depois do horário previsto, com uma plateia que já dava sinais de impaciencia, porém o público logo foi atraído pelo magnetismo exercido por Maria Rita a partir dos versos escritos por Ronaldo Bôscoli, em Imagem (Luiz Eça e Ronaldo Bôscoli), passando pela história em que ela contou o porquê da tanta ligação com a cidade até Redescobrir (última canção do espetáculo apresentado). O ponto alto do show foram os dois momentos em que a artista foi as lágrimas entoando "Como os nossos pais" e "Romaria". Um espetáculo de autoafirmação, onde a filha de Elis Regina mostra superar-se com o auxílio luxuoso dos arranjos belamente executados por um quarteto de extremo talento: Tiago Costa (piano e teclados), Sylvinho Mazzuca (contrabaixo), Davi Moraes (guitarra) e Cuca Teixeira (bateria).
Eis aqui o repertório:
01 - Imagem (Luiz Eça e Ronaldo Bôscoli) (1967)
02 - Arrastão (Edu Lobo e Vinicius de Moraes) (1965)
03 - Como Nossos Pais (Belchior) (1976)
04 - Vida de Bailarina (Américo Seixas e Dorival Silva) (1972)
05 - Bolero de Satã (Guinga e Paulo César Pinheiro) (1979)
06 - Águas de Março (Antonio Carlos Jobim) (1972)
07 - Saudosa Maloca (Adoniran Barbosa) (1978)
08 - Agora Tá (Tunai e Sérgio Natureza) (1980)
09 - Ladeira da Preguiça (Gilberto Gil) (1973)
10 - Vou Deitar e Rolar (Quaquaraquaquá) (Baden Powell e Paulo César Pinheiro) (1970)
11 - Querelas do Brasil (Maurício Tapajós e Aldir Blanc) (1978)
12 - O Bêbado e a Equilibrista (João Bosco e Aldir Blanc) (1979)
13 - Menino (Milton Nascimento e Ronaldo Bastos) (1980)
14 - Onze Fitas (Fátima Guedes) (1980)
15 - Tatuagem (Chico Buarque e Ruy Guerra) (1976)
16 - Me Deixas Louca (Armando Manzanero em versão de Paulo Coelho) (1981)
17 - Essa Mulher (Joyce) (1979)
18 - Se Eu Quiser Falar com Deus (Gilberto Gil) (1980)
19 - Zazueira (Jorge Ben Jor) (1970)
20 - Alô, Alô, Marciano (Rita Lee e Roberto de Carvalho) (1980)
21 - Aprendendo a Jogar (Guilherme Arantes) (1980)
22 - Doce de Pimenta (Rita Lee e Roberto de Carvalho) (1979)
23 - Morro Velho (Milton Nascimento e Fernando Brant) (1977)
24 - O Que Foi Feito Devera (Milton Nascimento e Fernando Brant) (1980)
25 - Maria Maria (Milton Nascimento e Fernando Brant) (1980)
Bis:
26 - Fascinação (F. Marchetti e Maurice Feraudy em versão de Armando Louzada) (1976)
27 - Madalena (Ivan Lins e Ronaldo Monteiro de Souza) (1970)
28 - Redescobrir (Gonzaguinha) (1980)
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