Mestres e agremiações detentores de saberes da tradição e cultura popular de Pernambuco podem se inscrever até o dia 5 de maio
Mestre Galo Preto foi reconhecido, em 2011, como Patrimônio Vivo de Pernambuco
A Secretaria de Cultura do Estado (Secult) e a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe) lançaram, na última segunda-feira (20), o edital do 12º Concurso Público do Registro do Patrimônio Vivo de Pernambuco. Instituído por lei estadual, o título tem como objetivo prestigiar mestres da cultura popular e tradicional do Estado e fornecer meios para a perpetuação de seus saberes
As inscrições podem ser realizadas até o dia 5 de maio, na Gerência de Preservação Cultural da Fundarpe Rua da Aurora, 469, Boa Vista). O edital, o regulamento e os formulários de inscrição podem ser conferidos no Portal Cultura PE. Segundo o órgão, as candidaturas devem ser, obrigatoriamente, propostas por entidades jurídicas, sem fins lucrativos, constituídas há pelo menos dois anos e que tenham como uma de suas finalidades a proteção ao patrimônio cultural ou artístico. Podendo cada entidade submeter apenas uma solicitação.
Para concorrer ao título, os candidatos devem ainda comprovar currículo de trabalho na área cultural há mais de 20 anos, e residência em Pernambuco por igual período. É preciso ainda apresentar comprovação de renda e cópias dos documentos pessoais do proponente e candidato, ambos solicitados no ato da inscrição. "É um gesto do Governo de reconhecimento e valorização dos artistas e grupos da cultura que tem um legado a ser preservado para as próximas gerações", diz Márcia Souto, presidente da Fundarpe sobre o edital.
Com o objetivo de reconhecer, valorizar e apoiar mestres e grupos que detenham os conhecimentos ou as técnicas necessárias para a produção e a preservação de aspectos da cultura tradicional ou popular, garantindo que sejam capazes de transmitir seus conhecimentos, valores, técnicas e habilidades às novas gerações de aprendizes, a Lei do Registro do Patrimônio Vivo já contemplou 45 mestres e agremiações, desde 2005.
No ano passado, foram anunciados como Patrimônios Vivos o cantor Claudionor Germano, o mestre João Elias Espíndola (de Poção), José Lopes da Silva (Mestre Zé Lopes, de Glória do Goitá), José Rufino da Costa Neto (Dedé Monteiro), o Clube Carnavalesco Seu Malaquias e a Sociedade Musical 15 de Novembro.
Através da concessão, os mestres recebem bolsas vitalícias de apoio financeiro, participam de programas de ensino-aprendizagem, como oficinas, palestras, cursos e concursos, com o propósito de transmitirem seus saberes. Atualmente, as bolsas são no valor de R$ 1.600,00 mensais para pessoas físicas e R$ 3.200,00 mensais para grupos culturais.
Fonte: Diário de Pernambuco
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