sexta-feira, 17 de junho de 2016

DISCÍPULO DE LUIZ GONZAGA CRITICA SAFADÃO: “LETRAS POBRES E APELATIVAS; É TUDO, MENOS FORRÓ”

Ele critica, também, a “pobreza” musical das letras e o que chama de “apelo” das temáticas da farra, da bebida




Um dos ícones do ritmo difundido por Luiz Gonzaga, o paraibano Pinto do Acordeon criticou duramente a a distorção do forró e citou como exemplo o cantor cearense Wesley Safadão, o artista mais concorrido na atualidade. "Aquilo é tudo, menos forró", disse Pinto, ontem, ao jornalista Heron Cid, no programa Frente a Frente, da TV Arapuan.

Natural de Conceição (PB), Pinto reconhece os méritos de Wesley como show-man, mas defende a distinção. "Eu ouvi gente chamando ele de rei do forró. Isso eu não assino embaixo", cravou.

Outro nome -No auge dos seus 66 anos com 460 canções gravadas, mais de quarenta anos dedicado à música e as composições, Francisco Ferreira Lima, nome recebido na pia batismal, sugere que as bandas do gênero criem um nome para o ritmo que - na sua concepção - não tem nada de forró.

"Quando gritam lá vem a banda 'Navio do Forró', aí a bateria começa 'pra escapar', 'pra escapar, 'pra escapar", brinca Pinto, usando o termo como onomatopéia do som do instrumento.

Ele critica, também, a "pobreza" musical das letras e o que chama de "apelo" das temáticas da farra, da bebida, somado à ausência de poesia, melodia e criatividade.


Fonte: Exu Notícias/Diário do Sertão

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