HISTÓRIA DE MINHAS MÚSICAS – 26
JARRIM DE FULÔ
Esta veio de um grande artista e músico, acordeonista (ou sanfoneiro, como ele prefere ser chamado) de primeiríssima qualidade, chamado Cicinho. Cabra alagoano, mora no Recife há muito tempo e é de uma família de músicos e cantores. Certo dia ele me mostrou essa melodia, ainda muito tosca. Procurei lapidá-la e coloquei a letra, resultando daí a música que hoje já tem 8 regravações. Segue a versão original, gravada por Santanna, o Cantador, grande representante de nossa música regional.
JARRIM DE FULÔ
Xico Bizerra e Cicinho
você é aquele ‘jarrim’ de fulô
que enfeitou a janela do meu coração
você é da fogueira todo o calor
que me esquentou
nu’a noite em que a gente dançou um baião
você é meu docinho de buriti
o piqui que dá gosto ao meu baião de dois
você é a paisagem mais bela daqui
é o tempo, é o ontem, o hoje, o amanhã e o depois
água na hora da sede
rede pro meu sonho embalar
chuva aguando o sertão
chão que um dia plantado mais tarde vai dar
quero ser o teu vestidinho de xita
que te faz tão bonita pra ir pro forró
quero ser a canção que há muito me habita
que só cante o amor
que não fale da dor e seja em tom maior
acendi uma estrela em cada esquina
pra apagar dos teus olhos a escuridão
já bordei teu sorriso na minha retina
deixa, menina, eu florar a janela do teu coração
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