O violão normal tem seis cordas. Para facilitar o fraseado de bordões (com as três cordas graves, as mais grossas) requerido por choros e sambas, um violonista chamado Tute colocou na década de 40 a sétima corda em seu violão. Surgia um dos mais brasileiros dos instrumentos urbanos de corda. Tute era violonista do conjunto ‘Os Oito Batutas’, liderado por Pixinguinha. No estilo ‘choro’, o violão se caracteriza por frases de contraponto geralmente em escala descendente, utilizando-se somente as cordas graves. Daí o nome ‘baixaria’. Tute sentia necessidade de algumas notas mais graves, daí a ideia de colocar uma corda a mais nos bordões. Ele idealizou, desenvolveu e tocou o ‘7 Cordas’ até 1950, quando faleceu. Nesta época o violonista ‘Dino’, integrante do conjunto de Benedito Lacerda, resolveu continuar a ideia de Tute. Ele não só continuou, como criou uma maneira mais técnica e pessoal de tocar, praticamente reinventando o instrumento. Dino foi o principal divulgador do 7 cordas. Influenciou várias gerações de violonistas.
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