terça-feira, 17 de março de 2020

OSVALDO RODRIGUES, 100 ANOS

Cantor. Compositor. Trabalhou como linotipista nas oficinas do "Diário Oficial" de São Paulo antes de seguir carreira artística sendo incentivado a cantar pelos colegas de trabalho.

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Iniciou a carreiar no início da década de 1950 aoapresentar-se em programa de calouros da Rádio Recor de São Paulo onde foi inscrito pelos amigos de trabalho. Aprovado, segiu então a carreira artística contratado pela Rádio Record. Em 1951, fez suas primeiras gravações, pelo selo Carnaval, cantando no lado B em dois discos. No primeiro disco com Venilton Santos no lado A cantou o samba "As crianças estão chorando", de Marino Pinto e Mário Rossi e, no segundo disco, em cujo lado A estava Zilda do Zé, interpretou a marcha "Tchau bambina", de José Saccomani, Tobias e Calvo.

Em 1953, foi contratado pela Continental e gravou com acompanhamento de Antônio Sergi e sua orquestra o tango "La cumparsita", de Matos Rodrigues e Mauro Pires e o samba-canção "Olhos que falam", de Mário Vieira e Juraci Rago. Em seu segundo disco, gravado no mesmo ano também com a orquestra de Antônio Sergi, registrou a toada-canção "Jura-me", de sua autoria e Maria Grever e o samba "O que é o amor?", de J. Freitas e Júlio César.

Em março do ano seguinte, gravou com acompanhamento de Abel Ferreira e seu conjunto os dobrados "Bandeirante", de Luiz Gaúcho, Mário Vieira e Armando Rosas, uma homenagem ao quarto centenário da cidade de São Paulo comemorado naquele ano e "Pátio do colégio", de Luiz Gaúcho, Mário Vieira e Anacleto Rosas Júnior. Ainda em 1954, gravou com acompanhamento de Poly e sua orquestra o bolero "Canção da alma", de R. Hernández e Bruno Gomes e a valsa "Coração...coração...", de J. Gimenez e Juraci Rago. Em seguida, gravou com acompanhamento de Radamés Gnatalli e sua orquestra o tango "Um tropeção", de R. de Los Hoyos, B. Herrera e Júlio Nagib e o fox-slow "Sinfonia de uma noite estrelada", de G. Thorn, S. Thorn e José Pereira. Também em 1954, gravou um disco pelo selo Todamérica registrando a marcha "Preto com preto, não", de Conde, Nelson Cruz e Osvaldo Aude e o samba "Dá licença?", de Mário Vieira e Henricão.



Lançou no início de 1955 pela Continental dois discos com as marchas "Japonesa diferente", de Mário Vieira e Juraci Rago; o samba "Teu desprezo", de Conde e Antônio Rago; o bolero "Beijo nos olhos", de Portinho e Wilson Falcão e a valsa "Dançando com lágrimas nos olhos", de Al Dubin e J. Burke, com versão de Lamartine Babo. Ainda nesse ano, gravou o tango "Fumando espero", de Viladomat e Greso com versão de Eugênio Paes e a marcha "Deixa de beber", de Adoniran Barbosa. Ainda no mesmo ano, gravou no segundo disco pela Todamérica o beguine "Maria", de M. Nascimento e Alberto Almeida e o tango-habanera "Tango mágico", de Philippe Gerard, J. Kennedy e Max François com versão de José Pereira.

Em 1956, assinou contrato com a gravadora Odeon e em seu disco de estréia gravou com acompanhamento de Luis Arruda Paes e sua orquestra o samba "Paisagem do Brasil", de Alfredo Borba e a valsa "Gelsomina", de Nino Rota e versão de Cláudio Luiz Pinto. Em seguida, com a mesma orquestra gravou a marcha "Abraço do jacaré", de Alfredo Borba e Doca e o samba "Arca de Noé", de Alfredo Borba e Júlio Rozemberg.

Em 1957, gravou também com acompanhamento da orquestra de Luis Arruda Paes o bolero "Minha oração", de Bolanger e versão de Caubi de Brito e o cha-cha-cha "Triste boneca", de F. Reyna com versão de Serafim Costa Almeida. Nesse ano, gravou com a orquestra de Hector Lagna Fietta o samba "Pensando em ti", de Herivelto Martins e David Nasser. Ainda no mesmo ano, gravou com o Trio Los Cangrejos o bolero "Atende", de sua autoria, Chuvisco e Sérgio de Morais e a valsa "Amigos e mulheres", de G. Bermejo e versão de Serafim Costa Almeida.

Para o carnaval de 1958, gravou a marcha "Quando a mulher é boa", de sua autoria e Alfredo Borba e o samba "Por essa mulher eu chorei", de Alfredo Borba e Ivan Pires. Nesse ano, gravou também o beguine "Volta ao mundo", de Adamson e Young em versão de Alberto Ribeiro e a valsa "Fascination", de Marchetti e versão de Armando Louzada. Ainda nesse ano, gravou quatro dias antes da final da Copa do Mundo de futebol disputada naquele ano na Suécia, na qual o Brasil se tornou campeão, a "Marcha dos campeões do mundo", de Alfredo Borba e a batucada "O nosso dia chegou", de sua autoria e Alfredo Borba.



Retornou para a Continental em 1959 e gravou o rock "Personality", de Logan e Price com versão de Sèrgio Galvão e Neide Garcia e o bolero "Amor cubano", de Stothart, Mc Hugh e Fiels com versão de Alberto Ribeiro. No ano seguinte,gravou com acompanhamento de Ciro Pereira e sua orquestra os boleros "Morrer por ti", de Charles Aznavour e versão de Hélio Ansaldo e "Quando passarem os anos", de José Gimenez e Serafim Costa Almeida.

Foi contratado pela gravadora Copacabana em 1961 e gravou com a orquestra de Hector Lagna Fietta os sambas "Faz-me rir", de Edmundo Arias, Francisco Yoni e Teixeira Filho e "A casinha da colina", de domínio público. No ano seguinte,destacou-se no carnaval com a marcha "Napoleão", de Elzo Augusto e José Saccomani. Gravou também nessa época a marcha "A dança da carapuça", de sua autoria e Jaime Janeiro; o bolero "Noite de ronda", de Maria Teresa Lara e José Fortuna e a valsa "Se o amor matasse", de Rolando Candiano e Arquimedes Messina. Ainda em1962, gravou com acompanhamento de orquestra e coro um disco em homenagem à seleção brasileira de futebol que naquele ano sagrou-se bi-campeã mundial de futebol na Copa do Mundo do Chile, com as marchas "Parabéns, bi-campeões", de sua autoria e Arquimedes Messina e "Brasil, tradição esportiva", de Mário Albanese. Gravou em 1963 as marchas "Onde tem mulher eu tô", de Ubaldo Calvo e "O rei dos ciganos", de Hélio Sindô e José Saccomani. Nesse ano, gravou na Philips os boleros "Não te amo mais", de Ubaldo Calvo e "Volte para mim", de Valdir Cardoso.

De estilo romântico, gravou vários tangos e boleros.


Fonte: Dicionário da MPB

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