Possível anexação do Ministério da Cultura (MinC) ao Ministério da Educação (MEC) gera indignação no setor
Por Lucas Buzatti
Na última quinta-feira, uma reportagem do jornal “O Globo” afirmou que, segundo integrantes do Ministério do Planejamento, a reforma ministerial prevista pelo governo federal pode fundir algumas pastas. Dentre elas, está o Ministério da Cultura (MinC), que pode ser anexado ao Ministério da Educação (MEC), modelo que foi adotado até 1985. A possibilidade aventada pelo Planejamento – sobre a qual o MinC decidiu não se posicionar – gerou indignação no setor cultural.
O MinC foi criado há exatos 30 anos, resultado da grande mobilização de diversos segmentos da cultura brasileira, conforme lembra o secretário de Estado de Cultura de Minas Gerais, Angelo Oswaldo. “A criação do ministério veio de uma grande mobilização articulada pelo então deputado federal José Aparecido de Oliveira.
Em 1985, logo depois de eleito pelo colégio eleitoral, Tancredo Neves anunciou que criaria o ministério e que José Aparecido seria nomeado. No entanto, depois de assumir, ele foi convidado para governar o Distrito Federal e, em seu lugar, assumiu Aluísio Pimenta”, conta o secretário, que trabalhou na implantação da pasta e chegou a acumular, em 1986, os cargos de ministro interino, presidente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) e chefe de gabinete do ministério.
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