sexta-feira, 18 de setembro de 2015

70 ANOS

Nosso espaço registra as sete décadas de três relevantes nomes de nossa música popular brasileira 


Paulinho tapajós


Se vivo estivesse, Paulinho, que faleceu em 2013, estaria completando setenta anos



Paulo Tapajós Gomes Filho nasceu em 17 de agosto e 1945, filho de Norma e Paulo Tapajós. O pai, na época diretor artístico da Rádio Nacional, foi o responsável pelos primeiros contatos do filho com a música.

No entanto, a carreira artística de Paulinho começou enquanto ainda cursava Arquitetura na Universidade Federal do Rio de Janeiro. Em 1968 participou do projeto "Música Nova", que promovia encontros entre compositores e cantores para apresentações no Rio.

No mesmo ano registrou, em parceria com Arthur Verocai, a primeira música de sua autoria: "Madrugada", cantada por Magda.

Nos anos seguintes, participou de diversos festivais de música, com destaque para sua terceira colocação no Festival Internacional da Canção, quando se apresentou com “Andança”. A composição, realizada em parceria com Edmundo Souto e Danilo Caymmi, se tornou um clássico da música brasileira.

No começo dos anos 1970, Paulinho foi responsável por outros grandes hits que integraram trilhas sonoras de diversas novelas. "Irmãos Coragem", música de abertura de novela homônima, foi o maior sucesso, acompanhado de canções como "Assim na terra como no céu" e “Mon ami (Fatos e Fotos)".

Foi somente em 1972 que Tapajós deu inicío a carreira de intérprete. Gravou, ao lado da irmã, Dorinha, um compacto com músicas como "É natural", "O profeta" e "O triste". Seu último disco, "Preparando a Canção", foi lançado em 2008, contando com regravações de músicas próprias e algumas inéditas.

Paulinho também usou seus talentos musicais na área da publicidade, criando jingles para campanhas, além de ser autor de diversos livros infantis.





João Carlos Assis Brasil

Irmão gêmeo do saxofonista Victor Assis Brasil, João Carlos começou a tocar piano com três anos de idade



João Carlos Miranda de Assis Brasil, mais conhecido como João Carlos Assis Brasil, nasceu na cidade do Rio de Janeiro, em 28 de agosto de 1945. Irmão gêmeo do saxofonista Vitor Assis Brasil, inicia sua formação musical no Conservatório Brasileiro de Música, em sua cidade natal, onde estudou piano, harmonia e teoria musical. Aos 10 anos de idade, recebe o 1º Premio do Conservatório. Em 1960, continua seus estudos com o concertista Jacques Klein. Em 1962, vence o Concurso Nacional de Piano da Bahia. E, em 1964, estuda com Pierre Sancan, em Paris, França.

Em 1965, fica em 3º lugar no Concurso Internacional Beethoven, em Viena, Áustria, onde aprimora seus estudos com Richard Hauser e Dieter Weber e atua como solista na Orquestra Filarmônica de Viena.

Na década de 1980, forma, com Zeca Assumpção (baixo) e Cláudio Caribé (bateria), o João Carlos Assis Brasil Trio, que mais tarde conta com a participação de David Chew (violoncelo) e Idriss Boudrioua (sax). Apresenta-se, com o grupo, em vários concertos.

Nesse mesmo período, assume a função de professor do Conservatório Brasileiro de Música e, durante cinco anos, como professor e diretor da Faculdade de Música da Universidade Estácio de Sá, no Rio de Janeiro.

A partir de 1982, desenvolve com a pianista Clara Sverner um trabalho que resulta na gravação do disco "Clara Sverner e João Carlos Assis Brasil: Satie-Joplin", considerado um dos 10 melhores do ano. Em 1985, lança "Clara Sverner e João Carlos Assis Brasil: Gershwin-Fauré".

Atua em concertos com a Orquestra Sinfônica do Teatro Municipal, com a Orquestra Sinfônica Brasileira, com a Orquestra Sinfônica de Porto Alegre e com a Orquestra Sinfônica de São Paulo, sob a regência de Eleazar de Carvalho e John Neschling, entre outros maestros.

Acompanha vários artistas, como Maria Bethânia, Zizi Possi, Alaíde Costa e Olívia Byington, entre outros, destacando-se por sua atuação, em 1987, no show "Pescador de pérolas", de Ney Matogrosso.

Em 1988, grava, com Ney Matogrosso e Wagner Tiso, e participação de Jaques Morelenbaum e Jurim Moreira, o disco "A Floresta Amazônica - Villa-Lobos". Lança ainda dois discos sobre Villa-Lobos, o primeiro com a cantora Leila Guimarães, executando a Bachiana nº 5, e o segundo realizando a primeira gravação do 3º movimento da Bachiana nº 2.

No ano 2000, faz com Cláudia Netto e Claudio Botelho o show "American concert", interpretando clássicos de George & Ira Gershwin, Irving Berling, Cole Porter e Rodgers & Hart, entre outros. Em 2005, apresenta-se, ao lado de Claudia Lira, no show "Chão de Estrelas - Uma homenagem à Era do Rádio".

Em 2010, assina a trilha sonora do espetáculo “Nise da Silveira – Senhora das Imagens”, com dramaturgia e direção de Daniel Lobo, trabalho pelo qual recebe o Prêmio Aplauso Brasil de Teatro 2012.



Ed Wilson



Falecido em 2010, Ed fez parte do movimento da Jovem Guarda, fundou a banda Renato e seus Blue Caps junto com seus irmãos Paulo César Barros e Renato Barros



Ed Wilson começou sua carreira no início dos anos 50 com o grupo Renato e Seus Blues Caps — fundou a banda junto dos irmãos Renato Barros e Paulo Cesar Barros. Logo na década seguinte, deixou o conjunto e trilhou carreira solo, com discos lançados pelas gravadoras Odeon, CBS e RCA nos anos 60 e 70. Tornou-se compositor e produtor musical no mesmo período.

Seu maior hit na época da Jovem Guarda foi "Carro do papai", composto pelo irmão Renato, época em que também regravou uma versão em português para "Lucy in the sky with diamonds", rebatizada como "Ela me deixou chorando".

Na década de 1990, regravou sucessos ao lado de artistas como Erasmo Carlos, Leno e Lilian, Wanderléia e Golden Boys.

Em 2005, fundou a banda The Originals, só com membros dos Blue Caps, dos Fevers e dos Incríveis, com o qual fez uma série de shows e gravou 3 álbuns e 3 DVDs.

Entre as músicas que viraram sucesso estão: "Chuva de prata", gravada por Gal Costa; "Pede a ela", por Tim Maia; e "Aguenta coração", por José de Augusto, que foi tema de abertura da novela "Barriga de aluguel", da TV Globo. Depois disso, ingressou na música gospel.

Ed Wilson morava no Leblon, bairro da Zona Sul do Rio, e deixa viúva e filhos.

Nos anos 80, Ed Wilson compôs um dos maiores sucessos da cantora Gal Costa com a música “Chuva de Prata”.




Fonte:
IG
Teatropedia
G1

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