Zeto
José Antônio do Nascimento Filho ficou conhecido como Zeto, abreviatura do nome de batismo. Ao longo de sua trajetória artística também atendia por, Zeto Caboclo, Zeto Cantador, Zeto do Pajeú, e finalmente Zeto de Bia, referencia a companheira e mãe dos seus filhos. Bia Marinho, com a sua ancestralidade, seu caráter de mulher sertaneja, foi uma presença forte, na vida do cantador, violonista exímio, e declamador de privilegiada memória.
Zeto influenciou boa parte, senão todos, os músicos que tiveram a oportunidade de vê-lo cantar e declamar. Algumas vezes, vendo um artista no palco, identifico alguma coisa e digo pra mim mesmo. Zeto está aí, seja na batida do violão, no ato de declamar entre uma e outra música, na forma descontraída de comunicação com o público, enfim, até em alguns cacoetes, como soltar a mão esquerda do violão e enxugar o suor na calça.
Pouco tempo antes de Zeto partir, gravei algumas cenas de duas apresentações suas no Arcada Bistrô em Boa Viagem. A qualidade técnica não é boa, foram feitas em câmera analógica, e estão sem nenhum trabalho de restauração, nunca consegui alguém que fizesse isso com o profissionalismo que o documento merece, mas enfim, para tudo existe um tempo.
Esta Primeira Semente tem um Link para o Jornal da Besta Fubana, publicaremos em episódios, se possível semanais. Vamos acompanhar.
Dedico este trabalho para Graça Nascimento, poeta e irmã de Zeto.
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