Por Laura Macedo
Fico super feliz em divulgar o trabalho do grupo “Choro Opus Trio” resgatando a obra do multifacetado artista - de 100 anos de idade - Amintas José da Costa - Sarrafo. Maestro, compositor e saxofonista - Sarrafo - (22/1/1919 - Aracaju/Sergipe) iniciou a trajetória musical aos 17 anos no projeto de ensino de José Viena. Em 1937, ingressou na Força Pública de Sergipe onde também tocou na banda da corporação.
Em 1940 mudou-se para o Rio de Janeiro onde trabalhou em bandas e orquestras de casas noturnas, cassinos, rádios e conviveu com grandes nomes da música brasileira, como o maestro Guerra Peixe, Edmundo Villani Cortes, Radamés Gnattali e Pixinguinha. Uma década depois prossegue sua trajetória musical em São Paulo, tocando nas primeiras emissoras de TV do país, sendo maestro da TV Tupi.
A partir de 1968 compôs/gravou seus primeiros choros, obras que se perderam em estúdio fechado pela ditadura militar e que agora estão sendo resgatadas pelo grupo Choro Opus Trio – Eduardo Martinelli (violão), Ivon Cruz (Bandolim), Philip Andara (flauta) - e convidados, com o lançamento do CD “Descendo Sarrafo”, projeto realizado pela Fundação Municipal de Cultura de Campo Grande (MS) e contemplado pelo Programa Petrobras Cultural (Pronac).
O título da obra “Descendo Sarrafo” é uma alusão ao apelido do compositor, que também batizou as músicas com referência a madeiras. Assim, surgiram: “Tronco de ipê”, “É lenha”, “Casca de pau”, “Madeira de dar em doido”, “Pó de serra”, entre outras. Delícias de chorinho!
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