O samba foi o gênero escolhido este ano para ser reverenciado pelo carnaval recifense a partir de dois relevantes exponentes do gênero: Belo Xis e Gerlane Lops.
Por Bruno Negromonte
A polêmica é grande. Há quem defenda de que o nascedouro do samba tenha sido no Rio de Janeiro, há outros que acreditam que o ritmo tenha tido origem a partir do recôncavo baiano e há ainda os que acreditam que o surgimento do samba não tenha raízes africanas como defende o pesquisador Bernardo Alves. Para o pesquisador radicado em Pernambuco a ideia tão difundida de que o samba nasceu nas rodas da casa de Tia Ciata perde o sentido a partir de pesquisas realizadas pelo mesmo quando ele descobriu que tudo começara com índios catequizados do Nordeste. Em suas pesquisas, Bernardo identificou a presença da palavra samba em 1699, na Arte de Grammatica da Língua Brasílica da Naçan Kiriri, escrita pelo padre Luiz Vincêncio Mamiani, que vivia no alto sertão nordestino. Polêmicas à parte, o samba hoje é celebrado em todo o país e hoje invade o palco do Marco Zero com artistas pernambucanos e outros de projeção nacional.
Assim como nos anos anteriores, é certo que a turma do samba colocará a multidão do Marco Zero para cantar e sambar na noite dedicada ao ritmo. Marcado pela diversidade, o carnaval do Recife já mantém há anos uma noite dedicada este ritmo genuinamente brasileiro e tão atrelado à alegria, sentimento mais que vigente nas festividades carnavalescas. Este ano o Marco Zero contará com a presença de nomes como Monobloco e Alcione, além de, na abertura, contar com a participação de grandes nomes do gênero.
Outros Polos
Além das fronteiras do bairro do Recife o carnaval também é tomado por diversas atrações. Nos diversos polos presentes nos bairros da cidade há atrações para todos os gostos. A marca da diversidade existente no carnaval faz-se presente a partir de distintas apresentações, que vão desde atrações locais até grandes nomes da cultura nacional.
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