56 - Posfácio, por Ana Duarte / Agradecimentos especiais
Eu posso dividir a minha vida com Pery em antes e depois deste livro.
Como todo casal quando aprofunda um relacionamento, nós também contamos um ao outro sobre nossas vidas, nossas famílias. Foi assim meu primeiro contato com suas lembranças da infância, dos pais, e do início de carreira. Um desabafo num dia difícil, uma lembrança gostosa vinda à tona num pôr de sol na cobertura da Barra, confidências no jantar após um show com seu pai em São Paulo... Achava que conhecia toda a sua história, e que sabia quanto sua infância havia sido difícil. Estava enganada. Quando se escuta um trecho aqui, um outro meses, ou anos depois, é muito diferente do que encarar a carga dessas emoções de uma só vez. Ter acesso a to-das as suas dores e alegrias, num desabafo sincero e confuso, foi muito forte. Me vi diante do mais íntimo do seu ser. Acompan-hei todo o conflito que ele viveu para decidir escrever este livro. Fui testemunha do doloroso processo de revolver suas memórias, muitas vezes, interrompido por crises de choro convulsivo. Pery escrevia por dias seguidos, para depois parar por meses, sub-jugado pelo peso de suas dores. Foi uma ver-dadeira catarse para ele: expurgou todos os seus fantasmas e redimiu todos os seus sentimentos. E mudou para sempre o nosso amor. Mais amigos e cúmplices ficamos. Desde então, se aquietaram as minhas cobranças, e passei a compreender que ele me oferece o que tem de melhor, e muito, muito mais do que recebeu. Se não é tão carinhoso como eu gostaria — mesmo sentindo falta disso —, hoje entendo o porquê. Se já era um grande pai, agora o enxergo ainda mais especial. A nossa história de vida ganhou um sentido ainda maior. Me sinto privilegiada por ter dividido com Pery o desafio de escrever a sua história. E muito honrada por ter tido em minhas mãos a responsabilidade de organizar, em livro, sentimentos tão delicados. Deus sabe que tratei com o maior respeito e carinho suas lembranças. Sinto imenso orgulho da sua coragem em se expor sem censura ao mundo. Mais orgulho ainda do que sinto quando o vejo cantar divinamente num palco.
Sua maior fã, e eternamente apaixonada,
Ana Duarte
Agradecimentos especiais
A Jose Messias, com quem viajamos no tempo para resgatar a verdadeira essência dos acontecimentos. Aos queridos Dorival Caymmi e Stella, que nos abriram sua casa e suas lembranças. A Nelson Gonçalves, por sua escancarada sinceridade. A Amalia, esposa de Vicente Paiva, por nos trazer fatos importantes do passado. A Raul Sampaio, pela forma respeitosa ao compartilhar comigo suas memórias de tantos anos ao lado de meu pai. Aos queridos Luis Vieira, Virginia Lane, Marlene e Emilinha Borba, pelo carinho. Ao Bily, meu irmão e guardião do acervo familiar, pelas fotos de nossa infância. Ao Helio, irmão mais velho, pela lembrança de fatos mais antigos. Às minhas tias Margarida, Lila, e em especial, a tia Nirinha, pelas fotos de Herivelto e do Pery bebê. A Edith, nossa tia do coração, pela sua preciosa memória. Ao Nacib, maior fã de Dalva, que nos abriu seu arquivo pessoal de fotos e reportagens. Ao amigo Bily Blanco, pelo apoio e espírito crítico ao primeiro manuscrito. A Ricardo Cravo Albin, pelas fotos da festa dos 80 anos de Herivelto. A Sergio Cabral, Max Nunes, Chico Anysio, Herminio B. de Carvalho e Bibi Ferreira. A Antonio Sergio Ribeiro, pelo material cedido de sua coleção da antiga Revista do Rádio. A Silvia Regina, da Biblioteca Nacional, pela ajuda preciosa na pesquisa. A Leon Barg, do selo Revivendo, pelas fotos cedidas. À equipe Copy rights, em especial a Dra. Adriana Vendramini. Ao Fernando, da editora Vitale, pelo acesso à obra de Herivelto. Às Editoras Mangione & Filhos, ADDAF, SIGEM e Fermata, pela liberação das obras citadas. A Elifas Andreato, por ter viabilizado a nossa parceria com a Editora Globo. Aos editores da Globo, que deram suporte a nossa inexperiência, Eliana de Sá, Claudia Abeling, e, em especial, a Marcelo Ferroni, que pacientemente trabalhou conosco na finalização do livro. A Maurício Sherman, pelo carinho e pela aposta no projeto musical “Dalva e Herivelto”. A Ruy Castro, por ter sucumbido à curi-osidade de ler o nosso livro, nos brindando depois — ele, o profissional das letras! — com um prefácio tão especial. A Dalva e Herivelto, por existirem . E a Deus, por me fazer seu filho.
* A presente obra é disponibilizada por nossa equipe, com o objetivo de oferecer conteúdo para uso parcial em pesquisas e estudos acadêmicos, bem como o simples teste da qualidade da obra, com o fim exclusivo de compra futura. É expressamente proibida e totalmente repudiável a venda, aluguel, ou quaisquer uso comercial do presente conteúdo.
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