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quinta-feira, 14 de dezembro de 2017

"BRASILEIRÍSSIMO": EMÍLIO SANTIAGO POR TÁRCIO CARDO

Por Tárik de Souza



No quarto disco de sua carreira, o cantor carioca Tárcio Cardo presta tributo a um cantor de estirpe, que marcou a MPB: “Brasileiríssimo – Para Emilio Santiago”.

“Era um amigo querido, tivemos uma relação muito próxima, principalmente em seus últimos dez anos de vida. Ela vem de família. Emilio era amigo de meu pai, Tarci, que é compositor. Nos anos 60, cursaram a Faculdade Federal de Direito juntos e foi pelas mãos dele, que Emilio entrou em estúdio pela primeira vez para gravar uma demo”, rebobina Tárcio.

O refinamento do homenageado exigiu nada menos de cinco craques arranjadores para o disco produzido por Max Viana, filho de Djavan: Roberto Menescal, Ginson Peranzetta, Cristóvão Bastos, João Donato e Jorjão Barreto.

No repertório, que começou a ser escolhido com Santiago ainda vivo, entraram “Canto de Ossanha” (Baden Powell/Vinicius de Moraes) e “Ponto de Ossanha”, de introdução e participação dos filhos de Baden (Marcel Powell) e seu primo João de Aquino (Gabriel de Aquino). De Johnny Alf, “Eu e a brisa” e “O que é amar”. E mais, os boleros “Dois pra lá, dois pra cá” (João Bosco/Aldir Blanc) e “Dilema” (de Aldir com Peranzetta), o funk´soul “O amigo de Nova Iorque” (Durval Ferreira/ Macau), que evoca a convivência de Emilio e Tárcio na cidade americana.

Ainda há três sucessos notórios do celebrado, “Saigon” (Paulo Cesar Feital/Claudio Cartier/Carlão), “Pelo amor de deus” (Paulo Debétio/Paulinho Resende) e “Logo agora” (Jorge Aragão/ Jotabê) e um dueto póstumo de Tárcio e Emílio em “Surpresa”, de João Donato e Caetano Veloso.

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