Por Tárik de Souza
Pianista, arranjador e compositor, Tomás Improta, 69 anos, 47 de carreira, chega ao décimo disco solo, após ter tocado por mais de dez anos com os Doces Bárbaros, Caetano Veloso, Gal Costa, Maria Bethânia e Gilberto Gil, e ainda Luiz Melodia, Djavan, Baden Powell, Lucio Alves, Zezé Motta, Chico Buarque, Elizeth Cardoso, Nara Leão, Elba Ramalho - e muitos mais.
Centrado no piano solo, “Olha pro céu” (Sonora) tem apenas sete faixas, duas delas autorais. A reflexiva “Karen B” e a paisagística “Silvestre: Nascente do rio Carioca”, uma das duas que contam com outro instrumentista, no caso o baixista Tony Botelho, responsável pela pontuação rítmica leve e grave. Já consagrado como violonista, o filho do solista, Gabriel Improta, é a outra participação especial, no único standard da seleção, “I concentrate on you”, do compositor americano Cole Porter, em levada suavemente bossa nova.
Gravado “com muita tranqüilidade”, entre outubro de 2015 e abril de 2016, no estúdio da Biscoito Fino, no Rio, o CD tem ainda uma releitura repleta de modulações do clássico samba canção de Ary Barroso, “Risque”, a densa “Pra dizer adeus” de Edu Lobo e Torquato Neto, e a faixa título, pérola pouco conhecida de Tom Jobim. Filho do pianista e crítico de música clássica Eurico Nogueira França e da pianista erudita Ivy Improta, Tomás também revisita o “Poema singelo” de Heitor Villa Lobos, o maestro responsável pela vinda de sua mãe, de Bauru, SP, para o Rio.
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