Por José Teles
Marisa Monte, Arnaldo Antunes e Carlinhos Brown, Os Tribalistas, voltam ao disco 15 anos depois do estrondoso sucesso do primeiro e único álbum que lançaram (mais um DVD). Foi um fenômeno comercial semelhante ao dos Secos & Molhados, nos anos 70, e do R.P.M, nos anos 80.
O Tribalista vendeu uma enormidade, apesar da pirataria desenfreada da época, porém recusou as propostas para cair na estrada, e percorrer o país, na que seria, certamente, uma turnê tão badalada quanto a Ney Matogrosso, Gerson Conrad e João Ricardo, 44 anos atrás, ou da R.PM, há 31. Pelas canções novas antecipadas pelos Tribalistas no Facebook, a qualidade continua.
Mas e a popularidade? Em 2002, o rolo compressor sertanejo ainda não tinha passado por cima da MPB, estabelecendo um padrão de mesmice descartável, que domina o mercado. Uma geração inteira cresceu ouvindo este tipo de musica. Talvez nem saiba quem são os Tribalistas.
O sucesso arrebatador de Arnaldo, Carlinhos e Marisa, em 2002, surpreendeu. Ninguém esperava que chegasse a tanto. Mais um destes fato isolados que acontecem, sem fórmulas, nem explicações. Foi assim, por exemplo, em 1978, com Peter Frampton, e o álbum duplo Frampton Comes Alive, um dos mais vendidos da história do rock.
Raios não costumam cair duas vezes no mesmo lugar, também na indústria do disco, ou no show business. Secos & Molhados, Peter Frampton e R.P.M não foram atingidos novamente pelo raio do sucesso nos discos seguintes. Mais aí é outro papo, salve a volta dos Tribalistas. É torcer para o raio atingir o trio novamente. Só assim o nível volta a subir nas paradas musicais brasileiras.
Confiram áudio dos Tribalistas, em Um Só:
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