Teve suas primeiras noções de música com o pai, que era saxofonista.
Seu pseudônino foi originado porque tocava com Pixinguinha, Donga e João da Bahiana no conjunto Velha Guarda antes da extinção do grupo, em 1958.
De Zé da Velha Guarda ficou só Zé da Velha, tendo começado ao lado dos mestres quando tinha apenas 17 anos.
Deciciu seguir carreira de músico ao se deparar com uma bandinha de carnaval. Começou tocando trombone de pistão e depois trombone de vara.
Sua presença sempre foi obrigatória em qualquer roda de choro.
Conheceu Jacob do Bandolim em 1965, passando a acompanhá-lo.
Em 1970, integrou como solista o Conjunto Sambalândia, com o qual se apresentou diversas vezes na antiga República Federal da Alemanha. No ano seguinte, participou do espetáculo em homenagem a Pixinguinha, realizado no Teatro Municipal do Rio de Janeiro e transmitido pela TV Globo.
No ano de 1975, fez parte da Orquestra Gentil Guedes, com a qual fez apresentações no Canadá. Acompanhou Paulo Moura em várias gafieiras do país e em diversos discos.
Trabalhou com Joel Nascimento, no grupo Suvaco de Cobra; Abel Ferreira, Waldir Azevedo e Copinha, no histórico Choro na Praça; Hermínio Bello de Carvalho, Valdir e Valter Silva, no Chapéu de Palha.
Participou de vários discos, entre eles o "Chorando baixinho", com Moreira Lima, Abel e Época de Ouro, o Mistura e Manda, de Paulo Moura, e o disco "Noites cariocas", com o grupo Seleção Brasileira de Chorões.
Fez diversas incursões a várias cidades do exterior, entre elas Nova York e Côte d'Azur.
Na década de 1990, firmou-se na noite carioca, fazendo ponto e público fiel. Virou epicentro de chorões, atraindo grandes músicos de improvisação, recriando no palco a espontaneidade da roda de choro.
Conheceu Silvério Pontes, garoto da cidade de Lage do Muriaé, do Estado do Rio de Janeiro, que sonhava em "um dia tocar com o Zé da Velha". Assim, com o trompetista e chorão, criou um som renovado. A dupla lançou em parceria o primeiro disco "Só gafieira", em 1995, pela gravadora Kuarup.
Em 1998 Zé da Velha e Silvério Pontes gravaram o CD "Tudo dança".
Ao final de 2000, a dupla lançou o terceiro CD "Ele e eu". No disco, gravaram choros como "Voltei ao meu lugar" (Ivan Paulo da Silva) com a participação especial de Francis Hime ao piano, "Ele e eu" (Pixinguinha e Benedito Lacerda), "Cordas de aço (Cartola), "Carioquinha" (Waldir Azevedo), "Alvorada" (Cartola, Carlos Cachaça e Hermínio Bello de Carvalho) e "Pecado capital" de Paulinho da Viola, entre outras. A festa e o show de lançamento do CD foram realizados na Fundição Progresso, na Lapa, no centro do Rio de Janeiro.
Em novembro de 2001, participou do "Festival Chorando no Rio" (4 shows), quando apresentado por Ricardo Cravo Albin, recebeu grandes ovações na Sala Cecília Meirelles, no Rio de Janeiro, ao lado de Silvério Pontes. Os quatro espetáculos, promovidos pelo MIS (Museu da Imagem e do Som), foram transmitidos para todo o Brasil pela TVE (Rede Brasil).
Em 2002, apresentou-se com Silvério Pontes em show na Sala Funarte Sidney Miller, no Rio de Janeiro. Neste mesmo ano, com Silvério Pontes, apresentou-se no "Evento Instituto Ambiental Biosfera", na Praça do Lido, no Rio de Janeiro. Apresentou no Teatro Municipal de Niterói o show "Samba Instrumental" com as participações especiais de Rildo Hora, Dona Ivone Lara e Luiz Melodia, que gerou o disco ao vivo.
No ano de 2003, foi um dos convidados do violonista francês, radicado no Rio de Janeiro, Nicolas Krassik, para participar do "Projeto Choro na Lapa", no Ballroom, no qual o violonista recebeu músicos brasileiros. Neste mesmo ano, com Silvério Pontes, participou do projeto "Quintas no BNDES", na ocasião recebeu como convidado o gaitista Rildo Hora e ainda ao lado de Guinga, Altamiro Carrilho, Silvério Pontes e Turíbio Santos, entre outros, foi uma das atrações especiais do "Festival Rio Choro", apresentado no Espaço Cultural Sérgio Porto, no Humaitá, Zona Sul do Rio de Janeiro. Lançou o primeiro disco ao vivo da dupla (Silvério Pontes e Zé da Velha) "Samba Instrumental", pela gravadora Niterói Discos. Neste disco foram incluídas "Escurinho" (Geraldo Pereira) com participação especial de Luiz Melodia; "Alguém me avisou" (Dona Ivone Lara) com a participação da compositora; "Folhas secas" (Nélson Cavaquinho e Guilherme de Brito), participação especial de Zé Paulo Becker; "Ao pés da cruz" (Marino Pinto e Zé Gonçalves) e "Louco" (Wilson Baptista e Henrique Almeida), ambas com a participação especial de Rildo Hora. Neste disco também foram incluídas "Vou deitar e rolar" (Baden Powell e Paulo César Pinheiro), "Aos meninos da Mangueira" (Rildo Hora e Sérgio Cabral) e "Da cor do pecado", de Bororó, entre outras.
Em 2005, ao lado do grupo Época de Ouro, Orquestra de Música Popular Villa-Lobos, Nó Em Pingo D'Água, Joel Nascimento, Altamiro Carrilho e Ademilde Fonseca, apresentou-se no evento "Na cadência do choro", no Circo Voador, no Rio de Janeiro.
Em 2010 comemorou 50 anos de carreira (sendo 25 destes ao lado de seu parceiro, o trompetista Silvério Pontes), no show "Na Gafieira", realizado no Praia Clube São Francisco em Niterói.
Em 2011 foi homenageado com o "Troféu Excelência Musical" na comemoração do 11º aniversário do Jornal Capital Cultural, realizada no Carioca da Gema, em que também premiou os melhores shows das casas noturnas do Centro do "Rio Antigo"
Biografia da dupla Zé da Velha e Silvério Pontes é lançada em livro
A dupla de músicos Zé da Velha (trombonista) e Silvério Pontes (trompetista), juntos desde 1986, acaba de ganhar biografia registrada pelos autores André Diniz, presidente da Fundação de Arte de Niterói e secretário Executivo do prefeito da região, e o renomado escritor e pesquisador de música popular, Diogo Cunha.
O lançamento de A Menor Big Band do Mundo (Al-Farabi Editorial), uma homenagem aos 30 anos da big parceria, que tocou, inclusive, com o consagrado músico e compositor de choro, Pixinguinha, acontece este sábado (3 de dezembro), no famoso sebo e restaurante do centro do Rio, Al-Farabi, a partir das 14h. O evento conta com a apresentação de uma roda de choro e samba gratuita, comandada pelo cantor e compositor Chico Alves, que fará um passeio por clássicos de compositores como Chico Buarque, Paulinho da Viola, Cartola ou João Nogueira, entre temas autorais seus como Caninana, Mau perdedor e Berço de sereia.
Os músicos homenageados na obra estarão presentes para um bate-papo com o público e uma sessão de autógrafos nos livros, que serão vendidos no evento por R$35,00. Nomes de convidados ilustres como os músicos Henrique Cazes, Charles do Violão e Netinho do Pandeiro também marcarão presença neste encontro imperdível.
Fonte: Boletim Leitura / Dicionário da MPB
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