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sexta-feira, 3 de março de 2017

NANÁ VASCONCELOS ETERNIZADO EM ESTÁTUA NO MARCO ZERO

Percussionista Naná Vasconcelos regeu por 16 anos dezenas de maracatus na abertura do carnaval de Recife

Por Maria Anna Leal


Estátua em homenagem ao músico Naná Vasconcelos no Marco ZeroFoto: Raquel Melo/ FolhaPE


O músico pernambucano Naná Vasconcelos foi eternizadono último dia 22 de fevereiro no Marco Zero, no Bairro do Recife. Uma estátua retratando o percussionista que ganhou oito Grammys, sendo reconhecido internacionalmente pelo seu talento, foi inaugurada,por volta das 18h30, na presença da viúva Patrícia Vasconcelos, da filha de Naná, Luz Morena, e do prefeito Geraldo Julio. 

A estátua de concreto sobre um totem de alfaias, produzida pelo escultor Demétrio Albuquerque, custou R$ 35 mil. A imagem agora faz parte do circuito dos poetas, composto, ao todo, por 17 estátuas de artistas espalhadas pelo Recife. Ao lado da homenagem, existe uma placa informativa com um QR Code dando acesso a informações sobre a vida e obra de Naná.

Grupos de maracatu se reuniram próximos à estátua tocando em homenagem a Naná, gritando o nome do músico e demonstrando toda a afeição que o ele inspirou durante a vida. “Naná, que levou o Recife para o mundo inteiro, levou a nossa cultura, o talento da nossa gente, ele agora tá imortalizado aqui no lugar que ele sempre brilhou”, afirmou o prefeito Geraldo Julio durante a inauguração da imagem.

Naná Vasconcelos regeu por 16 anos dezenas de maracatus na abertura do carnaval de Recife. O músico faleceu no dia 6 de março de 2016, mas, apesar de ser o primeiro ano sem Naná Vasconcelos, para a filha do músico, Luz Morena, a presença do pai ainda pode ser sentida. “A gente (ela e a mãe) tá sentindo que os maracatus e os artistas estão sentindo muito a presença dele, mesmo que ele não esteja aqui fisicamente, a gente sabe que ele tá aqui com a gente para isso tudo dar certo, ficar lindo”, afirmou Luz.

Para a viúva Patrícia Vasconcelos, a homenagem trouxe muitas emoções e o fortalecimento do que Naná trabalhou com as diferentes comunidades. “Ele se preocupou com o outro, com a música, ele se preocupou com o mundo, passando a mensagem através de música. Acho que agora Naná aqui tá imortalizado, e, pra mim, é uma grande satisfação saber que isso aqui vai ser visitado por muitas pessoas que admiravam ele”, afirmou Patrícia.

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