ENTRE O CÉU E O CHÃO
Num espaço infinito entre o céu e o chão o sol passeia, preguiçosamente derramando sua luz. Nem dá pra entender direito quando esse mesmo sol, com a mesma preguiça, prefere esconder-se não se sabe aonde. Depois de uma noite toda de descanso, continuar descansando? A praia sente sua falta. Eu, nem tanto. Com ele escondido a gente pode dormir um pouco mais, talvez até sonhar além do já sonhado. E, se os sonhos forem bons, menos falta ainda fará o sol a nos tirar da cama num domingo de Dezembro ou de qualquer outro mês. Começo a imaginar que os atrasos do sol podem se dever ao percurso do Japão pra cá, caminho possivelmente engarrafado por luas e estrelas que fazem o mesmo trajeto, em sentido inverso, pela mão única do firmamento, pela estrada poética dos sonhadores. E, ao que me consta, sem qualquer guarda de trânsito. Aliás, ainda bem que sem qualquer guarda de trânsito a atrapalhar o trânsito.
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