Geraldinho Lins e André Rio também se apresentaram no encerramento.
Muitas músicas foram repetidas, mas o público não pareceu se importar.
Do G1 PE
Elba Ramalho começou seu show com Frevo, Paixão e Zueira (Foto: Marlon Costa / Pernambuco Press)
Como já é quase tradição, Alceu Valença e Elba Ramalho fizeram com que o encerramento doCarnaval do Recife fosse com muito frevo para o público do Marco Zero, na área central da cidade, na noite da terça-feira (9) e inicio da manhã desta quarta (10). Mas não foram só eles quem agitaram os foliões. Geraldinho Lins e André Rio também fizeram parte da festa. Apesar de muitas músicas se repetirem entre as apresentações, o público cantava junto todas as vezes.
Para delírio do público, Lins começou a noite com Leão do Norte, já levantando todos, que cantavam junto. Assim, foi dado o tom da apresentação, que ainda contou com cover de sucessos de outros artistas como 'Estação da Luz', 'Bicho Maluco Beleza', 'Diabo Louro' e 'Turbilhão'. Quando os primeiros acordes do 'Hino do Elefante de Olinda' começaram, Geraldinho deixou que o público cantasse os versos iniciais antes de se juntar. Para finalizar, nada mais apropriado que 'A Praieira', de Chico Science, que também foi cantada em coro.
No meio da multidão, quem chamava atenção era Millene Macedo, 22, nas costas de um amigo e chorando muito durante o show. "Eu sou muito fã dele, sempre me emociono. Já fui para mais de dez apresentações, mas essa é a primeira no carnaval. Além disso, também estou comemorando meu aniversário", relatou.
André Rio subiu no palco 10 minutos antes da meia-noite e, como ainda era o dia 9, ele fez questão de lembrar que era o dia do Frevo, cantando 'Chuva de Sombrinhas', com direito a passistas no palco. "Eu que sou do bairro de São José, o bairro onde nasceu o Frevo, carrego o ritmo com muito orgulho", disse para o público e por isso as músicas tocadas por ele e sua banda foram clássicos, como 'Voltei, Recife' - entoada pelo público com vigor -, 'Batutas de São José' e os hinos do Galo da Madrugada e do Elefante de Olinda, entre outros. Além disso, André Rio cantou sua composição mais nova: 'Se Joga e Vai'. Rio fez o contrário de Geraldinho Lins e encerrou com 'Leão de Norte', seguido por um bis de 'Chuva de Sombrinhas'.
No intervalo entre André Rio e Alceu Valença, o público já demonstrava um pouco de cansaço e muitos sentaram no chão. Esse não foi o caso de José Carlos dos Santos, 47. Vestido de palhaço, ele chegou às 18h e afirmava que iria pular e brincar o tempo todo. "Nem começou ainda. Só saio daqui de manhã. Quero ver tudo que tiver direito", afirmou.
Quando as primeiras notas de 'Diabo Louro' começaram, anunciando o início do show de Alceu, o público começou a pular novamente. Apesar do atraso de mais de 30 minutos, a empolgação só foi aumentando a medida que o show foi progredindo, com hits como 'Me Segura Senão eu Caio', 'Bom Demais', 'Girassol', 'Anunciação', 'Bicho Maluco Beleza' e 'La Belle De Jour', que teve seu refrão cantado em uníssono pelo público, assim como o de 'Voltei, Recife'.
Roupa usada por Alceu no início de seu show era para promover o filme A Luneta do Tempo, dirigido pelo cantor (Foto: Marlon Costa / Pernambuco Press)
Para delírio dos presentes, Elba subiu ao palco cantando 'Frevo, Paixão e Zueira', inédita na noite. Mas depois seguiu o script e repetiu 'Leão do Norte', 'Voltei, Recife' e 'Chuva de Sombrinhas', entre outros. O paraense Paulo Roberto Castilhos, 46, veio curtir o carnaval do Recife especialmente para ver a cantora. "Sou do fã clube dela. Tenho que seguir", explicou. Ele estava acompanhado da recifense Kelly Rose Castro, que mora há dois anos na Alemanha. "Ela representa a cultura do carnaval do Nordeste muito bem, com força e garra", afirmou.
Mesmo com as repetições, público pulou e cantou junto todas as vezes (Foto: Aldo Carneiro / Pernambuco Press)
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