Nome presente em diversas trilhas sonoras das dramaturgias nacionais ao longo dos anos 1990, Edmon Costa tenta retomar o espaço alcançado a duas décadas atrás
Por Bruno Negromonte
Por Bruno Negromonte
Há quem julgue a década de 1990 como uma década perdida dentro da música popular brasileira devido à enxurrada de produtos comercialmente descartáveis com que as grandes gravadoras preenchiam as prateleiras as seções de cd's das grandes lojas de departamento Brasil afora. Diferente das décadas anteriores onde a música produzida pelos artistas em evidências faziam-se, por suas qualidades, perenes; a grande maioria da sonoridade tão executada e propagada na última década do século XX não tinha fôlego para resistir (raras as exceções) por mais que alguns semestres. No entanto, pode-se dizer quem nem tudo foi perdido. Expressivos nomes surgiram nessa leva. Uns permanecem ainda hoje escrevendo a história da música de qualidade como é o caso de nomes como Chico César, Zeca Baleiro e até mesmo Lenine, que apesar de alguns projetos fonográficos na década anterior só a partir dos anos de 1990 firmou-se como cantor e compositor. Outros nomes, apesar do talento, não tiveram a mesma sorte. Acabaram sem chance ao passar pelo clivo de uma industria cultural tacanha que leva em consideração ao avaliar determinados trabalhos características que atendem mais a expectativa do mercado do que necessariamente dos amante da boa música como é o caso do artista aqui em questão: Edmon Costa, cantor que ao longo dos anos de 1990 teve seu trabalho conhecido pelo grande público a partir da Rede Globo nas trilhas sonoras de suas novelas. De 1991 à 1994, o músico teve seu nome inserido em diversos folhetins, dentre os quais “O dono do mundo” (1991), “Olho no olho” (1993), “Quatro por quatro” (1994) e “Cara e coroa” (1995). Além dessa façanha, Edmon também chegou a participar de outros programas da grade da emissora carioca, a exemplo do extinto "Planeta Xuxa" e do show anual "Criança Esperança". Vale ressaltar ainda a sua participação no coral que cantou junto com Stevie Wonder em um a das apresentações do músico americano aqui em nosso país ainda nos anos 90.
Com essa bagagem e talento é de se estranhar a ausência do Edmon Costa na crista da onda de nossa música popular brasileira. O que consequentemente acaba gerando uma incoerência no cenário musical nacional, uma vez que atesta-se de modo veemente que não basta o talento e é preciso algo mais que o sucesso momentâneo para manter-se em evidência. Nascido no Rio de Janeiro em meio ao universo protestante, o pequeno Edmon teve seu destino traçado de modo semelhante a alguns dos grandes nomes do soul mundial. Rapidamente inserido neste cenário, o futuro cantor logo estava dando os seus primeiros passos na música cantando em coros gospeis. Daí em diante foi galgando espaços cada vez mais significativos a partir de trabalhos diversos, dentre os quais a sua participação em bandas como Fanzine e Sindicato do Soul. Na década de 1990 surge a oportunidade de gravar o seu primeiro álbum solo via Sony Music. O destaque deste debute fonográfico foi a canção "Coração de gelo", faixa também presente na novela "O dono do Mundo" como tema do personagem Herculano, interpretado pelo ator Stênio Garcia. Já o seu segundo disco saiu pela Polygram tendo como grande destaque para duas canções: "Toda Noite" e "Tocar você", a primeira tema musical presente em "Olho no olho", teledramaturgia global exibida às 19 horas de 6 de setembro de 1993 à 8 de abril de 1994; já a segunda foi escolhida como a canção tema de abertura da novela "Cara ou coroa", outra produção da Rede Globo exibida no horário das 19 horas entre outubro de 1994 e julho do ano seguinte. De lá pra cá chegaram ao mercado mais três álbuns contendo a assinatura de Edmon e que reforçam o seu talento a partir da escolha de um seleto repertório que abrande alguns dos maiores da música.
Recentemente, em busca de uma nova oportunidade de levar a sua música ao público de norte ao sul do país, o o artista subiu ao palco do “The voice Brasil” cantando a clássica “Samba de verão”, de autoria dos irmãos Marcos e Paulo Sergio Valle. A partir de uma peculiar interpretação conseguiu chamar a atenção de dois dos quatro jurados participantes. Edmon conseguiu “virar a cadeira” de Lulu Santos e Claudia Leitte. Sem contar o baiano Carlinhos Brown, que arrependeu-se de não ter virado a sua cadeira para o artista carioca: “Eu me arrependi. É uma das vozes mais surpreendentes”. Apesar de não lograr êxito na edição a qual participou a presença do artista carioca no programa acabou tornando-o lembrado novamente e isso, é claro, acaba por gerar novas possibilidades abrindo-o portas que acabaram fechando-se nos últimos anos devido justamente a essa falta de oportunidade e abrangência.
Atualmente o artista vem apresentando o show “Do samba ao soul”, onde atende aos mais distintos gostos musicais procurando pautar-se sempre na coerência e qualidade das canções escolhidas. Com um repertório que abrange nomes de destaque dentro da música nacional e internacional, o artista carioca vem mostrando toda a sua versatilidade, sensibilidade e talento a partir de um repertório bastante diversificado que busca apresentar nomes como o dos grupos Brilho (“Noite do prazer”) e Banda Black Rio (“Maria Fumaça”); Cassiano (“Coleção”), Djavan (“Flor de lís” e “Samurai”), Stevie Wonder (“Superstition”) entre outros destaques do samba e do soul. Mesmo não tendo levado o título da edição a qual participou, Edmon pode considerar-se um vitorioso por ter tido a oportunidade de voltar à mídia assim como também aos olhos dos saudosos fãs que não o viam há tempos. Esta nova chance também possibilitou ao seu trabalho a oportunidade de chegar ao conhecimento das novas gerações, plantando através do seu talento a tal semente que corre-se o risco de brotar a qualquer momento. Sem sombra de dúvidas voltar a mídia através de um programa televisivo que tem uma média de audiência entre 17 e 22 pontos (a julgar pela última temporada) renova a esperança de Edmon Sebastião Silva Costa ou simplesmente Edmon Costa de reviver os áureos tempos vividos no início dos anos de 1990 onde sua voz e talento abarcava os mais distintos corações de norte ao sul do país.
Atualmente o artista vem apresentando o show “Do samba ao soul”, onde atende aos mais distintos gostos musicais procurando pautar-se sempre na coerência e qualidade das canções escolhidas. Com um repertório que abrange nomes de destaque dentro da música nacional e internacional, o artista carioca vem mostrando toda a sua versatilidade, sensibilidade e talento a partir de um repertório bastante diversificado que busca apresentar nomes como o dos grupos Brilho (“Noite do prazer”) e Banda Black Rio (“Maria Fumaça”); Cassiano (“Coleção”), Djavan (“Flor de lís” e “Samurai”), Stevie Wonder (“Superstition”) entre outros destaques do samba e do soul. Mesmo não tendo levado o título da edição a qual participou, Edmon pode considerar-se um vitorioso por ter tido a oportunidade de voltar à mídia assim como também aos olhos dos saudosos fãs que não o viam há tempos. Esta nova chance também possibilitou ao seu trabalho a oportunidade de chegar ao conhecimento das novas gerações, plantando através do seu talento a tal semente que corre-se o risco de brotar a qualquer momento. Sem sombra de dúvidas voltar a mídia através de um programa televisivo que tem uma média de audiência entre 17 e 22 pontos (a julgar pela última temporada) renova a esperança de Edmon Sebastião Silva Costa ou simplesmente Edmon Costa de reviver os áureos tempos vividos no início dos anos de 1990 onde sua voz e talento abarcava os mais distintos corações de norte ao sul do país.
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