Ao longo deste ano completa-se uma década sem aquela que muitos consideram como um dos grandes nomes do rock nacional. Seu nome encontra-se nos anais da história do gênero no Brasil.
Por Bruno Negromonte
Nos idos anos de 1950 o rock era uma das novidades mais comemoradas pelos jovens da época. O gênero que surgiu nos Estados Unidos era a liberdade em forma de canção, e muitos daqueles que o ouviam associava o som produzido por nomes como Bill Haley e His Comets, Chuck Berry e Elvis Presley não só ao novo, mas também à transgressão em forma de canção. No cinema Marlon Brando e James Dean eram os galãs da época. Dean, artista de rosto angelical personificava as angústias e rebeldias da juventude em filmes como "Rebel Without a Cause" (filme que chegou ao Brasil com o título de "Juventude Transviada".)
Poderia até dizer que procurando criar uma espécie de hegemonia de sua cultura no período da guerra fria, os EUA usava dessa arma para arrebatar adeptos para suas causas e para isso o cinema e a música foram, sem dúvida, os produtos de exportação mais bem sucedidos da época. O Brasil também se deixou levar por essas novidades advindas da América do Norte e o rock chegou em nosso país de modo arrebatador em um período em que as marchas, samba-canções, baiões, toadas entre outros ritmos já não tinham a força de outrora.
Celly surgiu nesse contexto. Em uma época em que o pop rock nacional não existia e os maiores nomes de nossa música não cantavam tal gênero, a cantora trouxe versões de canções que davam voz à ingenuidade adolescente da época e marcou em definitivo, junto com seu irmão Tony Campelo, a história da música brasileira. Em um período em que o "boom" da bossa nova ainda germinava em gravações de artistas como a divina Elizeth Cardoso e Roberto Carlos arriscava-se no gênero com um 78 rotações, a cantora fez de toda rebeldia e agressividade melódica do gênero o trampolim para, de modo inverso, entoar costumes e anseios juvenis, capitaneando assim um período de vanguardismo na música popular brasileira.
70 Anos
Poderia até dizer que procurando criar uma espécie de hegemonia de sua cultura no período da guerra fria, os EUA usava dessa arma para arrebatar adeptos para suas causas e para isso o cinema e a música foram, sem dúvida, os produtos de exportação mais bem sucedidos da época. O Brasil também se deixou levar por essas novidades advindas da América do Norte e o rock chegou em nosso país de modo arrebatador em um período em que as marchas, samba-canções, baiões, toadas entre outros ritmos já não tinham a força de outrora.
Celly surgiu nesse contexto. Em uma época em que o pop rock nacional não existia e os maiores nomes de nossa música não cantavam tal gênero, a cantora trouxe versões de canções que davam voz à ingenuidade adolescente da época e marcou em definitivo, junto com seu irmão Tony Campelo, a história da música brasileira. Em um período em que o "boom" da bossa nova ainda germinava em gravações de artistas como a divina Elizeth Cardoso e Roberto Carlos arriscava-se no gênero com um 78 rotações, a cantora fez de toda rebeldia e agressividade melódica do gênero o trampolim para, de modo inverso, entoar costumes e anseios juvenis, capitaneando assim um período de vanguardismo na música popular brasileira.
70 Anos
Se viva estivesse, a cantora estaria completando setenta anos no próximo mês de julho. Recentemente, em 2011, o selo Discobertas trouxe de volta às prateleiras toda a discografia da cantora lançada pela Odeon entre 1959 e 1968 em um total de seis álbuns encaixotados no box intitulado de "Estúpido cupido". São discos como "Broto Certinho" (1960), "A Graça de Celly Campello e as Músicas de Paul Anka" (1961), "A bonequinha que canta" (1960), "Broto Certinho" (1960), "Brotinho Encantador" (1961), "Celly" (1961) e "Estúpido Cupido" (1958) (título que dá nome ao lançamento).
Discografia
Odeon
78 RPM n.º 14.328 de 06/1958 - Handsome Boy (Este foi o primeiro lançamento em 45 RPM da Odeon)
78 RPM n.º 14.385 de 10/1958 - Devotion / O Céu Mudou de Cor
78 RPM n.º 14.434 de 03/1959 - The Secret / Estúpido Cupido
78 RPM n.º 14.490 de 07/1959 - Túnel do Amor / Muito Jovem
78 RPM n.º 14.506 de 08/1959 - Tammy / Lacinhos Cor-de-rosa
78 RPM n.º 14.592 de 03/1960 - Billy / Banho de Lua
78 RPM n.º 14.632 de 06/1960 - Frankie / Não tenho Namorado
78 RPM n.º 14.669 de 09/1960 - Mal-me-quer / Broto Legal
78 RPM n.º 14.690 de 11/1960 - Vi Mamãe Beijar Papai Noel / Jingle-Bell Rock (Obs: Todos estes 78 rotações tiveram edição também 45 RPM simples)
78 RPM n.º 14.723 de 04/1961 - Hey Mama / Gosto de Você meu Bem
78 RPM n.º 14.801 de 05/1962 - Canário / A Lenda da Conchinha (Obs: Estes discos de 78 RPM tiveram edição também em compacto simples)
Compacto Simples n.º 7B-001 de 1960 - Estúpido Cupido / Banho de Lua
Compacto Simples n.º 7B-007 de 10/1961 - Trem do Amor / Flamengo Rock
Compacto Simples n.º DP-398 de 06/1968 - Hey! Ex-Amor / Bonnie e Clyde (Promocional)
Compacto Simples n.º 7B-317 de 08/1968 - Hey! Ex-Amor / Marquei Encontro com Você em Meus Sonhos
Compacto Simples de 1973 - Canário (com Tony Campello)
Compacto Simples de 1976 - Estúpido Cupido / Túnel do Amor
Compacto Duplo (45 RPM) "Estúpido Cupido" n.º BWB 1.084 de 08/1959
Estúpido Cupido / The Secret / Túnel do Amor / Muito Jovem
Compacto Duplo (45 RPM) "Broto Certinho" n.º BWB 1.131 de 04/1960
Querida Mamãe / Grande Amor / Banho de Lua / Frankie
Compacto Duplo (45 RPM) "A Bonequinha que Canta" de 10/1960
Mal-me-Quer / Broto Legal / O Meu Amor vai Passar / Só para Elisa
Compacto Duplo "Celly Campello" n.º 7BD-1006 de 10/1961
Hey Mama / Teddy / Flamengo Rock / Little Devil
Compacto Duplo "Celly Campello" n.º 7BD-1167 de 11/1968
Ao Meu Amor / Marquei Encontro com Você em meus Sonhos / Felicidade / Perdoa
Compacto Duplo "Anos 60" n.º 7BD-1359, de 07/1976
Estúpido Cupido / Lacinhos Cor-de-rosa / Banho de Lua / Broto Legal
LP "Come Rock With Me" n.º MOFB-3110 de 09/1959 (Mono)
LP "Broto Certinho" n.º MOFB-3162 de 04/1960 (Mono)
LP "A Bonequinha que Canta" n.º MOFB-3186 de 11/1960 (Mono)
LP "A Graça de Celly Campello e as Músicas de Paul Anka" n.º MOFB-3230 de 04/1961 (Mono)
LP "Brotinho Encantador" n.º MOFB-3257 de 10/1961 (Mono)
LP "Os Grandes Sucessos de Celly Campello" n.º MOFB-3288 de 05/1962 (Coletânea em Mono)
LP "Celly" n.º (S)MOFB-3543 de 06/1968 (Estéreo)
LP "Anos 60" n.º SC-10014 de 1973 (Coletânea com Reprocessamento Eletrônico - Fake Stereo)
Continental
Compacto Simples de 1970 - Help! Vem me Ajudar / Pra Você Gostar de Mim (Taí)
Compacto Duplo n.º LD.33917 de 1971
Mar de Rosas / Estou Bem / Deixa Estar como Está / Oh! Mama
RCA Victor
Compacto Simples n.º 101.0245 de 03/1974 - Onde Você For / Cada Dia Fica Mais Difícil não te Ter
Compacto Simples n.º 101.0398 de 05/1976 - Nosso Amor é Pra Sempre / A Casa das Cortinas Amarelas
Compacto Simples n.º 101.0472 de 1977 - Diga que eu Mando um Alô / A Estação
Compacto Simples n.º 101.0643 de 1978 - Estamos a Fim (Com Tony Campello) / Chovendo em meu Coração
Compacto Duplo "Estúpido Cupido" n.º 102.0156 de 1976
Estúpido Cupido - Banho de Lua / Cante / Diga que eu Mando um Alô / Nosso Amor é Pra Sempre
Compacto Duplo "Don't Cry for Me Argentina" n.º 102.0180 de 1977
Don't Cry for me Argentina / A Estação / Insisto, Amor / Só Entre Dois Amores
Compacto Duplo "Celly Campello" n.º 102.0229 de 1978
A Saudade / Dina / O Que eu Sinto por Você / Você me Fez Brilhar
Compacto Duplo "Celly Campello" n.º 102.0256 de 1979
Estamos a Fim (com Tony Campello) / Chovendo em Meu Coração / Voltei a Ser Feliz / Deixe o Amor Entrar
LP "Celly Campello" n.º 103.0184 de 11/1976
LP "Disco de Ouro", de 1981
Filmografia
Jeca Tatu (1959)
Zé do Periquito (1960)
Ritmo Alucinante (1976)
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