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quarta-feira, 14 de setembro de 2011

MIMO SACRAMENTA-SE COMO UM DOS MAIORES FESTIVAIS DE MÚSICA DO PAÍS

A cada novo ano a Mostra Internacional de Música de Olinda inova-se o suficiente para acolher mais adeptos às suas propostas; e com isso sedimenta-se como um dos porto seguro musicais de qualidade musical inquestionável em nosso país.

Por Bruno Negromonte

A oitava edição da Mostra Internacional de Música de Olinda (MIMO) chega ao seu final atestando em mais um ano que trata-se de um dos festivais mais importantes do cenário musical brasileiro. Essa afirmativa fundamenta-se em um público cada vez mais cativo e que a cada novo soma-se em maior número a um total de 200 mil pessoas que já prestigiaram os cerca de 100 concertos apresentados no evento desde a sua primeira edição em  2004. Devido a esse fator e outros tantos outros não citados, já podemos considerar tal evento como indispensável ao calendário turístico de Olinda e em breve as outras cidades envolvidas.


Apesar de em números de concertos o evento ter tido 13 a menos que em 2010 (foram cerca de 26 concertos esse ano), o público compareceu em massa para prestigiar tanto aos shows apresentados quanto ao Festival MIMO de cinema, que este ano trouxe cerca de 15 filmes tendo por temática a música, além das diversas oficinas. Em números o público presente estimou-se em cerca de mais de cem mil pessoas, tendo também centenas de profissionais envolvidos nos bastidores da mostra.

Nessa oitava edição o público presente pode acompanhar nomes como Arrigo Barnabé, Gotan Project, Guinga, Hamilton de Holanda, André Mehmari, Délia Fischer, Egberto Gismonti entre outros do cenário musical não só brasileiro, mas mundial, pois dentro do festival não há fronteiras apesar da organização do evento procura dar uma atenção especial para a música brasileira, como explica a produtora, curadora musical e coordenadora da mostra Lu Araújo: "Há uma atenção para a música produzida no Brasil e acima de tudo para o repertório brasileiro em relação às orquestras."

Em Olinda, o evento parece que já faz parte do calendário cultural da cidade fazendo jus ao título outorgado ao município em 2006 de Capital Brasileira da Cultura. E pelo visto parece que as cidades do Recife e de João Pessoa acolheram também em definitivo a proposta  de expansão do evento oferecida pela Lume Arte.





De início vieram as etapas educativa iniciadas dois dias antes do começo dos concertos e que trouxeram 28 atividades divididas em cinco categorias e ao longo de uma semana. Fazendo com que a MIMO até a sétima edição beneficiasse, ao todo, cerca de 900 pessoas em Olinda, Recife e João Pessoa, procurando levar a partir deste contexto a música não só para aqueles que se dirigiam aos diversos espetáculos e oficinas apresentadas, mas também para as escolas públicas, onde a MIMO vem fazendo um trabalho bastante interessante de formação de público ao longo desses anos.


Para que o evento ocorresse da maneira bem-sucedida como vem ocorrendo desde o seu início, além da competência a Lume Arte contou-se com o apoio de centenas de profissionais (tanto das cidades sedes quanto advindos do Rio de Janeiro - sede da produtora), além da assessoria pernambucana da "Trago Boas notícias", nas pessoas da Aline Feitosa, Juuliana Renepont, Dulce Mesquita e Elayne Bione e que foram fundamentais para a nossa cobertura deste evento.


1º DIA

Em um contexto geral os concertos aconteceram com a um tipo de receptividade inerente ao público presente desde os primeiros anos dos espetáculos. E na abertura das atividades musicais não foi diferente, a primeira noite do Recife na MIMO mostrou que acolheu para si o festival de uma maneira tão peculiar quanto Olinda e a apresentação no Parque Dona Lindú trouxe ao espaço um público bastante relevante no feriado patriótico. A Orquestra Sinfônica do Recife apresentou-se ao lado do violonista e compositor carioca Guinga, regida pelo maestro Osman Gioia.

"É muito gratificante, tocar um baião, nesta terra. Minha família é de pernambucanos, conheci Recife quando tinha sete anos. Pela primeira toco para um público tão grande, minhas plateias, em média, tem 200 pessoas”." (Guinga)


Acompanhado pelos músicos Jesse Sadoc (trompete), Paulo Sérgio (clarinete) e Lula Galvão (violão), Guinga (surpreso pelo tamanho da plateia) tocou canções como "Abluesado" (parceria com Aldir Blanc) "Canção desnecessária" (parceria com Mauro Aguiar) e "Senhorinha" (canção composta em parceria com Paulo César Pinheiro e feita para homenagear as filhas de Guinga) tendo ao final da apresentação do violonista o típico ritmo pernambucano: O frevo.

Já em Olinda a festa começou com duas apresentações simultâneas às 18 horas, primeiro com a pianista Delia Fisher (apresentando o álbum em que canta o repertório do multinstrumentista e também presente ao evento Egberto Gismonti) na Igreja do Rosário dos homens pretos e segundo com o concerto da Parahyba Art Ensemble, no Mercado da Ribeira.
As apresentações na primeira noite da MIMO continuaram no seminário de Olinda, onde houve a apresentação do Trio 3-63 formado pela flautista Andrea Ernest Dias, o pianista Paulo Braga e o percussionista Marcos Suzano. Os músicos apresentaram um repertório baseado na obra do pernambucano Moacir Santos com canções como "Sambatango", "Vaidoso", "Paraíso" dentre outras.

A primeira noite chegou ao fim com um dos concertos mais esperados do festival (era perceptível pela quantidade de pessoas que aguardavam pacientemente a abertura do espaço para a apresentação) e apesar do atraso de cerca de meia hora, o duo Ballaké Sissoko e Vicent Segal trouxe um espetáculo para ficar na história do evento. Com um repertório todo composto pela dupla o francês Segal parecia mais à vontade junto a plateia, arriscando inclusive algumas palavras em português para explicar algumas das composições apresentadas. Nos últimos números do duo, ambos convidaram ao palco o percussionista pernambucano Naná Vasconcelos que juntos prestaram uma singela homenagem a Luiz Gonzaga executando a canção "Asa Branca".

2º DIA
O segundo dia de concertos da MIMO prometia. Nas ladeiras da cidade o clima de festividade não deixava mentir que ali estava algo tão mítico, que na cidade só seria aceitável tamanha comparação ao dias de momo, porém com uma conjuntura diferente. Ao longo da segunda noite haveria três concertos: o do compositor , arranjador, e violonista Arthur Verocai (com a participação especial do Clarisse Grova, Carlos Dafé, Projeto Coisa Fina e a Orquestra Experimental de Câmara); além do grupo Azymuth, o Duo Milewski e o trio franco-argentino Gotan Project.Além de concertos também na cidade do Recife e João Pessoa.


"Como minha Olinda está linda! Repleta de gente e de boa música... seria ótimo esse tipo de iniciativa com mais frequência por parte dos governantes." (Telespectadora presente a um dos concertos exibidos no Seminário de Olinda)


A noite começou com o concerto do Duo Milewski, mostrando que mesmo não sendo dia de feriado as ladeiras de Olinda podiam acolher os amantes da boa música instrumental. Vale salientar que o violonista polonês e a pianista brasileira vem trazendo ao festival além de boa música o projeto (encabeçado por eles) intitulado "MIMO para iniciantes", que vem desde 2005 propiciando aos alunos das escolas municipais de Olinda o contato com a música erudita muitas vezes pela primeira vez, contribuindo assim de maneira significativa para um tipo de formação de público interessante para o gênero musical em questão. Nessa oitava edição o casal trouxe como tema o compositor russo Igor Stravinsky.

Enquanto acontecia o concerto do Duo Milewski, na Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos, no Centro do Recife iniciava-se o concerto do músico da vanguarda paulista Arrigo Barnabé, que apresentou o espetáculo “Clara Crocodilo – Uma suíte a 4 mãos”, concerto onde apresentava as canções do álbum lançado a cerca de 30 anos atrás acompanhado pelo pianista Leandro Braga.




Como em todos os anos as principais ladeiras e ruas de Olinda estavam tomadas pelo público e, somando a isso, as luzes e cores refletidas nos templos, sempre trazem à cidade toda uma peculiaridade, onde até o público cativo sente-se em um novo lugar, acolhido de maneira ímpar pelas notas musicais que soam das igrejas. Foi o caso das pessoas presentes ao concerto do grupo Azimuth (grupo formado por Alex Malheiros (baixo), José Roberto Bertrami (teclados) e Ivan Conti, Mamão (bateria)). O grupo liderado por Mamão trouxe além de uma excelente interação com o público um repertório autoral com incursões a trabalhos de nomes como Tom Jobim e Marvin Gaye. Porém o que animou o público de fato foram as canções " jazz fusion" de autoria do trio.


Pouco tempo depois foi a vez da apresentação do carioca Arthur Verocai, que trouxe para a sua apresentação cerca de 30 pessoas para acompanhá-lo, em um concerto onde o repertório se fez hegemonicamente de canções autorais nas vozes de Carlos Dafé e Clarisse Grova, que juntos entoaram canções presentes no único álbum de Verocai gravado para o mercado fonográfico brasileiro, nos idos anos de 1972 e outras da lavra do maestro.



Canções como "Fly to L.A."; a instrumental "Queimadas"; "Caboclo" (canção cantada pelo próprio Verocai) e alguns números solos do Dafé e da Grova fizeram deste concerto algo ímpar que acabou suscitando em muitos a dúvida de como tanto talento poderia passar tanto tempo esquecido pelo grande público. A resposta é algo que surge em tamanha instantaneidade tanto quanto o questionamento: é a típica coisa que só acontece no Brasil.



Após a apresentação do bis o grande público aplaude o espetáculo de pé de maneira calorosa e contagiante. Tanto foi a demostração de afeto e respeito do público presente, que o tímido músico contagiou-se com essa recepção e de maneira despretensiosa não resistiu e soltou a frase: "o tempo da minha música é agora". O público também saiu com essa afirmação em mente, pois acabavam de presenciar (sem dúvida alguma) um dos melhores concertos do festival.

O último concerto agendado para o segundo dia da Mostra Internacional de Música estava programado para a praça do Carmo, e talvez por ser aberto foi um dos mais surpreendentes do festival por conta da quantidade de público presente, dentre eles o cantor pernambucano Alceu Valença.

O francês Philippe Cohen, o argentino radicado em Paris Eduardo Makaroff e o suíço Christoph Muller (acompanhados por mais quatro músicos) apresentaram um espetáculo baseado no repertório do álbum “Tango 3.0”, terceiro trabalho de estúdio do grupo, agradando o público presente que viajou nesta inusitadaa mistura entre tango e batidas eletrônicas feito pelo grupo, estima-se que o grupo tenha levado cerca de 15 mil pessoas à Praça do Carmo.

3º DIA
O início do fim de semana parecia prometer àqueles que tinham por objetivo visitar a primeira Capital Brasileira da Cultura para apreciar as excelentes atrações apresentadas ao longo dos últimos dias. Os cinco concertos programados para a sexta-feira trazia todas as características peculiares as atrações do festival e um público curioso pelas sonoridades apresentadas. Era comum entre o público presente frases como: "Muito bom esse cara, não conhecia o trabalho dele..." ou "Essa turma toca muito!". Nomes como o do grupo pernambucano Sonoris Fábrica, o israelense Daniel Gortler, o francês Alex Tassel e o Projeto Coisa Fina apresentaram-se nesse dia, além da segunda apresentação do duo duo Sissoko e Segal no festival, desta vez na Paraíba.

"O Projeto Coisa Fina utiliza o vigor da juventude em seus arranjos e sua postura no palco. Mesmo em um local austero como uma igreja, a impressão é de não se estar em um concerto, tamanha a desenvoltura e naturalidade dos 13." (Tiago Agostini, jornalista)

O primeiro concerto da noite tratava-se da big band formada pelos 13 jovens músicos do Projeto Coisa Fina, que trouxeram para o Mosteiro de São Bento a proposta que os juntaram a seis anos atrás depois de terem ouvido o álbum "Ouro Negro": apresentar ao público um repertório em homenagem ao Moacir Santos. Pelo visto a proposta foi muito bem aceita pelo grande público e a apresentação dos meninos do Coisa Fina (assim como a participação no espetáculo do Verocai, na noite anterior) será algo memorável para os que presenciaram os momentos citados, prova disto foi a grande fila formada ao final do show para cumprimentar os músicos.



Enquanto Olinda fervia com a apresentação em reverência ao maestro Moacir Santos; Na Capela Dourada do Recife acontecia o concerto do pianista Daniel Gortler. O espaço estava lotado e o israelense apresentou, a um público educadamente presente, o repertório de nomes como Schumann e Mendelssohn de maneira intercalada. Apesar da apresentação do pianista não ir além do convencional (sem inovações significativas em sua performance), o músico apresentou um espetáculo que agradou ao público presente.


De volta à Olinda, por volta das 19 horas, o grupo pernambucano Sonoris Fábrica (formado por Sérgio Ferraz (violino), Leonardo Melo (violão), Márcio Silva (bateria) e Cláudio Negão (baixo elétrico)) ocupou o espaço central do Seminário trazendo consigo um pouco do repertório apresentado ao longo desses quase 10 anos de carreira enfatizando o repertório do mais recente trabalho (disco este que em breve será apresentado em Copenhage, Dinamarca, onde participarão da Womex, maior feira de música do mundo). A mistura de jazz, com as influências musicais de cada integrante somadas aos ritmos genuinamente nordestinos como maracatu, baião, xote entre outros fizeram do espetáculo algo inebriante. Quem esteve presente pode atestar isto que falo.

O último concerto da noite foi o do jazzista francês Alex Tassel, que apresentou-se na Igreja da Sé com seu quinteto e trouxe para o público da MIMO o repertório do seu mais recente álbum "Heads or Tails". Em entrevista coletiva antes da apresentação Tassel ressaltou a liberdade como elemento primordial de sua música daí subentende-se a apresentação descontraída e cheia de improvisações (sem perder o seu virtuosismo) que o francês nos trouxe empunhando o seu flugelhorn. Um concerto passional e emocionante pelos solos de Tassel.

4º DIA


Diferentemente dos dias anteriores (onde todos os concertos aconteciam ao longo da noite) o sábado trouxe sob regência do maestro Carlos Anísio a Orquestra de Câmara da cidade de João Pessoa para a Igreja da Sé em um concerto matinal apresentado às 11hs da manhã e outro espetáculo à tarde, onde os alunos da MIMO in concert encerraram apresentaram aquilo que foi absorvido ao longo das oficinas de formação de orquestra.

"Esse cara revolucionou a música do século XX! Vale a pena conferir!" (Telespectador presente na fila de entrada para o concerto apresentado por Philip Glass no alto da Sé)

Porém o ponto alto desse dia que antecedia o final do evento ainda estava por vir com as apresentações noturnas do evento. Além da Orquestra de Câmara de Toulouse (que apresentaram-se na Basílica de Nossa Senhora do Carmo, no Recife); haveria também duas das apresentações mais esperadas deste festival seguramente: Egberto Gismonti (acompanhado por seu seu filho Alexandre) e do norte-americano Philip Glass.




O multinstrumentista Gismonti veio ao seminário de Olinda apresentar o espetáculo que vem mostrando tanto no Brasil quanto no exterior em duo com o seu filho, Alexandre. Um concerto basicamente autoral e que trouxe, para o grande público presente,  gratas surpresas ao longo da apresentação que durou mais de 2 horas (conflitando com o horário da apresentação do Glass a pouco mais de 500 metros dali e agendado para 1:30hs depois do concerto do brasileiro).

Na plateia o músico Nana Vasconcelos (reverenciado por Gismonti em dado momento do espetáculo) e um público que lotou tanto a Igreja quanto o pátio externo (para acompanhá-lo no telão) acompanhando diversos momentos de um concerto onde o sincronismo se fez perfeito entre a qualidade e a técnica do violão percussivo de Alexandre, o virtuosismo de Egberto em seu violão de 10 cordas, a violinista Ana de Oliveira e os convidados André Mehmari (que interpretou "Palhaço") e Hamilton de Holanda (com "Caratê").



O último concerto da noite trouxe o conceituado compositor norte-americano Philip Glass (considerado por muitos como o maior nome da música erudita contemporânea) ao piano acompanhado pelo violinista Tim Fain (responsável por parte da trilha sonora do filme "Cisne Negro") procurando comprovar que o título dado a Glass por muitos não foi em vão. A grata surpresa do espetáculo de Philip de fato foi o violonista Fain, que em momentos solo demostrou um misto de habilidade, técnica e velocidade. 

5º DIA
O último dia da MIMO foi o que menos houve concertos, apenas quatro. Porém foram quatros apresentações que prometiam encerrar o festival com chave de ouro. Dentre as atrações programadas estavam o Duo Mehmari-Holanda, a Orquestra Sinfônica de Barra Mansa, a Orquestra Sinfônica da UFRN e o grupo carioca Pagode Jazz Sardinha's Club. O público compareceu de maneira que todos os convites que dão acessos aos espetáculos encerraram-se em pouco tempo no local de distribuição, comprovando assim que em mais um ano o evento foi sucesso absoluto de público.

Os espetáculos iniciaram-se às 11 horas da manhã, quando no seminário de Olinda foi apresentado ao público presente o resultado do curso de regência a partir da apresentação da Orquestra Sinfônica de Barra Mansa. À noite, na Igreja da Madre de Deus, a MIMO despede-se da cidade do Recife com o concerto da Orquestra Sinfônica da Universidade Federal do Rio Grande do Norte sob regência do maestro André Muniz e com a participação do músico solista Diego Paixão.


"Faltam as palavras, as notas jamais." (Hamilton de Holanda, em sua apresentação de encerramento da MIMO 2011)


Os dois últimos espetáculos do festival em 2011 traziam ao centro da Igreja do Seminário de Olinda, o Pagode Jazz Sardinha's Club e ao centro da Catedral da Sé a dupla André Mehmari e Hamilton de Holanda.

O primeiro concerto da noite trazia um repertório essencialmente autoral com canções como "Índia e Branca", "Salsixe" e "Praia do pinto"  intercalando com clássicos da MPB como "Carinhoso" (Pixinguinha), porém muitos consideraram a apresentação Pagode Jazz Sardinha's Club como a menos relevante do festival.




O concerto mais esperado da noite era sem dúvida o que a dupla André Mehmari e Hamilton de Holanda vem apresentando em diversos concertos no mundo: "Gismonti Paschoal", em homenagem a Egberto Gismonti e Hermeto Paschoal. Na plateia nomes como Philip Glass e de Jards Macalé assistiram a exibição de um show sincronizado de maneira perfeita, onde os arranjos apresentados das canções de autoria própria e dos homenageados faziam a harmonia perfeita entre o bandolim e o piano tantos em momentos solos quanto nas bases das canções apresentadas.


Com um público estimado em cerca de 120 mil pessoas trazem à tona que aquilo os números mostram e não deixam mentir: a MIMO já faz parte do calendário cultural do Brasil, particularmente das cidades de Olinda e mais recentemente das cidades de João Pessoa e Recife. O sucesso do evento, tem alcançado uma variedade de público que impressiona até aos mais crédulos de que um festival de música instrumental  e cinema  pudesse trazer aos templos religiosos das cidades envolvidas pessoas das mais variadas faixas etárias ou famílias inteiras para assistir espetáculos de música erudita ou de artista que muitas vezes passam a conhecer a partir da Mostra.

Que em 2012 venham tantas gratas surpresas quanto essas que vem acontecendo ao longo desses oito anos de existência deste evento que traz às seculares Igrejas das cidades envolvidas uma alegria de peculiaridade tão intensa quanto a qualidade das apresentações e daqueles que passam o ano preparando o evento para um público cada vez maior. 

Agradeço em particular a equipe da Trago Boa Notícia (Aline Feitosa, Juliana Renepont, Dulce Mesquita e Elayne Bione), responsável pela assessoria de imprensa local.

O crédito de todas as imagens presentes nesta pauta são atribuídas a equipe do Ateliê Santo Lima:
Beto Figueiroa
Renato Spencer
Marcelo Lyra
André Sampaio

P.S. - Sugiro antecipadamente às autoridades competentes que ao longo do próximo ano (em que se é comemorado os 10 anos da Lume Arte, a cidade de Olinda condecore com o título de cidadã olindense nossa querida Lú Araújo em agradecimento pelos serviços culturais apresentados à cidade).

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