Filho ilustre do município de Iguaraci, no sertão pernambucano, filho de Mestre Louro, músico e consertador de foles de oito baixo, Maciel Melo, aos 16 anos, mudou-se para Petrolina, onde morou durante 16 anos. Em 1986, influenciado pelo som catingueiro de Elomar, Vital Farias, Xangai, Dominguinhos mergulha na música, incorporando a ela toda bagagem que trouxe da pequena Iguaraci. Estreou em disco, no ano seguinte, com um LP,Desafio das léguas,no qual ratificava seu talento de letrista e melodista,mas também escancarava as influências dos artistas citados (Vital Farias, Xangai e Décio Marques participam do disco). O Quinteto Violado foi o primeiro grande nome da música nordestina a gravar Maciel Melo, uma música chamada Erva-doce,em 1985. Depois do namoro com os sons da caatinga, Maciel Melo descobriu sua vocação de forrozeiro, e provavelmente o mais talentoso e autêntico desde José Marcolino. Em 1992, ele estava com dois grandes sucessos radiofônicos,Que nem vem-vem, na voz de Elba Ramalho, e Caboclo Sonhador,com Flávio José, depois gravado também por Fagner.Aí ele já se sacramentara como um dos grandes nomes da música nordestina,continuamente gravado por diversos intérpretes,de Irah Caldeira, a Xangai ou Alcymar Monteiro. Mas sem se descuidar de sua própria carreira de cantor, lançando discos praticamente todo ano.
Já está nas lojas o novo CD de Maciel Melo, Sem Ouro e Sem Mágoa.
Com participações de Geraldo Azevedo, Xangai, Geraldo Maia, Jorge de Altinho, Josildo Sá, Maestro Spock, Naná Vasconcelos, Santana, o Cantador, e Silvério Pessoa, o robusto álbum com 17 músicas reforça a ótima tendência de rechear CDs e DVDs com a participação de outros artistas. O fato não apenas valoriza a obra com a soma de talentos, mas também reforça a idéia de união entre poetas e cantadores, intérpretes e autores.
Sem Ouro e Sem Mágoa traz nada menos que 17 músicas, algumas parcerias importantes, como a que dá nome ao CD, com letra de Fausto Nilo. Outros nomes brilhantes da constelação nordestina dão a sua luz: Xico Bizerra (em Pelos Cantos da Casa, predestinado a ser um sucesso), Teca Calazans (em Mamãe, Papai Me Disse), Anchieta Dali e Luiz Homero (com a lírica Da Cor do Chão), Jessier Quirino no brincante Bolero de Isabel, Maciel Correia e Carlos Vilela (na intrigante Estrelas do Passado), Geraldo Maia com uma singela homenagem à Nossa Senhora da Conceição em Fronteira da Graça, sem esquecer os parceiros Genaro e Ananias Júnior.
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