Um dos maiores sucessos do início da carreira fonográfica do "rei" Roberto Carlos foi quero que vá tudo pro inferno e a estória dessa composição é interessante.
Essa música nasceu numa noite fria, em junho de 1965, na cidade de Osasco, interior de São Paulo.
Roberto Carlos estava nos bastidores do cinema Rex, onde ia participar de um show com outros artistas de música jovem. Enquanto o cantor aguardava o momento de entrar no palco, ao seu lado a secretária Edy Silva rodava o dial de um rádio à procura da execução de alguma música dele. Naquela época era comum os dois ficarem atentos aos programas de música jovem para saber a posição de Roberto Carlos nas paradas de sucesso. No instante em que Edy rodou o dial de uma emissora para outra, Roberto Carlos ouviu um fragmento de som que imediatamente lhe sugeriu uma melodia. Isto é um fato relativamente comum com os compositores: eles ouvem determinados sons que lhes sugerem o início de uma nova melodia. E ali, nos bastidores daquele cinema, Roberto Carlos começou a cantarolar a melodia inicial de uma nova canção, fazendo o ritmo com a mão na parede. "Sabe, Edy, estou fazendo uma música agora, mas tenho que falar que tudo mais vá pro inferno." "É muito bacana, bem diferente, faça logo
que quero ouvi-la", incentivou Edy, batendo palmas. "E eu comecei a cantar aquilo e imediatamente fiz o refrão "quero que você me aqueça neste inverno / e que tudo mais vá pro inferno", lembra Roberto Carlos.
Roberto carlos em detalhes.Paulo César de Araujo - São Paulo:editora planeta.2006
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