Músico lança EP em que toca todos os instrumentos, além de cantar composições inéditas e releituras de outros artistas
Por Augusto Pio
Rodrigo Suricato lança EP em que toca todos os instrumentos, além de cantar
(foto: Renan Oliveira/Divulgação)
Modernizar o estilo criado por músicos de rua no início do século 19 é o objetivo do cantor, compositor e instrumentista Rodrigo Suricato. Para isso ele acaba de lançar o EP One man band (Universal Music).
Rodrigo Antônio Nogueira da Penha, mais conhecido como Rodrigo Suricato, é vocalista do Barão Vermelho desde 2017 e conduz em paralelo sua carreira solo. Segundo ele, este é o primeiro de dois EPs em que mescla faixas inéditas com releituras inusitadas, como as de Olhos castanhos (Luísa Sonza), Nosso estranho amor (Caetano Veloso) e Purple rain (Prince).
“Trata-se do maior desafio da minha carreira. Uma performance extremamente complexa e única que, finalmente, as pessoas terão a oportunidade de conferir. Ter me tornado um homem-banda tem a ver com minha busca interna e espiritual. Meu corpo inteiro produzindo música, o que me traz uma sensação divina de conexão. Na realidade, venho há seis anos pesquisando sobre esse formato”, afirma.
Esse é o primeiro trabalho ao vivo do músico. “Quis trazer as principais canções que compus ao longo desses anos, enquanto Suricato, que é o nome do meu projeto e da minha carreira solo, o que também pode uma banda, orquestra, absolutamente o que eu quiser. Tenho essa liberdade artística e quis reunir essas canções no formato homem-banda, que pesquiso desde antes de entrar no programa Superstar.”
Rodrigo sempre esteve interessado na maneira como os músicos de rua se apresentam, tocando mais de um instrumento e, ao mesmo tempo, acumulando funções. “Então, foi uma jornada muito longa. Afinal, seis anos é bastante coisa para se pesquisar. E a grande diferença desse projeto é que, além de ele estar muito mais maduro do que quando comecei, ele traz esse formato homem-banda, mas sem aquele estereótipo do músico que toca na rua, às vezes por uma questão de sobrevivência, ou então executando uma performance mais circense.”
FUtURO
Ele explica que queria trazer o homem-banda do futuro. “É um formato bem futurista, usando sons eletrônicos, misturando esses sons junto com o folk, com o rock, com um show muito potente, com uma pressão sonora, como se fosse uma banda no palco. Então, queria que esse show pudesse ser feito tanto nos teatros quanto nos festivais. Acredito que ele seja o fechamento de um ciclo desse formato. O próximo disco eu vou gravar com uma banda”, diz.
O EP é o resultado de uma live realizada em agosto passada, na qual executou as principais canções autorais dos seus três discos anteriores. “Foi uma superprodução dirigida por Pedro Skin, do Multishow. Estamos separando cada vídeo, cada canção tocada nessa live, para lançar no Spotify, em dois volumes, e também no YouTube. As pessoas terão a oportunidade de ver esse registro audiovisual. O que me facilita muito, me tranquiliza também e que acho muito prazeroso, é que tenho o Barão Vermelho funcionando como banda, em plena performance. Por outro lado, tenho esse projeto, que, na verdade, não é o meu formato reduzido. O homem-banda é o meu formato cheio.”
O músico diz estar aproveitando a pandemia para compor bastante. “Já lancei três discos e dois singles neste ano, sendo que um deles é com a canção Astronauta, que contou com a participação da banda Melim e que está tendo muita receptividade nas plataformas digitais.” Rodrigo Suricato está indicado ao Grammy Latino 2020 pelo álbum Na mão as flores. A premiação será em 19 de novembro próximo.
One man band
. Rodrigo Suricato
. Universal Music
. Disponível nas plataformas digitais
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