A notícia de que que foram encontradas canções inéditas de Renato Russo (1960-1996) mexeu com o imaginários de muitos fãs do cantor e compositor e do Legião Urbana também.
No entanto, produtores musicais que trabalharam com a obra de Renato negaram que os materiais do artista citados em um relatório encontrado durante uma operação policial, nesta segunda-feira (26), sejam músicas inéditas.
De acordo com informações do portal G1, a Delegacia de Repressão a Crimes contra a Propriedade Imaterial (DRCPIM) divulgou ter apreendido, em um estúdio na Zona Sul do Rio, o documento que menciona supostas obras nunca lançadas pelo vocalista da Legião Urbana.
A Operação Será, da Policia Civil do Rio, começou há cerca de um ano, depois de uma denúncia feita pelo filho de Renato, Giuliano Manfredini;
Nas buscas desta segunda (26), os policiais afirmam ter encontrado o documento que cita 30 músicas nunca lançadas oficialmente. Entre elas, estão versões de canções da Legião Urbana e algumas que podem ser inéditas;
Um dos alvos da investigação é o advogado, escritor e pesquisador Marcelo Fróes, idealizador de álbuns póstumos de Renato; ele nega ter se apropriado indevidamente de obras do cantor.
Segundo Fróes, que tem um selo musical, o Discobertas, não há músicas nunca divulgadas de Renato, mas sim gravações inéditas de canções já lançadas.
Já Carlos Trilha, produtor dos álbuns solo do ex-líder do Legião, também frisou que não existem músicas inéditas. Segundo ele, as obras citadas no relatório podem ser remixagens e letras nunca usadas, que estariam sendo musicadas por outros artistas.
Marcelo Fróes, que trabalhou em projetos póstumos de Renato entre 2003 e 2010, conta ter entregue à família do cantor, em 2002, um relatório com o levantamento de materiais musicais achados em uma gravadora e em acervos pessoais.
Ao G1, ele garantiu não existir, nesse documento, qualquer menção a canções de Renato ou da banda ainda desconhecidas pelo público. "Até porque, se existissem, já teriam sido lançadas no passado."
Operação Será
Batizada com o nome de uma das composições do artista, a operação da Policia Civil do Rio foi motivada por um registro de ocorrência feito por Giuliano Manfredini, filho de Renato e detentor dos direitos autorais de parte de sua obra.
Segundo os investigadores, o estúdio onde o relatório foi encontrado prestou serviços para uma gravadora.
"O cumprimento do mandado de busca e apreensões foi altamente produtivo e conseguimos provas robustas, que em breve vão ajudar a esclarecer toda a verdade sobre o que estava acontecendo. Tem pelo menos 30 músicas em versões inéditas", afirmou o delegado Mauricio Demétrio, titular da DRCPIM.
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