Declarações foram feitas em live que reuniu os músicos no último sábado
A banda Kid Abelha anunciou seu final em 2016. Com inúmeros clássicos e uma extensa carreira, desde os anos 80, a banda chegou ao final, mas os motivos não ficaram claros para os fãs.
Assim, o término rendeu teorias entre os fãs e especulações do que houve nos bastidores. Agora, alguns fatos de bastidores, até então desconhecidos, vieram à tona.
Em uma live conduzida pelo baterista Aquiles Priester (ex-Angra, e que toca nas bandas Freakeys, Hangar, Noturnall e W.A.S.P.), no canal da TV maldita no Youtube, reuniu três bateristas que tocaram com o Kid Abelha.
Cláudio Infante, Kadu Menezes e Adal Fonseca falaram sobre a famosa briga que aconteceu entre os integrantes. Na conversa, a vocalista Paula Toller foi o assunto principal. Todos, em consenso, analisaram que a cantora foi quem 'menos perdeu" com a separação.
“Quem mais perdeu com o fim foram o Bruno (Fortunato) e o George (Israel) porque a Paula continua fazendo shows cantando as músicas do Kid Abelha”, disse Aquiles, seguindo com um questionamento. “Mas por que acabou?”.
Kadu Menezes, que tocou na banda por 16 anos, apresentou sua versão. "É aquela velha história do empresário. Tem empresário que visualiza no seu artista a possibilidade de ele ser uma coisa maior do que ele é. (…). Não adianta falar para Paula que ela vai ser a diva da música brasileira. Ela é maravilhosa, é uma supercantora, tem muitos méritos. Mas não adianta… Gal Costa, Maria Bethânia, Marisa Monte são divas por natureza.”
O músico ainda frisou como as relações mudaram, com o decorrer dos anos. "A Paula começou no pop rock. E algum empresário que entrou começou com essa história de querer separar a banda. Quando entrei, em 1991, todo mundo andava na mesma van, todo mundo tomava café da manhã junto no hotel. Tempos depois, começaram a separar os músicos do restante do Kid, separar os músicos da equipe técnica. No próprio Kid, começaram a separar a Paula. Ela tinha o carro dela sozinho. Começaram até separar os hotéis também”, disse Kadu.
Para ele, esse foi o fator primordial. "O determinante para o fim foi essa história: a Paula vai ser diva, o Kid vai ser os outros dois caras e a banda vai ser a banda, cada um no seu patamar. Tenho certeza que começou a degringolar por aí. Essa separação foi determinante."
Outra história que foi contada se refere à famosa briga que determinou a saída do baixista Leoni. A versão mais conhecida é que ele resolveu deixar os companheiros ao não ser chamado para o palco por Leo Jaime num festival de música, que acontecia no Estádio de Remo da Lagoa. O Kid Abelha faria uma participação no show tocando 'A fórmula do amor'.
“Eu presenciei, cheguei alguns minutos depois da famosa pandeirada. Cheguei no burburinho da confusão. As meninas estavam berrando. A Paula e a namorada do Leoni naquele momento. Tinha acabado de acontecer. A Paula tinha um pandeiro que ela usava nos shows. Na hora da confusão, ela jogou. Era para acertar em não sei quem e acabou acertando o Leoni. Virou uma história do rock. O Kid ia tocar com o Leo Jaime a música que estava estourada. Quando Leoni não entrou com os outros, a ficha caiu de que a confusão tinha dado m. No palco mesmo já falavam que ele tinha saído”, disse Kadu.
O baterista do Kid Abelha na ocasião era Claudio Infante. Ele disse que não testemunhou a confusão, pois deixou o local antes de a banda dividir o palco com Leo Jaime. "Depois do show todo mundo ia jantar junto. Fui na frente para segurar a mesa, mas ninguém apareceu. No dia seguinte, vi a foto do Leoni no jornal com o machucado na cabeça", disse.
Fonte: Estado de Minas
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