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sexta-feira, 29 de maio de 2020

PICOLINO DA PORTELA, 90 ANOS

Resultado de imagem para Picolino da PortelaFuncionário aposentado do Departamento Nacional de Portos e Vias Navegáveis.
Apresentou-se em vários clubes e rodas de samba do Rio de Janeiro.
Compôs a primeira música aos 16 anos de idade. Pertenceu à Ala dos Compositores da Portela até o seu falecimento.
Em 1946 já compunha para o Bloco Unidos da Tamarineira, de Oswaldo Cruz.
Com Candeia e Valdir 59, entrou para a Portela, passando a integrar a Ala dos Compositores, na época presidida pelo compositor Wanderley.
Compôs os sambas-enredos da Portela "Samba do gigante", feito em homenagem ao "IV Centenário da Cidade de São Paulo", em 1954 e "São Paulo Quatrocentão", que classificou a escola em 4º lugar do Grupo 1, no desfile daquele ano.
Integrando a Ala de compositores da Portela, fez apresentações entre 1955 e 1956 no Clube High-Life, juntamente com a Orquestra Tabajara e a Orquestra do Maestro Cipó. Mais tarde, fundou a Ala dos Malabaristas, a qual liderou durante cinco anos, transferindo-se para a Ala dos Compositores, da qual exerceu a presidência por dois anos.
Compôs "Legados de D. João VI", em 1957, samba-enredo com o qual a Portela foi campeã no desfile daquele ano.
Em 1963, ao lado de Casquinha, Candeia, Casemiro, Arlindo, Jorge do Violão e Davi do Pandeiro, formou o grupo Os Mensageiros do Samba, que fez parte do Movimento de Revitalização do Samba de Raiz, promovido pelo Centro de Cultura Popular (CPC) em parceria com a União Nacional dos Estudantes (UNE). Com esse grupo, gravou o LP "Mensageiros do samba", pela gravadora Philips. O disco contou com músicas compostas pelos integrantes do grupo, como "Se eu conseguir" (c/ Casquinha e Picolino) e "Lenço Branco", esta última, somente de sua autoria.
Formou o Trio ABC da Portela, juntamente com Noca da Portela e Colombo. Com o Trio, participou de vários espetáculos de samba e alguns festivais, como o "II Concurso de Música de Carnaval", organizado pelo Presidente do Conselho Superior de Música Popular Brasileira do Museu da Imagem e do Som, Ricardo Cravo Albin, em 1968, quando inscreveu duas composições do trio. A primeira composição inscrita foi "Portela Querida", que foi classificada em quinto lugar, sendo interpretada, com grande sucesso, por Elza Soares, que a gravou na Odeon, e a segunda, "É bom assim", interpretada pelo cantor Gasolina.
No ano de 1969 sua composição "Chorei, sofri, penei", classificou-se em primeiro lugar no Concurso de Carnaval do Teatro Municipal de São Paulo.
No ano de 1970 Elizete Cardoso no LP "Falou e disse", lançado pela gravadora Copacabana, incluiu de sua autoria "Você foi um atraso em meu caminho", parceria com Jair do Cavaquinho.
Foi autor ainda de "Atrás do meu caminho", gravada por Elizeth Cardoso. Ainda fazendo parte do Trio ABC da Portela, compôs "A dor que vem do Brás", gravada por Eliana Pittman, que anteriormente já tinha gravado de sua autoria em parceria com Caipira "Tô chegando, já cheguei" .
Entre outras músicas lançou ainda "Puxa, que luxo" (c/ Luiz Ayrão), gravada por Luiz Ayrão.
Em 1978 Martinho da Vila gravou "Querer é poder" (c/ Colombo e Noca da Portela) e, em 1997, "Nem ela, nem tu, nem eu", também de sua autoria.
Em 2003 sua composição "Portela querida" foi regravada no CD "Noca da Portela - 51 anos de samba".
Entre seus intérpretes destacam-se, além de Martinho da Vila e Elza Soares, Eliana Pittman na regravação de "Lenços brancos", Pastoras da Velha Guarda da Portela "Lenços brancos" (LP 'Samba no chão, 1962) e "Secretário da Escola" (Picolino e Monarco) Tuco e seu Batalhão de Sambistas.

Fonte: Dicionário da MPB

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