O roqueiro Frejat e Serginho Trombone (foto: Uanderson Fernandes/Estadão Conteúdo)
Serginho Trombone, um dos instrumentistas mais importantes da MPB, morreu nesta terça-feira (7), vítima de uma parada cardiorrespiratória. Em casa, Serginho sentiu fortes dores abdominais e foi levado para o hospital em Campo Grande, Zona Oeste do Rio de Janeiro. Identificada uma obstrução na região abdominal, ele foi submetido a uma cirurgia. O procedimento ocorreu com sucesso, mas o músico teve parada cardíaca quando se recuperava da operação. Ele tinha 70 anos.
O trombone de Serginho esteve em gravações fundamentais de artistas e grupos importantes da MPB. Começou praticamente com Dom Salvador e o grupo Abolição, com quem dizia “aprender a tocar de tudo.” Passou anos ao lado de Tim Maia, incluindo a fase mística em que foi obrigado a pintar seu trombone de amarelo por causa das crenças esotéricas de Tim.
Frejat, do Barão Vermelho, foi um grande amigo, o único que lhe concedeu a dignidade de ter um álbum seu. Serginho já havia lançado o primeiro, em 1992, um álbum mal produzido, que não fez justiça a seu talento. Frejat lançou, em 2018, 'Tromboneando', com temas autorais.
A amizade vinha dos tempos de Barão Vermelho, quando Serginho colocou seu trombone a serviço da banda de rock. Um dos arranjos que ele mais se orgulhava de ter feito era o de metais que o Barão gravou em 1996 para Vem quente que estou fervendo, canção de Erasmo Carlos.
Ao lado de Jorge Ben Jor, Serginho fez gravações clássicas –de W/Brasil, entre elas. O trombonista tocou com Gilberto Gil, Rita Lee, Sidney Magal, Luiz Melodia, Alcione, Ed Motta, Antônio Adolfo, Lenine, Sandra de Sá e Lincoln Olivetti, que Serginho considerava seu maior professor.
Fonte: Agência Estado
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