Conhecido como “O Escultor do Vento”, Carlos Malta é multinstrumentista, compositor, orquestrador, educador e produtor, dono de um estilo totalmente original e criativo. Nascido no Rio de Janeiro, toca diversos tipos de flauta (flautim, flauta, pífano, flauta baixo, flautas indígenas, entre outras), além de clarinete, clarone e saxofone. Iniciou sua carreira em 1978, aos dezoito anos, tocando com músicos como Johnny Alf, Antônio Carlos & Jocafi e Maria Creuza. Em 1981, entrou para a banda do ‘mago’ Hermeto Pascoal, onde permaneceu até 1993, quando deu início à sua carreira solo. Malta é um dos fundadores do grupo Pife Muderno, que pesquisa a tradição secular das bandas de pífanos brasileiras.
Ao longo de sua trajetória, Carlos Malta também atuou frequentemente como músico de estúdio, havendo participado de discos de artistas como Guinga, Lenine, Sérgio Ricardo, Leila Pinheiro, Marcus Suzano, Paralamas do Sucesso, Caetano Veloso e Gilberto Gil.
No ano de 1994, fundou o grupo Pife Muderno, com a participação de Andréa Ernest Dias (flautas e flautas de bambu), Marcos Suzano (pandeiro), Oscar Bolão (caixa e pratos) e Durval Pereira (zabumba). A banda tem como característica sonora a tradição secular das bandas de pífanos reunida à inventividade urbana. O Pife Muderno gravou o primeiro CD em 1999, intitulado Carlos Malta e o Pife Muderno, que rendeu uma indicação ao Grammy Latino.
Em 1998, lançou seu primeiro disco solo, O Escultor do Vento, no qual mostra algumas de suas composições, e reunindo seus saxofones e flautas cria uma verdadeira orquestra de sopros.
Carlos Malta ainda lançou os discos Tudo Coreto, apresentando arranjos modernos calcados na tradição das bandas do interior; e Pixinguinha Alma e Corpo, no qual preparou dez arranjos para sopro e quarteto de cordas sobre a obra do mestre Pixinguinha — homenagem ao choro.
Já no ano de 2006, o músico lançou o álbum PARU com o Pife Muderno em homenagem a seu grande amigo Paru, pajé da tribo Yawalapiti do Alto-Xingu.
No Brasil Carlos Malta tem se apresentado nas principais cenas da música instrumental. Sua carreira tem sido plural, com participações especiais nos shows de Bob Mc Ferryn, Dave Matthews Band, Roberto Carlos & Caetano Veloso no tributo a Tom Jobim. Malta realizou a turnê de lançamento de seu cd TUDO AZUL, pelo Norte e Nordeste do Brasil, com patrocínio da Petrobras. Seu novo trabalho sinfônico, a Suíte Os elementos em 5 movimentos, foi interpretada em primeira audição mundial pela Orquestra Petrobras Sinfônica juntamente com o Pife Muderno em um concerto memorável.
Logo após tocou com o Pife Muderno na China, no Concert Hall da Cidade Proibida, em Pequim. Recentemente, Malta e seu Pife Muderno arrabataram o Carnegie Hall em Nova Iorque. Carlos Malta segue esculpindo seus múltiplos timbres nos saxofones (barítono, tenor, alto e soprano), nas flautas (soprano, alto em sol, dó, baixo, piccolo) no pife, na di-zi e no shakuhachi, traduzindo através de seu sopro, a alma da música do Brasil.
DOCUMENTÁRIO SOBRE O PÍFANO
“Uma chave que abre as portas da alegria” é como Carlos Malta define o pífano, instrumento que inspirou o documentário “Xingu Cariri Caruaru carioca” (2015), dirigido por Beth Formaggini. No filme, Malta viaja pelo Brasil encontrando músicos importantes na tradição do instrumento, como João do Pife, e passa pelas paisagens de um Brasil “à parte”, distante das metrópoles. Ele vai do Rio de Janeiro ao Xingu, atravessando Ceará, Paraíba e Pernambuco, nas cenas de “Xingu Cariri Caruaru carioca”.
***Texto produzido com informações do site oficinal de Carlos Malta
Fonte: Encontreca
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