Noel Rosa, compositor popular carioca, um gênio na sua arte, faleceu há sete décadas (4 de maio de 1937) e nasceu há um século (11 de dezembro de 1910).
Durante 26 anos de vida e 7 de atividade musical produziu 259 composições engendrando um dos mais importantes capítulos da história de nossa música.
Segundo Haroldo Costa não há nenhum exemplo, mesmo na música de outros países, de alguém que tendo vivido tão pouco tenha produzido tanto. E Millôr Fernandes acrescenta: “pelo menos 50 indiscutíveis obras-primas”. No que concordo plenamente com ambos. A prova cabal é a perenidade viva e moderna da obra de Noel.
A importância de Noel Rosa reside no fato de que, em apenas sete, quase oito anos de carreira artística, ele bebeu em praticamente todas as vertentes possíveis do universo da produção cultural e artística da época.
A obra de Noel é considerada genial e moderna por ser totalmente diferente da produção realizada na época. E essa obra abrange dois grandes segmentos, segundo Jairo Severiano: o amargo, pessimista, que trata das agruras do amor – paixões, ciúmes, traições – e que é muitas vezes autobiográfico e até confessional (cerca de 40%); e o alegre, otimista que faz a crônica do cotidiano, dos fatos pitorescos, de forma espirituosa (60%).
Outro aspecto que o distingue dos letristas do seu tempo (a exceção de Lamartine Babo) é a freqüente utilização de rimas ricas, extravagantes e inesperadas.
Não podemos deixar de reconhecer que a força lírica das canções de Noel Rosa estaria hoje debilitada não fosse o esforço abnegado dos amigos que, após sua morte, ajudaram a perpetuar sua memória, a exemplo de Almirante, Aracy de Almeida, Marília Batista e tantos outros.
Com méritos de sobra e a valiosa ajuda dos amigos, Noel Rosa, continuou a existir no real-imaginário carioca (e brasileiro) como um gênio da nossa Música Popular Brasileira.
Confiram, Noel Rosa - Centenário de um Gênio.
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