Por Laura Macedo
Candinho Trombone (Cândido Pereira da Silva) / (3/1/1879 – 12/12/1960) viveu e iniciou sua formação musical no Asilo dos Meninos Desvalidos. Profissionalizou-se como músico na Banda da Polícia Militar. Além do trombone, tocava bombardino e bombardão, e muitas das suas composições foram criadas ao violão.
Candinho escrevia música muito bem e foi copista, não só de suas composições, mas também dos amigos que não conheciam notação musical.
Conviveu desde a juventude com famosos chorões, entre os quais Irineu de Almeida, Anacleto de Medeiros, Quincas Laranjeiras, Donga, Pixinguinha, entre outros. Considera-se que ao lado de Pixinguinha tenha sido o formalizador do choro de 32 compassos.
Em 1933, passa a integrar por concurso os quadros da Orquestra do Teatro Municipal do Rio de Janeiro, lá permanecendo até sua aposentadoria, em 1951.
Deixou uma extensa obra, mas pouco editada, composta em sua maioria por choros. O pesquisador Ary Vasconcelos levantou 314 composições de Candinho, e diz que a sua produção é maior ainda, na qual se destaca "O nó", famoso pelo exercício de virtuosismo que propõe aos executantes.
Em 1959, um ano antes de morrer, Candinho doou seu arquivo musical a Jacob do Bandolim, o qual, atualmente está incorporado ao acervo do Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro.
Agradecimentos ao amigo Luciano Hortencio pela colaboração.
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