Lenda da música brasileira, o criador da bossa nova morreu no sábado, aos 88 anos.
No dia em que João Gilberto fez 88 anos, 10 de junho de 2019, a nora dele, Adriana Magalhães, partilhou nas redes sociais algumas fotos do músico a brincar com a neta, Sofia. Magro, com a barba por fazer, quase irreconhecível. Mas com um sorriso.
Há muito tempo que não o víamos. As últimas notícias que tínhamos tido dele não eram boas: o pai da bossa nova, que vivia há anos sozinho e fechado em casa, estava falido e debilitado, pelo que os filhos tinham entrado num processo judicial para o considerar incapacitado. Como é que isto pôde acontecer a um génio?, ao músico que com o seu modo de tocar violão e de cantar baixinho mostrou como era bom ser Desafinado. Àquele sobre quem Caetano Veloso disse: "Melhor do que o silêncio, só João."
No dia em que João Gilberto fez 88 anos, 10 de junho de 2019, a nora dele, Adriana Magalhães, partilhou nas redes sociais algumas fotos do músico a brincar com a neta, Sofia. Magro, com a barba por fazer, quase irreconhecível. Mas com um sorriso.
Há muito tempo que não o víamos. As últimas notícias que tínhamos tido dele não eram boas: o pai da bossa nova, que vivia há anos sozinho e fechado em casa, estava falido e debilitado, pelo que os filhos tinham entrado num processo judicial para o considerar incapacitado. Como é que isto pôde acontecer a um génio?, ao músico que com o seu modo de tocar violão e de cantar baixinho mostrou como era bom ser Desafinado. Àquele sobre quem Caetano Veloso disse: "Melhor do que o silêncio, só João."
1958: Chega de Saudade
João Gilberto Prado Pereira de Oliveira nasceu em Juazeiro, na Bahia, a 10 de junho de 1931, e foi nesse estado que começou a sua carreira musical com o grupo Enamorados do Ritmo e depois com os Garotos da Lua. Depois de algumas tentativas frustradas para se lançar a solo, aos 26 anos, no Rio de Janeiro, conheceu o músico Roberto Menescal, que ficou encantando com o seu Bim Bom e o apresentou ao resto da turma. Percebendo o potencial, em 1957, Chico Buarque levou João Gilberto a Ipanema para conhecer António Carlos Jobim e mostrar-lhe a nova batida de violão que tinha inventado: a mão direita tocava acordes e não notas, produzindo harmonia e ritmo ao mesmo tempo. É desse encontro que nasce a bossa nova.
Tudo começou com a canção Chega de Saudade, gravada primeiro por Elizeth Cardoso com João Gilberto ao violão e depois só por ele, já num disco a solo. O momento foi relatado pelo escritor Ruy Castro, numa crónica publicada no DN: "Foi no dia 10 de julho de 1958, no estúdio da então poderosa Odeon, aqui no Rio. João Gilberto postou-se diante de dois microfones - um para a sua voz, outro para o violão - e gravou a que seria a versão definitiva de Chega de Saudade, samba de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, num estilo que alguns meses depois seria chamado de... bossa nova.
"A voz de João Gilberto era um instrumento (...). O homem cantava num andamento e tocava em outro. Na realidade, não parecia cantar - dizia as palavras baixinho", conta Ruy Castro no livro Chega de Saudade.
O jornalista e crítico musical Nelson Motta lembra em Noites Tropicais a primeira vez que ouviu a gravação: "Foi como um raio. Aquilo era diferente de tudo o que eu já tinha ouvido, fiquei chocado sem saber se tinha adorado ou odiado. Mas quanto mais ouvia, mais gostava." Pouco depois já o adorava, sem hesitações: ele era "o criador de uma nova maneira de cantar e tocar, com um mínimo de voz e uma máxima de precisão". Para Nelson Motta - e para muitos outros - a santíssima trindade eram João, Tom e Vinicius.
"A ordem então vigente no mundo determinava que um género musical para vingar tinha que ser dançante", escreve Ruy Castro na obra A Onda Que Se Ergueu no Mar. Ora, como vingaria esta bossa nova se, "por mais gostosa e revolucionária, essa batida - que era samba e ao mesmo tempo 'não era' - não parecia feita para dançar. Ao contrário, pedia concentração e até algum esforço para ser 'entendida'. Quanto à voz do cantor, só faltava exigir que se grudassem as orelhas aos alto-falantes para ser escutada, porque ele cantava baixinho, 'desafinado', de forma relaxante - era quase uma massagem sonora".
E no entanto o sucesso não se fez esperar. Como conta Ruy Castro: "Foi tudo muito rápido: em 1958 o panorama era um, em 1959, outro. De posse da batida, Jobim começou a compor especialmente para ela e, em questão de meses, construiu um repertório capaz de alimentar um caminhão de intérpretes." O segundo disco de João Gilberto, O Amor, o Sorriso e a Flor (1960), inclui temas como Samba de Uma Nota Só, O Pato, Corcovado. Toda a gente tocava aquelas canções, os músicos mais velhos e os músicos mais novos, na rádio, nos bares, na televisão. Foi a loucura da bossa nova durante quatro anos.
Até que "em 1962 ninguém queria mais ouvir, falar e ainda menos cantar bossa nova", explicou Nelson Motta, numa crónica publicada em 2008, celebrando os 50 anos do género. "A nova geração, de Caetano Veloso, Chico Buarque, Gilberto Gil, engendrava a futura MPB, o país fervia com os esquerdistas João Goulart e Leonel Brizola no poder, as forças políticas exacerbavam-se, havia grande agitação nas ruas, a economia soçobrava: não havia mais clima para uma música leve e sofisticada como a bossa nova."
João Gilberto Prado Pereira de Oliveira nasceu em Juazeiro, na Bahia, a 10 de junho de 1931, e foi nesse estado que começou a sua carreira musical com o grupo Enamorados do Ritmo e depois com os Garotos da Lua. Depois de algumas tentativas frustradas para se lançar a solo, aos 26 anos, no Rio de Janeiro, conheceu o músico Roberto Menescal, que ficou encantando com o seu Bim Bom e o apresentou ao resto da turma. Percebendo o potencial, em 1957, Chico Buarque levou João Gilberto a Ipanema para conhecer António Carlos Jobim e mostrar-lhe a nova batida de violão que tinha inventado: a mão direita tocava acordes e não notas, produzindo harmonia e ritmo ao mesmo tempo. É desse encontro que nasce a bossa nova.
Tudo começou com a canção Chega de Saudade, gravada primeiro por Elizeth Cardoso com João Gilberto ao violão e depois só por ele, já num disco a solo. O momento foi relatado pelo escritor Ruy Castro, numa crónica publicada no DN: "Foi no dia 10 de julho de 1958, no estúdio da então poderosa Odeon, aqui no Rio. João Gilberto postou-se diante de dois microfones - um para a sua voz, outro para o violão - e gravou a que seria a versão definitiva de Chega de Saudade, samba de Tom Jobim e Vinicius de Moraes, num estilo que alguns meses depois seria chamado de... bossa nova.
"A voz de João Gilberto era um instrumento (...). O homem cantava num andamento e tocava em outro. Na realidade, não parecia cantar - dizia as palavras baixinho", conta Ruy Castro no livro Chega de Saudade.
O jornalista e crítico musical Nelson Motta lembra em Noites Tropicais a primeira vez que ouviu a gravação: "Foi como um raio. Aquilo era diferente de tudo o que eu já tinha ouvido, fiquei chocado sem saber se tinha adorado ou odiado. Mas quanto mais ouvia, mais gostava." Pouco depois já o adorava, sem hesitações: ele era "o criador de uma nova maneira de cantar e tocar, com um mínimo de voz e uma máxima de precisão". Para Nelson Motta - e para muitos outros - a santíssima trindade eram João, Tom e Vinicius.
"A ordem então vigente no mundo determinava que um género musical para vingar tinha que ser dançante", escreve Ruy Castro na obra A Onda Que Se Ergueu no Mar. Ora, como vingaria esta bossa nova se, "por mais gostosa e revolucionária, essa batida - que era samba e ao mesmo tempo 'não era' - não parecia feita para dançar. Ao contrário, pedia concentração e até algum esforço para ser 'entendida'. Quanto à voz do cantor, só faltava exigir que se grudassem as orelhas aos alto-falantes para ser escutada, porque ele cantava baixinho, 'desafinado', de forma relaxante - era quase uma massagem sonora".
E no entanto o sucesso não se fez esperar. Como conta Ruy Castro: "Foi tudo muito rápido: em 1958 o panorama era um, em 1959, outro. De posse da batida, Jobim começou a compor especialmente para ela e, em questão de meses, construiu um repertório capaz de alimentar um caminhão de intérpretes." O segundo disco de João Gilberto, O Amor, o Sorriso e a Flor (1960), inclui temas como Samba de Uma Nota Só, O Pato, Corcovado. Toda a gente tocava aquelas canções, os músicos mais velhos e os músicos mais novos, na rádio, nos bares, na televisão. Foi a loucura da bossa nova durante quatro anos.
Até que "em 1962 ninguém queria mais ouvir, falar e ainda menos cantar bossa nova", explicou Nelson Motta, numa crónica publicada em 2008, celebrando os 50 anos do género. "A nova geração, de Caetano Veloso, Chico Buarque, Gilberto Gil, engendrava a futura MPB, o país fervia com os esquerdistas João Goulart e Leonel Brizola no poder, as forças políticas exacerbavam-se, havia grande agitação nas ruas, a economia soçobrava: não havia mais clima para uma música leve e sofisticada como a bossa nova."
Do Brasil para o mundo
Entretanto, a batida tinha chegado aos Estados Unidos e, como é óbvio, seduziu imediatamente as gentes do jazz. A partir do concerto no Carnegie Hall, em 1962, e logo em seguida a gravação do LP Getz/Gilberto - que fez de Garota de Ipanema uma coqueluche mundial e revelou Astrud Gilberto, mulher de João desde 1959 e mãe do seu primeiro filho, João Marcelo - João Gilberto tornou-se uma estrela internacional e a bossa nova ganhou novos sotaques.
Em 1965, o disco com Stan Getz esteve nomeado para nove categorias dos prémios Grammy, incluindo melhor álbum do ano. Astrud estava nomeada para as categorias melhor performance vocal feminina de música pop, melhor artista revelação e gravação do ano. Venceu nesta última categoria, com The Girl from Ipanema.
E João? "João era baiano, sua música era brasileiríssima e nela não havia espaço para improvisações. Pelo contrário, exigia uma constante elaboração e lapidação, extremo rigor e precisão na busca da sua simplicidade absoluta", explica Nelson Motta no seu livro. "As harmonias complexas do jazz encontravam no violão de João dissonâncias e sequências semelhantes, seus acordes pareciam ser os mesmos. Só que em lugares diferentes. Estavam onde não deveriam estar e por isso soavam tão bonitos e surpreendentes - e tão naturais. Seu domínio do ritmo e das divisões, seu suingue sincopado, seu fraseado seco e preciso, a sincronicidade entre voz e violão, tudo em João levava ao rigor e à disciplina, ao fundo do Brasil. E ao gênio. Os jazzmen gostavam muito de João, mas ele não ligava muito para jazz. Preferia Dorival Caymmi e Ary Barroso. E adorava Cole Porter."
Astrud ficou em Manhattan. Dividido entre o Brasil, que agora vivia numa ditadura militar, Nova Iorque e o mundo, em constante digressão, João Gilberto casou com Miúcha em 1965 e teve mais uma filha, Bebel. Nesta altura, já era conhecido pelas exigências que fazia quando se apresentava ao vivo e por cancelar ou interromper espetáculos quando não estavam reunidas as condições técnicas que considerava necessárias. "Seus shows são raros e, quando se apresenta, o suspense sobre se vai aparecer ou dar o bolo só se encerra no momento em que entra em palco", contou uma vez Ruy Castro."Muitas vezes é o som que não lhe agrada. Em outras, o organizador do evento desrespeita a sua proibição de vender camisetas com sua estampa na porta do teatro." Também é destas pequenas histórias que se fazem os mitos.
Nas décadas seguintes, João Gilberto atuou em festivais de jazz pela Europa - com passagem, em 1984, pelo Coliseu dos Recreios, em Lisboa - e seguiu com a sua vida e os seus concertos. Quando já ninguém acreditava que ele voltasse a ser notícia, em 2000, gravou João Voz e Violão, coleção de dez temas interpretados e gravados exatamente como ele quis, com a maior simplicidade, só voz, violão e o génio dele. Uma pequena obra-prima. Aos 68 anos, João Gilberto ganhou o prémio Grammy para Melhor Álbum de World Music e depois, aproveitando a vaga de recuperação da bossa nova por vários artistas, até conquistou o Japão.
A sua casa era o seu mundo
Já nos anos 1960, João Gilberto era como iria ser o resto da vida: "Não ia a festinhas, não dava entrevistas, raramente aparecia na televisão, não gostava de tirar fotografias e jamais ia à praia, que era onde todo o mundo se encontrava. O seu mistério e suas lendas, seu humor e sua inteligência tornavam sua música ainda mais fascinante", conta Nelson Motta. Ruy Castro confirmaria que João Gilberto "sempre foi pálido como gesso, passa décadas sem sair ao sol, ninguém jamais o viu de calção e há dúvida até sobre se sabe nadar".
Mais recentemente, no DN, Ruy Castro contava: "Seja na Bahia, onde nasceu, no Rio, onde se revelou, em Nova Iorque, onde se consagrou, e no Rio de novo, desde 1987, passou mais da metade da vida em solidão. Sempre foi de seu temperamento ficar recolhido em casa, sozinho, de pijama, falando ao telefone, tocando violão ou assistindo a esportes na TV, quase inacessível - há amigos que não o veem há mais de 50 anos. Nunca precisou de sair à rua para ir a bancos, consultar médicos ou almoçar. Aliás, como fazia para comer? O jantar lhe era servido à porta por um restaurante que mandava entregá-lo, e, mesmo assim, essa porta nunca se abria mais do que o suficiente para que passasse a bandeja."
João Gilberto vivia há décadas em reclusão, evitando os fãs e acima de tudo os jornalistas: "Não almoça ou janta fora, não frequenta bares, não vai a shows ou ao cinema e só aparece em casa de alguém com a garantia de que não encontrará estranhos", contou Ruy Castro. João detestava a exposição de tal forma que evitava tocar ao vivo. Como disse Sérgio Sant'Anna, autor do livro O Concerto de João Gilberto: ele "é um cara que se valoriza pelo silêncio, as pouquíssimas apresentações e os discos, muito selecionados. Quer dizer, ele se valoriza também pelo que não faz, os shows que não dá. E quando se dispõe a cantar em público, é um acontecimento que vem com muito peso. O mesmo peso que ele dá a cada nota musical".
Em 2008, o São João, como muitos lhes chamam, celebrou os 50 anos da bossa nova em grande, com atuações no Brasil e em Nova Iorque. Foi a última vez que se apresentou em palco.
João merecia mais
Em março de 2019, o cantor conseguiu que um tribunal do Rio de Janeiro lhe desse razão na disputa que mantinha com a editora Universal Music sobre os direitos de autor dos seus três primeiros discos. A sentença, unânime, obrigava a empresa a devolver a João os royalties que deixaram de ser pagos desde 1964, além de danos morais. É uma quantia que foi estimada em 173 milhões de reais (mais de 39 milhões de euros), embora provavelmente não seja a última palavra sobre o tema, porque a editora ia recorrer para o Supremo Tribunal Federal (STF).
A disputa refere-se aos direitos autorais de Chega de Saudade (1959), O Amor, o Sorriso e a Flor (1960) e João Gilberto (1961), editados originalmente pela Odeon. Em 1997, quando o caso chegou à justiça, a visada era a EMI, que entretanto foi absorvida pela Universal. No entanto, este era apenas um dos muitos problemas que o músico enfrentava.
Filhos e ex-companheiras de João Gilberto lutavam pelo poder de controlar o patrimônio de João Gilberto. De um lado do conflito estava Cláudia Faissol, ex-companheira do músico (com quem ele teve uma filha, Luísa, nascida em 2004); do outro, os dois filhos mais velhos do compositor, João Marcelo e Bebel. Os filhos acusavam Cláudia de administrar de forma incompetente os negócios do artista, função que ela cumpriu durante mais de uma década.
Um dos deslizes ocorreu em 2011: quando completou 80 anos, João Gilberto anunciou que faria espetáculos comemorativos pelo Brasil. Mas os concertos foram cancelados por motivos de saúde e a Justiça ordenou que ele pagasse 1,2 milhões de reais de multa à produção. Outro erro foi cometido, segundo João Marcelo e Bebel, em 2013, com a entrega de 60% dos direitos sobre os quatro primeiros discos do cantor ao banco Opportunity, que assumiu a disputa judicial com a editora. Esta terá sido, segundo Cláudia, uma maneira de minorar os problemas financeiros de João Gilberto. Mas João Marcelo acusou-a de fazer um negócio por fora com o banco, recebendo 5% a 10% do valor negociado. "Ela é uma criminosa e continua a roubar do meu pai", acusou João Marcelo. "Se as finanças do meu pai não estivessem um circo, ele estaria cheio de dinheiro."
Para tentar resolver a situação do músico, que até foi obrigado a deixar o apartamento por não pagar o aluguer, em novembro de 2017 João Gilberto foi interditado judicialmente pela filha Bebel devido aos muitos problemas financeiros que enfrentava. A interdição do cantor foi pedida porque "João já vem apresentando, há alguns anos, um quadro confusional, que não lhe permite compreender com clareza e exatidão os atos jurídicos que lhe são solicitados por terceiros, resultando numa situação atual de absoluta penúria financeira, apesar de ser titular de direitos autorais que deveriam garantir-lhe mais do que sua subsistência por toda a sua vida", explicou Bebel em comunicado.
Entretanto, os dois irmãos também se desentenderam. "Meu pai foi efetivamente sequestrado e alienado de mim e da minha família direta", disse João Marcelo, acusando Bebel Gilberto de roubar o dinheiro do pai. "Eu não fui informado, aconselhado, consultado ou sequer tinha conhecimento das maquinações legais ou físicas que minha irmã tomou (...) Desculpa, pai, eu não consegui manter os abutres longe de você."
Em abril de 2018, a ex-companheira Miúcha (entretanto falecida) contava à comunicação social: "A situação é difícil, ele é muito fechado, tem 86 anos e algumas questões de saúde. Está muito magrinho. A Bebel está tentando de tudo por ele. Todos queremos que o João se trate. Ele foge de médico como o diabo da cruz. Se a gente marcar, ele desmarca 30 vezes." Mas garantia que a situação não era tão má quanto alguma imprensa queria fazer crer: "Ele está cantando e tocando lindamente. É impressionante, mesmo com a idade."
Aquele que foi considerado pela revista Rolling Stone como o segundo maior artista brasileiro de todos os tempos, apenas atrás do seu companheiro e amigo Tom Jobim, merecia mais nos seus últimos anos de vida. Como disse Nelson Motta: "Não há, dificilmente haverá, artista mais influente na história da música brasileira moderna. Sim, também António Carlos Jobim, mas ninguém o influenciou mais do que João Gilberto. Como ninguém cantou António melhor do que João." Afinal, disse: "Sem a sua batida de violão não existiria bossa nova, é a sua base e coração."
Fonte: Diário de Notícias
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