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sábado, 2 de fevereiro de 2019

UMA ODE AO SAMBA: GERLANE LOPS E BELO XIS SÃO OS HOMENAGEADOS DO CARNAVAL DO RECIFE 2019


Sambistas foram convidados pelo prefeito Geraldo Julio, nesta segunda-feira (7), para receber a homenagem (Foto: Andréa Rêgo Barros/PCR)


A diversidade cultural faz parte do DNA do Carnaval recifense e, neste ano, dois ícones do samba serão os grandes homenageados da festa de Momo na capital pernambucana. O prefeito Geraldo Julio anunciou nesta segunda-feira (7) a homenagem a velha guarda e a nova geração de sambistas, a partir dos nomes dos cantores Belo Xis e Gerlane Lops. Para representar o gênero, no Recife são mais de 20 blocos e escolas de samba que realizam ensaios nas prévias e desfilam no período momesco, exaltando uma tradição que data da década de 1930.

Para o prefeito Geraldo Julio, os homenageados simbolizam a relação do recifense com o samba. A cidade é considerada o terceiro maior polo do gênero no Brasil. “Esta é uma homenagem importante e começamos muito bem o nosso Carnaval de 2019. A homenagem a Gerlane Lops e Belo Xis é também uma reverência ao samba. A população curte muito e gosta muito do samba e esses dois ícones representam muito bem este sentimento na nossa cidade”, afirmou o prefeito.

Bastante emocionada com o reconhecimento, a cantora Gerlane Lops agradeceu a homenagem prestada pela Prefeitura. Para ela, o gesto fortalece o ritmo na cidade. “Acho que o ritmo precisava dessa homenagem. A gente consegue colocar dentro do samba que é feito aqui as nossas origens e fazer uma boa mistura, cada um com seu swing. O mais importante é o povo, que eu acho que ficará feliz com essa homenagem”, comentou Gerlane, que tem 27 anos de carreira.

Com 45 anos de estrada no samba, o cantor Belo Xis também se emocionou com a homenagem. “Agora é esperar que o Carnaval chegue logo para curtir este momento maravilhoso”, afirmou. Na leitura dele, este será um momento para valorizar ainda mais o ritmo na cidade. “O samba já é um gênero muito forte dentro da nossa cidade e, agora, vai ser ainda mais”, destacou Belo Xis.

A história do samba no Recife vem de longa data. Os primeiros registros datam da década de 1930, mesma época do surgimento das escolas de samba do Rio de Janeiro. As primeiras referências do samba de escolas encontram-se no bairro de Casa Amarela, na batucada o Bando da Noite, mais tarde chamada Escola de Samba Quatro de Outubro. Hoje há diversas agremiações e grupos percussivos na Imbiribeira, Afogados, São José, Bomba do Hemetério, Areias, Joana Bezerra e Santo Amaro.

No Recife, o samba é a base de dois tipos de grupos carnavalescos. A escola de samba é uma agremiação que possui uma organização bem definida composta por alas, comissão de frente, mestre sala e porta bandeira, além de ter um tema e samba enredo que define como serão seus os carros alegóricos e as fantasias dos integrantes. Além disso, os grupos desfilam e competem anualmente no período do carnaval, assim como as escolas do Rio de Janeiro e São Paulo. Já os blocos de samba são grupos de percussão que podem ter na sua composição fantasias e alas parecidas com as escolas, mas sem uma estrutura rigorosa. Os blocos também não participam do concurso. A essência é a orquestração do samba.

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