Músico pernambucano traça um paralelo entre Brasil e Angola através do imaginário coletivo de identidade e de pertencimento em seu primeiro disco solo. Com previsão de lançamento para o primeiro semestre, álbum autoral começa a ser desvelado com clipe
Cantor, compositor, multi-instrumentista, produtor musical, diretor artístico, técnico e desenhista de som: Rogério Samico é artista fluente em todas as etapas da criação artística da música até a sua chegada aos ouvidos do público. Com 20 anos de bagagem nos bastidores e palcos da música brasileira, acumulando trabalhos com nomes como Lula Queiroga, Di Melo, Maciel Salú, Marsa, o angolano Anselmo Ralph e a norte-americana Lisa Papineau, o pernambucano se prepara agora para lançar o seu primeiro álbum solo e já dá sinais do há de vir. No dia 1 de fevereiro, Samico faz o lançamento de Sereia, primeiro single do álbum, em todas as plataformas de streaming, com clipe em seu canal oficial no YouTube.
Propondo a leveza como caminho para ultrapassar as barreiras físicas e o imaginário como ponto de reencontro com nós mesmo, Samico apresenta o resultado de sua extensa trajetória. Com fortes influência do período que passou em Luanda, Angola, seu trabalho autoral traz na poesia e melodia o pertencimento a um estado comum de existência: a contemplação.
Segundo o artista, o trabalho fala dos processos de Luanda em sua vida e do que acredita como forma de vida. “As minhas músicas remetem a um lugar terapêutico: de conforto, de acalmar. Falam sobre olhar pra dentro de si e perceber que a melhor escuta é de olhos fechados”, afirma sobre o álbum, produzido em parceria com compositores e poetas pernambucanos da nova geração, com previsão de lançamento para o primeiro semestre de 2019.
Bio
Integrante de uma família fluente na música, começou cedo: aos 12 anos já tocava baixo na Play Damião, ao lado do irmão Rodrigo Samico e dos, então adolescentes, Felipe S., Chiquinho Moreira e Marcelo Machado, que depois viriam formar a banda Mombojó. Duas décadas depois, já são mais de vinte projetos musicais capitaneados, diversas turnês nacionais e internacionais e assinaturas em produções no cinema e na publicidade. Samico carrega a experiência de quem já passou por todas as etapas da criação musical e segue se reinventando enquanto artista.
Multi-instrumentista, Samico compõe a banda Marsa, revelação da música pernambucana vencedora do festival Pré-Amp 2015, e acumula participações em influentes repertórios da música brasileira, deixando sua marca nos discos: Imorrível (2016), de Di Melo; Aumenta o sonho (2017), de Lula Queiroga; Miocárdio (2016), de Barro; Cidade invisível (2015), de Salvador Santo; Diamante hortelã (2018), de Raphael Costa; entre outros, além de gravar guitarras no disco novo da cantora norte-americana Lisa Papineau, que tem produção musical de Jam da Silva.
Marcou presença também em importantes palcos e festivais como o Abril pro Rock, Festival de Inverno de garanhuns (FIG), Pré-Amp, Ouvindo e Fazendo Música (MEPE) e PE no Rock. Além de ser figura recorrente no histórico Pina de Copacabana, reduto da cena pós-manguebeat capitaneado pelo produtor Roger de Renor entre o final dos anos 1990 e início dos anos 2000.
Como produtor musical, Samico assinou faixas de artistas como Geraldo Maia, Publius, Carlos Ferreira, Marcello Rangel e Barro, além de mais de 20 álbuns, entre eles, A TV, a lâmpada e o Opaxorô (2014), de Igor de Carvalho; Sem despedida (2013), de Paes; Slowly (2014), de Ana Ghandra; Paraquedas (2015), Juliano Muta; A vista do ponto (2015), da banda Saracotia; Circular movimento (2016), da Marsa; e o disco Julio Samico e O circo voador (2016). Em Angola, produziu jingles em parceria com artistas como o icônico cantor de semba Mamukueno, o romântico Anselmo Ralph, a cantora pop Yola Semedo e o rapper Yanick Afroman.
É dele ainda a direção artística do aclamado espetáculo Saracotia - A vista do ponto (2015), que lançou o disco homônimo no Teatro de Santa Isabel (Recife), assim como as trilhas sonoras dos filmes Crua (2015) e Cara de rato (2016), do cineasta recifense Benedito Serafim.
Atualmente integra os projetos Marsa, Jam da Silva e Lula Queiroga, e se dedica ao lançamento do primeiro álbum solo, com previsão para 2019, no qual apresenta a imagem cantada dos processos vividos em terras africanas e lança o olhar para o vivo manifesto da vida.
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