Segundo secretário de Turismo da cidade, João Luiz Filho, o plano é manter seis ou sete palcos, em vez dos 13 instalados em 2018. Projeto foi debatido com moradores.
O carnaval de Olinda terá, neste ano, menos palcos fixos e reforço em cortejos e desfiles de agremiações, com expectativa de reforço das orquestras itinerantes. As novidades da folia da Cidade Patrimônio da Humanidade fazem parte de um plano traçado pela prefeitura e debatido com moradores do Sítio Histórico.
Em entrevista ao G1, nesta quinta-feira (10), o secretário de Patrimônio e Turismo da cidade, João Luiz Filho, afirmou que as diretrizes estão traçadas para garantir mais espaço para as agremiações tradicionais. “Já definimos a redução do número de polos fixos. Em vez de 13 palcos instalados em 2018, teremos seis ou sete”, adiantou.
O projeto, de acordo com o gestor, inclui também a criação de espaço para as famílias e o incentivo a orquestras itinerantes no Sítio Histórico. Outo plano é reativação de uma força-tarefa para apreender equipamentos de som mecânico.
As ideias foram apresentadas e debatidas por João Luiz, na quarta-feira (9), com representantes da Sociedade Olindense de Defesa da Cidade Alta. A entidade agrega moradores do Sítio Histórico.
Impactos
Segundo o gestor, essa diminuição na quantidade de polos fixos não representa a redução do número de apresentações populares. “Tivemos este ano a inscrição de 700 artistas. O plano é trocar os palcos fixos por plataformas móveis ou trios elétricos”, comentou.
João Luiz destacou que, com a medida, é possível reduzir custos e amenizar o impacto na mobilidade urbana.
“A gente tinha um palco em Salgadinho, por exemplo, que provocava a interdição de vias importante e mudança de trânsito e de ônibus. Agora, o impacto ocorrerá na hora das apresentações e não durante os quatro dias”, exemplificou.
O secretário informou que foi adotado um critério para a manutenção dos polos fixos. “Os palcos que têm a maior frequência de pessoas serão mantidos”, justificou.
De acordo com ele, o Palco Erasto Vasconcelos, no Fortim do Queijo, permanece. Na Praça do Carmo, por exemplo, está prevista a criação de um espaço de lazer para as famílias, priorizando as apresentações musicais no coreto.
“O projeto é fazer um sombreamento e garantir conforto para quem quiser descansar despois dos desfiles no Sítio Histórico. Estamos pensando em criar uma arena gastronômica”, comentou.
Orquestras de frevo itinerantes terão reforço no carnaval de 2019 em Olinda — Foto: Aldo Carneiro/Pernambuco Press
Descentralização
Outro plano é investir na descentralização dos desfiles de agremiações, levando grupos tradicionais para bairros da periferia de Olinda.
“Queremos levar a Pitombeira dos Quatro Cantos, Elefante e Maracatu Nação Pernambuco para desfilar em Rio Doce ou Peixinhos, dando oportunidade a quem mora nesses bairros de acompanhar grupos de grande tradição, sem ter que ir ao Sítio Histórico”, disse.
Na área de maior fluxo de pessoas no carnaval, a prefeitura planeja mais investimentos em orquestras itinerantes no Sítio Histórico, fazendo um circuito no chamado “miolo” da folia.
“A cada 20 minutos ou meia hora, uma orquestra vai tocar frevos de rua no circuito que sai dos Quatro Cantos, passando pela prefeitura e Rua do Bonfim, até a Praça Laura Nigri”, afirmou.
João Luiz disse, ainda, que a prefeitura vai adotar uma medida sugerida pelos moradores da Cidade Alta para garantir mais espaço para as manifestações culturais tradicionais do carnaval. “Vamos reativar a força-tarefa para retirar equipamentos de som mecânico instalados nas casas”, acrescentou.
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