Antônio Vicente Filipe Celestino nasceu no dia 12 de setembro de 1894. Foi um dos mais famosos intérpretes do Brasil. Pertenceu à chamada época de ouro da música brasileira, ao lado de outros grandes cantores, como Mário Reis e Francisco Alves.
Vicente nasceu em Santa Teresa, na Rua do Paraíso, 11. Teve onze irmãos. Cinco dedicaram-se ao canto e um ao teatro. Os pais, italianos, vieram da Calábria ainda muito jovens. Por ser mais velho, Vicente teve que arcar com o sustento dos irmãos quando o pai, que era guarda-livros, morreu.
A iniciação musical se deu em 1913, como amador. Cantando em um chope-berrante, à noite, ganhava apenas um pro labore simbólico. Se o público gostasse, podia alcançar mais um pequeno degrau rumo à fama. Às vezes, cantava em italiano, idioma dos pais.
Certo dia, em 1914, ao sair com os amigos, já adulto, cantou em um bar e foi convidado, por um empresário, a se apresentar profissionalmente. Primeiro, no Teatro São José, em São Paulo. Depois, na Companhia Paschoal Segreto, como corista. Começou a gravar na Casa Édison, no Rio.
Chorar a traição da mulher, sofrer por amor, beber até cair... todo esse dramalhão que fez tanto sucesso acabou cansando o público que mudava de gosto nos anos 1950. Vicente passou a se sentir discriminado. A voz era ótima, mas o cantor era rejeitado no Teatro Municipal. O cantor Orlando Silva chamou-o de “bebê chorão do rádio”.
Fonte: http://radios.ebc.com.br
Muito legal a homenagem a esse tremendo cantor, compositor e ator. O artigo é original, visto qie muitos são idênticos a respeito de Celestino. Não sabia que o pai era guarda-livros, pensei ser sapateiro. Só uma advertência, o bebê chorão do rádio era o próprio Orlando Silva. Abraço Monica Padilha
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